Fanfic: Todo cambió | Tema: A Feia Mais Bela

Do aeroporto para o apartamento de Jaime não era muito longe. Acho que demorei uns 20 minutos, mais por conta do trânsito. Logo viro a esquina e caio direto na Palmetto Park Rd. Diminuo a velocidade do carro e vou procurando seu edifício. Logo o acho.

Estaciono do outro lado da rua, desço do carro, e sigo em direção ao apartamento de Jaime. Ao chegar ao edifício falo com o portei que logo libera a minha entrada. Jaime já havia falando com ele sobre a minha vinda. Continuo meu percurso.

Ao sair da portaria, passo por um saguão, e sigo direto para o elevador. Jaime estava no 6° andar. Assim que entro no elevador aperto o botão correspondente ao seu andar. Logo vejo a porta se fechar. Em minutos ela se abre e já estou no corredor do apartamento de Jaime, ando pelo corredor procurando-o. Paro em frente a porta de seu apartamento e toco a campainha. Jaime prontamente abre a porta.

Jaime: Oi Angie. Entra. – Ele diz me puxando pelo braço para entrar. E eu o faço sorrindo.

Angelica: Oi James. – Sorrio novamente, as vezes fico assim quando estou com ele, meio boba.

Jaime: Você esta linda, sabia? – Ele diz aproximando seu corpo do meu, tão próximo que sentia sua respiração batendo contra meu rosto. Ele então envolve suas mãos na minha cintura e deposita um breve selinho em meus lábios, um pouco mais demorado que o normal.

Angelica: Que bom que você acha. – Sorrio largo pra ele. Envolvendo meus braços em volta do seu pescoço. Aliás não conseguia tirar o sorriso do rosto quando estava com ele. Deixo que me beije, e ele o faz.

Sinto seus lábios tomarem os meus em um beijo tranquilo. Acompanho seus movimentos, por hora ou outra trocamos a posição das nossas cabeças compassadas ao ritmo do beijo. Logo sinto sua língua adentra a minha boca, ele então acelera seus movimentos, esfregando sua língua na minha. Sinto sua respiração ficando ofegante, a minha também estava. Fazia tempo que não beijava assim... gostoso, do jeito que eu gostava. Com calma, apenas curtindo o momento. Terminamos o beijo com alguns selinhos.

Jaime: Quer tomar alguma coisa? – Ele sorri de canto, enquanto caminha até o barzinho que ele tem montado na sala.

Angelica: Não, eu estou bem. – Volto a sorrir.

O apartamento de Jaime é bem espaçoso, na sala tem dois sofás grandes, a esquerda tem o barzinho, com várias garrafas de bebidas importadas e várias taças. A frente dos sofás tem um TV grande sob um Rack e ao centro da sala uma mesinha de centro com tampo de vidro. Tinha algumas revistas sobre ela. Me perco em pensamentos quando me assusto com Jaime chegando por trás de mim e me abraçando.

Angelica: Que susto James. – Levo a mão à altura do coração, realmente havia me assustado. Ele ri de mim, ri gostoso, apertando meu corpo contra o seu. Enquanto me abraçava pela cintura.

Jaime: Tá com medo dê quê?  – Ele continua rindo.

Angelica: De nada, oras. Só me distraí. Não esperava você me abraçando assim. – Me desvencilho de seus braços, viro meu corpo de frente para o dele sorrindo.

Jaime: Que foi? Não quer ficar comigo? – Ele faz uma cara de confuso. E eu acabo rindo disso.

Angelica: Você é muito bobo sabia? Claro que quero. – Dou um selinho em seus lábios sorrindo. Continuo: Mas quero saber como você está. Ontem você disse que queria conversar. E bom... estou aqui! – Ao dizer as últimas palavras aponto para o meu corpo. De cima a baixo sorrindo.

Jaime: Vem senta aqui... Vamos conversar. – Ele me leva até o sofá, ele se senta de lado, sentado em cima de uma de suas pernas, faço o mesmo. Ele continua: Quero te fazer uma pergunta. Você ainda me ama como antes?

Angelica: Amo, você sabe! Acho que nada mudou pra mim. Só estava adormecido. – Fico meio sem entender porque ele estava me perguntando isso agora. Então o questiono: Mas porquê, James? – Antes que me responda ele já me faz outra pergunta.

Jaime: Teria coragem de largar tudo por mim? – Perguntas sem respostas me irritam profundamente. E Jaime sabia disso.

Angelica: Responde Jaime. Porquê essas perguntas? – Fico irritada pela falta de respostas e ele percebe.

