Fanfic: Todo cambió | Tema: A Feia Mais Bela

Jaime me puxa para si em um abraço apertado. Colando completamente seu corpo ao meu, retribuo o abraço, tenho que erguer um pouco o meus pés, ficando na ponta dos mesmos. Sorrio com isso, nossa diferença de altura é gritante. Mas gosto disso, gosto de ser a pequena dele.

Jaime: Você está... – Ele segura a minha mão, erguendo meu braço me fazendo girar, para que ele possa ter total visão do meu corpo. Ao parar novamente de frente para o seu corpo, ele continua: Uau! Está maravilhosa! – Ele diz sorrindo. Realmente ficom sem graça com esse tipo de elogio, então sorrio envergonhada para ele.

Jaime estava maravilhoso como sempre, estava despojado, a vontade. Vestia uma bermuda jeans, uma camiseta polo azul marinho e calçava um sapatênis esportivo. Depois de um tempo, percebo que ele ainda estava do lado de fora de casa, então o puxo para dentro. Sorrio largo e ele também o faz.

Angelica: Quero beijo!!! – Caminho até ele, entrelaçando meus braços em volta do seu pescoço. Prontamente ele o faz, me beija gostoso, com gostinho de quero mais. Sorrio ainda de olhos fechados ao terminar o beijo.

Jaime: Senti sua falta! – Ele faz uma careta engraçada. Não gosto de sentir saudades. Gosto de ter você assim, pertinho de mim. – Ele pressiona seu corpo contra o meu. Encaixando nossas cinturas.

Angelica: E você acha que eu gosto? Não foi nada bom esses dias que você nem falou comigo! – Faço biquinho com uma expressão triste no meu rosto. Ele sorri. Dando um breve beijo na altura da minha testa.

Jaime: Não vai acontecer nunca mais! Prometo. – Ele sorri terno para mim. Sorrio em retribuição, ficamos mais alguns segundo abraçados, mas logo desvencilho meu corpo do seu.

Angelica: Você está com fome? – Digo enquanto caminho até o sofá, puxando-o pela mão, junto ao meu corpo.

Jaime: Já jantei antes de vir para cá. – Ele diz enquanto se senta e me puxa para si. Caio sentada ao seu lado. Ele continua: Mas se você não jantou, te acompanho em companhia. – Faço uma careta e ele ri.

Angelica: Tô sem fome mesmo! – Dou de ombros, mas sorrindo para ele, enquanto me aconchego em seus braços continuo: Quero só curti você hoje. – Ele sorri largo, depositando beijinhos sobre o topo da minha cabeça.

Jaime: Estamos sozinhos aqui? – Ele sorri de canto, com um olhar malicioso. É inevitável não rir disso, então o faço. 

Angelica: Sozinhos não! A Júlia tá aí... – Ele faz uma careta seguida da minha resposta, dou um breve empurrão no seu ombro sorrindo, logo continuo: Mas desde quando isso impediu a gente de algo? – Sorrio para ele.

Jaime: Não provoca, hein? Ultimamente eu não sei resistir a você. Você está cada dia mais gostosa. – Ele sussura no meu ouvido e ao terminar ele deposita beijinhos pela minha orelha por hora puxando-a com os lábios. Isso faz meu corpo inteiro se arrepiar, sou completamente sensível ao seu toque.

Viro meu corpo de frente para o dele. E o tomo em um beijo, invado sua boca com a minha língua, explorando cada cantinho de sua extensão, sinto nossas respirações se misturarem, movimento minha língua com urgência pela sua boca. Por eu estar de lado, com os pés em cima do sofá, Jaime me segura pela cintura, acariciando aquela região. 

Angelica: É tão bom estar assim com você! Te curtindo, sem me preocupar com nada. – Ele sorri pra mim, me abraça apertado.

Jaime: Amo estar assim com você. Te sentindo minha. Só minha! – Ele dá ênfase na última frase, olhando firme nos meus olhos. Sorrio boba para ele. Ficamos em silêncio por um tempo, mas logo ele continua: Agora mudando completamente de assunto. O Gil te chamou pra festa dele? Vai ser na sexta. – Fico por um tempo em silêncio. Desvio meu olhar do dele e abaixo q cabeça.

Angelica: Convidou sim. – Digo ainda com a cabeça baixa. Falo num tom um pouco mais baixo do que eu gostaria.

Jaime: Você vai comigo, não é mesmo? – Ele levanta a minha cabeça, segurando-a pelo meu queixo. Não o olho diretamente nos olhos, demoro um tempo até responder.

Angelica: Convidei Otto para ir comigo! Bom estávamos brigados e eu nem pensava em fal... – Jaime me corta. Ele me olha com um olhar repreensivo, tira sua mão que estava sobre o meu queixo. 

Jaime: Tinha que ser ele, Angelica? Você sabe que não te quero com esse cara. Você não vai com ele, entendeu? – Jaime altera o tom da sua voz, e quando vejo já está em pé a minha frente, gesticulando enquanto falava.

Angelica: Ei, calma. Vem cá? – Dou leves batidinhas no acento do sofá, indicando que quero que se sente. Ele o faz, então continuo: Não fica bravo comigo não, não vamos brigar por isso, viu? – Digo enquanto aproximo meu corpo do dele abraçando-o. Ele retribui parecia mais calmo. Sorrio para ele.

Jaime: Talvez seja melhor que vá com ele mesmo. Até porque ninguém sabe que estamos juntos! – Ele entorta sua boca ao terminar de falar.

