Fanfic: Peça-me o que quiser (AyA) Adaptada | Tema: AyA (Hot)
Pela manhã, quando me levanto, a primeira coisa que faço é ligar para meu pai. Deve
estar preocupado.
Aviso que estou bem e me emociono ao ouvir sua voz de felicidade. Está
transbordando de alegria por mim e por Poncho, e isso me faz sorrir. Me pergunta se
gostei da casa que Poncho comprou para mim. Fico surpresa que meu pai saiba. Então ele
me confessa que estava a par de tudo. Poncho lhe pediu que administrasse a obra e
guardasse segredo. Ele adorou a missão.
Meu pai e Poncho se dão muito bem. Gosto disto, embora, ao mesmo tempo, me
inquiete.
Depois de desligar, abro a porta e espio. Não vejo nada, mas ouço música. Me
parece que é Stevie Wonder. Escovo os dentes, me penteio um pouco e boto uns
jeans. Ao entrar na sala ampla, agora integrada à cozinha, vejo Poncho deitado no sofá,
lendo um jornal. Sorri ao me ver. Como é atraente! Está bonitão com a camiseta cinza
e roxa dos Lakers e calças jeans.
— Bom dia. Quer café? — pergunta com bom humor.
— Sim, com leite.
Em silêncio, ele se levanta e vai até o balcão na cozinha. Pega uma xícara branca e
vermelha e serve o café. Enquanto isso, observo suas mãos, essas mãos fortes que
adoro, que me deixam louca de prazer quando me tocam.
— Quer torradas, frios, omelete, biscoitos ou provar meu plum-cake, que é um bolo
de frutas alemão?
— Nada.
— Nada?
— Estou de regime.
Ele me olha, surpreso. Desde que nos conhecemos nunca lhe disse que estivesse de
regime. Essa tortura não combina comigo.
— Você não precisa de regime nenhum — afirma enquanto deixa o café com leite na
minha frente. — Coma.
Não respondo. Apenas o olho, o olho e o olho, e bebo café. Quando termino, Poncho,
que não tirou os olhos de mim, diz:
— Dormiu bem?
— Sim. — Não penso revelar que não preguei o olho pensando nele. — E você?
Poncho curva o cantinho dos lábios e murmura:
— Sinceramente, não consegui pregar o olho pensando em você.
Que liiiiiindo que ele falou isso!
Mas essa olhadinha dele fez meu coração disparar. Me provoca. Por isso, para me
afastar da tentação — sou capaz de arrancar a camiseta dos Lakers a mordidas —,
vou olhar pela janela. Chove. Dois segundos depois, percebo que Poncho está atrás de
mim, embora não me toque.
— O que gostaria de fazer hoje?
Uauuuuu! Sei muito bem o que gostaria de fazer: sexo! Mas não, não penso lhe dizer
nada, de modo que encolho os ombros.
— O que você quiser.
— Mmm... O que eu quiser? — sussurra perto da minha orelha.
Minha mãe do céu, por favor! O Iceman quer a mesma coisa que eu. Sexo!
Escutar sua voz e imaginar o que está pensando me deixam arrepiada. Sem que
possa evitá-lo, me viro para olhá-lo, e ele continua, debochado:
— Se é o que eu quiser, já pode tirar a roupa, pequena.
— Poncho...
Ele acha graça, sorri e se afasta de mim, depois de me tentar como um verdadeiro
demônio.
— Quer ir a Zahara pra ver Frida e Andrés? — pergunta quando está
suficientemente longe.
Essa me parece uma excelente ideia e aceito animada.
Meia hora depois, vamos para Zahara de los Atunes no carro dele. Chove. Faz frio.
Poncho bota uma música, Convéceme! Por que esta canção de novo? Que droga, penso
enquanto olho pela janela, ainda calada. Sigo assim.
— Não vai cantar?
Mentalmente sim, mas não pretendo admitir.
— Não estou com vontade.
Silêncio, até que Poncho o rompe de novo.
— Sabe? Uma vez uma linda mulher, a quem eu adoro, comentou que sua mãe tinha
dito que cantar era a única coisa que espanta os males e…
— Alguém precisa que eu espante algum mal?
Leva um susto de tão surpreso.
— Não! Que é isso?
— Então cante você, se quiser; eu não estou a fim.
Poncho morde o lábio. Por fim diz, com resignação:
— Tudo bem, pequena, vou ficar quieto.
A tensão no ambiente é palpável, e nenhum de nós abre a boca durante todo o
trajeto. Quando chegamos, Frida e Andrés me abraçam entusiasmados, em especial
Frida, que logo que pode me afasta dos homens e cochicha:
— Enfim, enfim! Me alegra muito ver que estão juntos de novo!
— Não cante vitória tão cedo, pois mantenho Poncho em quarentena.
— Quarentena?
Sorrio ironicamente.
— Botei Poncho de castigo: sem sexo nem carícias.
— Como?
Depois de olhar Poncho e contemplar seu semblante carrancudo, murmuro:
— Ele me castiga quando faço alguma coisa errada, e a partir de agora decidi que
vou fazer o mesmo. Portanto, eu o castigo sem sexo.
— Mas isso vale só com você ou com todas as mulheres?
Isto me deixa em estado de alerta.
Não especifiquei, mas tenho certeza de que ele me entendeu que é com todas.
TODAS! Frida ri, ao ver minha cara.
— Olha, e quando ele te castigou, como foi que fez?
Penso em seus castigos e fico vermelha como um tomate. Frida continua rindo.
— Não precisa me contar, não. Já entendi o lance.
O descaramento dela me faz sorrir.