Jaime: Calma Angie. Só que não sei bem como falar. Mas bom... vou ser direto. Como você gosta. Te quero na minha vida, não só hoje, mas para sempre. Você já sabe que pedi o divórcio. Heidi está grávida,  mas não vou deixá-la desamparada. Só não à quero mais na minha vida. Quero você, você meu amor. – Ele diz as ultimas palavras se aproximando do meu rosto, ele então começa um beijo. Só que acabo não correspondendo, não porque não queria beijá-lo, mas por que ainda estava pensando no que ele disse.

Jaime: Ei, pequena! O que houve? – Ele diz enquanto coloca meu cabelo para trás da minha orelha.

Angelica: Nada James. Só fiquei surpresa. – Sorrio pra ele. E ele também volta a sorrir.

Jaime: Você não ama Otto. Porque não vem ficar comigo? Eu te amo! E te quero pra mim. 

Angelica: Não é simples assim Jaime. – Digo enquanto me levanto no sofá. Volto minha atenção para ele: Tem o Otto, meus filhos. Não que meus filhos sejam um empecilho. `Cruz, cruz`... Mas digo pelo pai deles.

Jaime: Não quer se separar é isso? – Ele diz em tom decepcionado. Enquanto me observava.

Angelica: Não, não é isso... Ah você não entende. Esquece. – Dou de ombros e caminho pela sala do apartamento de Jaime. Sou um tanto quanto curiosa, entro por um corredor, passo pela cozinha, e por uns dois quartos. Acho que era de hóspedes. Ao final do corredor havia uma suíte. Quando dou por mim já estou dentro do quarto de Jaime.

Pelo chão ainda haviam as malas de Jaime, que ainda não as tinha desfeito. A cama dele era bem grande, à esquerda tinha entrada pro closet e do lado, o banheiro. O quarto era branco, tinha persianas modernas na janela. Era aconchegante. Logo sinto a presença de Jaime do meu lado. Ele me olha sorrindo, o retribuo.

Jaime: Sinto sua falta, sabia? – Ele junta seu corpo ao meu num abraço. Envolvo meus braços em seu pescoço.

Angelica: Também sinto sua falta. – Sorrio largo olhando firme em seus olhos. Mas ele me olhava diferente. Como há muito tempo não o fazia.

Jaime me toma pelos lábios, me beija com vontade, ele me segura pelas costas encaixando nossas cinturas. Sinto sua língua explorar cada canto da extensão da minha boca. É maravilhoso sentir o seu gosto. Sorrio entre o beijo com esse pensamento. Ele também sorri. Jaime intensifica seu beijo, esfrega com pressa a sua língua pela minha, por hora intercalando entre chupadinhas na ponta da minha língua. Adoro quando ele faz isso.

Jaime leva sua mão a altura da minha nuca, e fica  acariciando aquela região enquanto nos beijamos. Sacanagem isso, ele sabe que aí eu meu ponto fraco. Dou uma breve gemidinha enquanto ele o faz. Jaime sorri.

Ele gosta de me torturar, acho que faz bem para ele. Sinto minha pele ficar arrepiada com os carinhos que recebo na minha nuca. Ele o percebe e se direciona ao meu pescoço. Depositando ali vários beijinhos. Sinto minha respiração pesada. Jamie coloca sua mão por baixo do tecido fino de minha blusa, ele fica por ali acariciando minha cintura diretamente sobre minha pele.

Fico entorpecida por esse clima que domina o ambiente, fazia muito tempo que não ficava assim com Jaime e eu estava louca de saudades. Jaime abaixa a alça da minha blusa e vai depositando beijinhos sobre meus ombros. Ele volta ao meu pescoço e começar a cheirar aquela área para sentir meu perfume. Contrário meus ombros por conta do arrepio que sentia se espalhar por todo o meu corpo.

Por as nossas cinturas estarem encaixadas, sinto o volume que aumenta de tamanho cada vez mais rápido na sua calça. Jamie então o pressiona ainda mais contra a minha cintura. Sabia o que ele queria de mim naquele momento,  mas eu não podia. Quer dizer, não devia. Ainda sou casada, e não,  não quero fazer isso com Otto. Sei que tudo o que estou fazendo é errado, mas isso que Jaime quer nesse momento,  passaria do meu limite de absurdos pra vida.

Então termino o beijo com um selinho. Não podíamos passar dos limites. E novamente Jaime se chateou comigo.

Angelica: Não fica chateado, vai? – Tento descontrair, mas é em vão. Já falei sobre Jaime não gostar quando não acabo cedendo as suas vontades? Pois é. Ele faz isso sempre. E se emburra todo.