Angelica: Só vou fazer a social com ele. Não vou ficar muito tempo por lá. E também você vai estar lá, assim que eu sair você sai também. Ta bom? – Sorrio tentando apaziguar a situação. Sinto ele mais relaxado então o tomo em um beijo.

Mantenho nosso beijo calmo, tranquilo. Passeio com a minha língua pela sua boca. Esfrego minha língua pela sua vagarosamente. Ficamos assim por um tempo. Logo termino o beijo com vários selinhos. Ele sorri ao me olhar.

Jaime: Não vejo a hora dos papeis dos divórcios saírem. Não quero mais que esteja ao lado de outro homem, que não seja eu. – Ele bufa ao terminar de falar. Caio na gargalhada. Acho tão fofo quando ele sente ciumes me mim.

Angelica: Logo, logo saí. E vamos poder ficar juntos sem ter que nos esconder de nada e nem de ninguém. – Digo enquanto me levanto. Ouço um barulho próximo a porta de entrada. Caminho até a porta da sala. Jaime estranha a minha atitude.

Jaime: Ei, pequena! O que houve? – Ele diz com uma expressão confusa em seu rosto. Eu o olhos e dou de ombros. Não sabia o que estava acontecendo.

Angelica: Não sei. Ouvi um barulho próximo a porta da entrada. Não ouviu? – Volto caminhando em sua direção até me sentar novamente ao seu lado no sofá, continuo: Deve ser minha imaginação, só.  – Sorrio enquanto volto a abraçá-lo.

Jaime: Não ouvi nada, princesa! – Ele dá de ombros e me conforta em seus braços. Eu continuava pensando no barulho que tinha ouvido na porta. Jaime estava cantando para mim " Maria ". Essa música é perfeita, na sua voz então... Só consigo me apaixonar mais.

Quando levando a cabeça, que estava repousada sobre o peito de Jaime, me deparo com Otto parado na entrada da sala. Levo um baita susto. Levo a mão a altura do meu coração, perco um pouco o controle da minha respiração. Por um tempo Jaime fica sem enteder o motivo, me olhando preocupada, mas logo ele direciona a sua atenção para a porta.

Jaime: Posso saber o que você está fazendo aqui, ainda mais essa hora, Otto? – Jaime se levanta e vai de encontro a Otto na porta da sala.

Otto: Oi, Angie. Achei que estava sozinha e vim par... – Jaime corta ele antes que termine a frase. Ele estava com o tom da sua voz alterado, eu podia ver os músculos da sua mandíbula se contraírem.

Jaime: Achou errado. Ela está comigo. Como pode ver. Agora se não tiver nada de relevante para falar, peço que se retire. – Jaime estende o braço direito, indicando o caminho da saída com as mãos. 

Otto: Quem é você para me expulsar daqui? Se toca Jaime. A casa não é sua. – Otto sorri irônico para Jaime.

Jaime: Mas a mulher sim. – Jaime diz em tom de deboche. Sorrindo irônico. Sou obrigada a me levantar.

Angelica: Espera! Otto, o que você veio fazer aqui agora? – Pergunto ainda surpresa com a sua presença ali. Ele se aproxima de mim, mas Jaime o impede. Continuo: Calma James. Deixa ele falar, por favor. – Jaime me olha com uma expressão confusa no olhar. Então deixa que Otto se aproxime.

Otto: Vim te ver. Naquele dia você não estava bem, pude sentir. Só queria saber como você está. – Ele diz enquanto leva sua mão de encontro ao meu rosto. Vejo Jaime por cima do ombro de Otto revirar os olhos.

Angelica: Eu estou bem. Obrigada Otto, mas você poderia ter me ligado. Seria mais fácil do que vir aqui a essa hora. – Dou de ombros enquanto me afasto do seu corpo. Caminho até Jaime, que a essa altura já estava caminhando de um lado para outro. Tento acalmá-lo. Levo a mão em direção ao seu rosto. Acaricío aquela região por um tempo, ele sorri mais calmo para mim, então volto a minha atenção para Otto.

Angelica: Você ainda têm as chaves daqui? – Digo enquanto caminho até ele. Ele balança positivamente a cabeça, assim continuo: Preciso que me devolva, Otto. Não faz sentido que você continue com elas. Estou com Jaime agora e... – Otto me corta antes que eu termine a frase.

Otto: Já entendi, Angelica. – Ele diz enquanto deposita as chaves sobre a minha mão, que até então estavam estendidas para pega-las. Ele me olha firme nos olhos, com uma expressão sério em seu rosto e continua a falar: Mas quando esse aí te magoar de novo, não diga que não tentei te tirar dessa. – Ele aponta para Jaime com a cabeça. O que o deixa furioso.

Jaime: Como é que é? – Jaime vira seu corpo de frente para o de Otto. Ele havia voltado a contrair a mandíbula, e sua mão direita estava fechada, como se fosse socar algo ou alguém. Mas antes que acontecesse algo do tipo, interfiro.

Angelica: Amor... Ei, para! – Vou de entro ao seu corpo, afastando-o de Otto, com as mãos espalmadas sobre seu peito. Otto revira os olhos ao me ver chamando Jaime de amor. Continuo: Otto, acho que já deu não é mesmo? Depois conversamos! Se puder ir agora eu agradeço.  – Fico de costas para Jaime, colada em seu corpo para mantê-lo longe de Otto, ele me segura pela cintura. Sabia que era para provocar Otto, mas não digo nada.

Otto: Tudo bem, Angie! Como você quiser, depois não diga que não te avisei. – Ele vira de frente para a porta e caminha em direção a mesma em silêncio. Fico observando-o até que seu corpo suma do meu campo de visão.