— Tudo bem, te conto porque não sinto vergonha de falar de sexo com você. A
primeira vez que me castigou, me levou a um clube de swing e, depois de me deixar
louquinha e me fazer abrir as pernas pra uns dois homens, me obrigou a voltar pro hotel
sem que ninguém, nem mesmo ele, me tocasse. Na vez seguinte me entregou a uma
mulher e…
— Santo Deuuuussss! Adoro os castigos de Poncho, mas acho que o teu é
excessivamente cruel.
Vendo a expressão de Frida, por fim sorrio de novo.
— Isso pra que ele saiba com quem está lidando. Vou ser seu maior pesadelo, vai
se arrepender de ter mexido comigo.
Pela hora do almoço, parou de chover e decidimos ir a um restaurante de Zahara.
Como sempre, está tudo ótimo, e, como não tomei café da manhã, estou com uma
fome atroz. Como até não poder mais: os lagostins, o cação bem temperado e os
mariscos. Poncho me olha com surpresa.
— Não estava de regime?
— Sim — respondo, zombeteira —, mas faço dois. Com um fico com fome.
Meu comentário o faz rir e sem querer chega perto de mim e me beija. Aceito o
beijo. Santo Deus, como eu precisava! Mas quando se afasta, digo, o mais séria que
posso:
— Controle seus instintos, senhor Herrera, e respeite seu castigo.
Poncho fecha a cara e concorda com amargor. Frida me olha e, diante do sorriso dela,
encolho os ombros.
O resto do dia transcorre agradavelmente. Para mim, estar com Frida é muito
divertido, e sinto que Poncho quer minha atenção. Precisa que eu o beije e o toque tanto
ou mais que eu, mas me contenho. Ainda estou chateada com ele.
À noite, voltamos para casa. Quando chega a hora de dormir, faço das tripas
coração e, depois de lhe dar um beijo tentador nos lábios, vou para meu quarto. Mas
Poncho me pega uma das mãos.
— Até quando isso vai durar?
Quero dizer que acabou.
Quero dizer que já não aguento mais.
Mas meu orgulho me impede de fraquejar. Pisco um olho para Poncho, solto sua mão e
me tranco no quarto sem responder.
Então meus instintos mais básicos me gritam que abra a porta e acabe com essa
bobagem de castigo a que eu mesma nos obriguei, mas meu amor-próprio não me
deixa. Como na noite anterior, ouço Poncho se aproximar da porta. Sei que quer entrar,
mas por fim volta a se afastar.
Pela manhã, a mãe de Poncho liga e pede que ele volte para a Alemanha com urgência.
A mulher que tomava conta de seu sobrinho, durante sua ausência, decidiu abandonar o
trabalho sem aviso prévio e ir viver com a família em Viena. Poncho fica numa encruzilhada:
seu sobrinho ou eu.
O que deve fazer?
Durante horas observo como tenta solucionar o problema por telefone. Fala com a
babá e discute. Não entende que não tenha avisado com tempo para acharem uma
substituta. Depois, fala com sua irmã Marta e se desespera. Fala com sua mãe e
discute de novo. Depois o ouço falar com Miguel e sinto seu esgotamento em cada
palavra. À tarde, ao vê-lo exausto, tremendamente angustiado e sem saber o que
fazer, minha sensatez prevalece e concordo em acompanhá-lo à Alemanha. Tem de
resolver um problema. Quando digo isso, ele fecha os olhos, põe sua testa contra a
minha e me abraça.
Falo com meu pai e aviso que volto no dia 31 para a ceia com a família. Meu pai
entende, mas me deixa claro que, seja lá pelo que for, se no final das contas eu decidir
ficar este ano na Alemanha, ele entenderá. À tarde, pegamos o jatinho de Poncho em
Jerez e aterrissamos no aeroporto Franz Josef Strauss Internacional de Munique.
Que bom que gostaram da nova capa e do 2 livro.
Autor(a): Anna Albuquerque
Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Caiu uma grande nevasca na Alemanha e faz um frio dos diabos. Na chegada um carroescuro nos espera. Poncho cumprimenta o motorista e, depois de apresentá-lo a mimcomo Norbert, embarcamos.Observo as ruas nevadas e vazias, enquanto Poncho fala por telefone com sua mãe epromete ir a sua casa pela manhã. Ninguém brinca com a neve nem passeia de m&at ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 228
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hortensia Postado em 19/04/2020 - 08:10:58
Fanfic simplesmente maravilhosa, sou louca por essa história, simplesmente perfeita.. ❤️❤️
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julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:38
Pena q acabou;(
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julia_loveponny_aya Postado em 20/04/2016 - 01:20:23
Amooooo<3 perfeita dmais!!!!
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julia_loveponny_aya Postado em 01/04/2016 - 10:26:49
Ainnnn<33333
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ponnyyvida Postado em 01/04/2016 - 00:55:56
Como assim penúltimo ????!!!!! Aí Meu Deus !!!! Não quero q acabe !!!!
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julia_loveponny_aya Postado em 29/03/2016 - 19:07:08
A ponte dos cadeados, o nascimento do baby,..*-*<333 e a mel é um amrrr!! Continuuuuuuaaaaaaaa
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Postado em 29/03/2016 - 02:47:50
Meuuuuuu Deuuuuuuus que coisa liiiinda. Enlouquecendo aqui...🙌❤❤😍 Posta mais pleace pleace..
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ponnydelirio Postado em 17/03/2016 - 01:46:23
Coooontiiiiinuuuuuaa Logooo plmds ♡
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julia_loveponny_aya Postado em 01/03/2016 - 01:36:31
Tadinha ela tá pirando kkkkkk o poncho chamando ela de poodle tbm OAJSAKKAKA morta!!! Continuuuaaaaa
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ponnydelirio Postado em 21/02/2016 - 02:24:22
Cooooontiinuuaa logo <3