Jaime: Não estou. – Ele diz emburrado enquanto senta seu corpo na cama de frente para mim.

Angelica: Ahhh não? Achei que estivesse. – Digo sorrindo enquanto me sento no sobre seu colo. Ele sorri também, e enlaça seus braços na minha cintura. Então prossigo: Só que ainda somos casados, e não me sentiria bem com isso James, você sabe.

Enlaço meus braços ao redor de seu pescoço e deito minha cabeça sobre seu ombro. Eu sentia saudades dele dessa mesma maneira, mas não faria isso com Otto.

Ficamos assim por mais alguns minutos, era tão bom senti-lo, saber que ele estava aqui pra mim. Suspiro fundo e solto o ar pelo nariz aos poucos. Jaime então leva sua mão à altura do meu queixo e ergue a minha cabeça.

Jaime: Não vejo a hora disso tudo acabar. Digo, esse meu casamento com Heidi, sua história com Otto. Quero ser livre e que você seja livre, para podermos seguir nossa vida juntos. – Jaime me olhava com uma expressão cansada em seus olhos, realmente ele não estava bem no seu casamento.

Angelica: As coisas vão se ajeitar. E tudo vai dar certo. – Não toco no assunto de me separar de Otto, porque ainda não sabia o que fazer e nem como fazer: Você está cansado. Vai dormir, vai?

Jaime: O único momento que tenho para estar sozinho com você, te curtindo, você acha que vou usá-lo para dormir? – Ele sorri, apertando meu corpo junto ao seu em um abraço.

Angelica: Vamos lá pra fora? – Saio de cima de seu colo e paro meu corpo de frente para o seu, que ainda estava sentado na cama.

Jaime então joga seu corpo para trás, e deita suas costas na cama. Eu acabo sorrindo dessa cena, foi muito engraçada a forma com a qual o fez.

Jaime: Quero ficar aqui com você! – Ele faz biquinho, me chamando pra junto dele, com os braços esticados na minha direção, fazendo movimentos de como se estivesse pegando algo no ar com as mãos.

Vou de encontro com seu corpo e me sento na cama ao seu lado. Sorrio pra ele. Jaime então me puxa pra junto de seu corpo me fazendo deitar ao seu lado. Com o susto acabo dando um gritinho que ecoa pelo quarto. Sorrimos juntos.

Angelica: Você é muito teimoso, sab... – Jaime me interrompe com um beijo. Ele adora me pegar de surpresa, sem mais nem menos.

Seu beijo estava intenso, ele passeava com a sua língua por toda a minha boca, por hora puxava meu lábio inferior com a sua boca. Jaime coloca sua mão sobre a minha coxa, apertando minha pele naquela região. Sentia nossas respirações se misturarem, ele começa a dar chupadinhas na minha língua, ele sabe adoro quando ele faz isso. Sua mão é grande, então ele deixa ela espalmada acariciando da minha coxa até a minha cintura por dentro do tecido fino da minha blusa.

Angelica: Jaime... – Minha voz sai abafada pelo nosso beijo, ele não me dá muita atenção, se dedica apenas aos seus movimentos com a língua.

Sabia onde tudo isso ia nos levar. Então tento me desvencilhar de seu corpo empurrando-o para trás. Em vão, ele prende seu corpo firme contra o meu. Seu beijo estava cada vez mais intenso, sua respiração ofegante. Jaime desce para o meu pescoço depositando vários beijinhos por toda a minha pele, o que deixava completamente arrepiada, fazendo com que eu contraia meus ombros. Novamente tento chamá-lo.

Angelica: Jaime... Não!  – Digo em tom ofegante. Esse homem, me deixa sem fôlego. Ele não me dá ouvidos, continua me beijando.

Eu já não sabia por quanto tempo mais podia resistir a ele, então junto toda a força que me resta e o empurro. Ele caí pro lado, e fica me olhando firme.

Jaime: Desculpa, desculpa princesa. – Ele toma minha mão para si e deposita breves beijos por ela. Ele volta sua atenção a mim: Fico louco quando estou com você. Louco Angie.

Angelica: Vamos lá pra fora? – Digo enquanto sorrio terno pra ele, enquanto me levando da cama.

Jaime: Não está chateada né? – Ele também se levanta, e vai de encontro a mim. Vamos caminhando em direção a sala.

Angelica: Não, não estou James. – Sorrio novamente para ele, aliás é só o que sei fazer quando estou ao lado dele.

Assim que voltamos para a sala decidimos fazer o almoço. Já estava tarde, e pra falar a verdade já estava com fome. Jaime me abraça por trás e vamos caminhando com nossos corpos colados um ao outro até chegar a cozinha.