Fanfic: Todo cambió | Tema: A Feia Mais Bela

Caminhamos pelo quarto, sem. Desgrudarmos nossos lábios, sorrio quando sinto minha costa ir de encontro a parede. Jaime me pressiona ali, colando seu corpo junto ao meu. Intensifico o beijo.

Meu celular começa a tocar, sobre o criado mudo. Bufo ao percebê-lo, o que me frustra, acabo parando o beijo.

Jaime: Será que a gente não vai ter paz nem para namorar mais? – Ele bufa, irritado. Enquanto caminha para o banheiro.

Rapidamente pego a minha camisola do chão e a visto. Ao aproximar meu corpo do meu celular, percebo que ele havia parado de tocar. Reviro os olhos com isso. O tomo pelas mãos, no intuito de ver quem havia me ligado.

Angelica: Legal. Número desconhecido. – Novamente reviro os olhos. Estava irritada, não queria ter parado, mas qualquer barulho diferente naquelas horas, me fazem perder a concentração. Logo Jaime sai do banheiro. Ele havia molhado o rosto e os cabelos também. Acho que por conta do tesão, que ele estava sentindo naquele momento. Ele então volta sua atenção para mim.

Jaime: Quem era dessa vez? – Ele diz irritado, ao se sentar na cama. Me sento ao seu lado.

Angelica: Não sei. Número desconhecido. – Eu estava mais irritada, porque além de tudo, Jaime achava que a culpa de não termos ido em diante era mim. Muito pelo ao contrário, eu também o queria, que culpa posso ter eu, sobre uma pessoa quem nem sei quem possa ser, me ligar a essa hora.

Jaime: Vamos dormir? – Ele diz ainda em tom ríspido. Olho para ele com uma expressão triste no rosto fazendo biquinho.

Angelica: Não quero que fique chateado comigo, por isso amor eu nem tiv... – Ele me corta, antes que eu possa terminar a frase. Reviro os olhos, não gosto que me cortem, ainda mais com a frequência que ele tem feito.

Jaime: Não estou chateado com você, Angie. Só estou com saudades, poxa. Você acha que é fácil? E do jeito que eu fiquei a pouco é crueldade, você não me dar nem um carinho. – Ele sorri de canto, apontando com a cabeça para o seu membro ao dizer a última frase. Eu aqui preocupada por ele estar chateado e ele fazendo graça. Reviro os olhos sorrindo.

Angelica: Você não tem jeito mesmo. – Digo enquanto empurru-o, pelo ombro. Ele sorri largo pra mim.

Jaime: Estou falando sério. Olha como ele ficou... – Ele diz, indicando seu membro com a cabeça. Pude notar que ainda estava rígido pelo tesão que ele sentia. Logo ele volta a falar: E não adiantou ir molhar o resto dessa vez. Está cada dia mais difícil resistir a você. – Sorrio para ele.

Já estava bem tarde, não estava mais afim de fazer amor. Até porque aquela ligação, esfriou totalmente o clima para mim, ainda estava curiosa para saber quem havia me ligado. Queria retornar, mas se eu o fizesse agora, Jaime se chatearia, mais ainda do que já estava. Resolvo então esperar para ligar amanhã.

Angelica: Vamos dormir, amor? – Faço biquinho para convencê-lo. Sempre funciona, ele nunca me diz "não", quando o faço. Sorrio com esse pensamento.

Jaime: Fazer o que, né? Vamos. – Ele diz ríspido, mas logo sorri amenizando seu tom. Sorrio em retribuição. Ao nos deitarmos, ele faz questão de deitar de "conchinha" comigo, por um tempo ainda o sinto excitado. Mas depois de alguns minutos vejo que ele pega no sono.

Acabo perdendo o sono então me levanto, para or beber água. Levanto devagar para não fazer barulho, para não acordar Jaime. Ao levantar meu corpo por completo, vejo o meu celular no criado mudo e decido pegá-lo. Assim caminho em meio ao corredor em silêncio, desço pelas escadas e vou em direção a cozinha. O ruim de ter uma casa grade como a minha, é que para tomar um simples copo de água você precisa caminhar uma maratona. Sorrio com esse pensamento. As vezes penso muita bobagem, gosto de pensar em coisas atoas e sem sentido. Afinal, meu lema é "Sorrir e ser feliz... Sempre.", coisa que esses pensamentos bobos me fazem e com muita frequência, é rir.

Ao pegar um copo de água, me sento na cadeira a frente do balcão da cozinha. Levo meu celular a frente do rosto, em busca do número que havia me ligado, não demoro muito para encontrá-lo. Prontamente ligo para esse número. O telefone, toca, toca, toca e ninguém me atende. Tento por mais uma vez. O telefone toca por três vezes e logo me atendem. Ao ouvir a voz do outro lado falando o meu nome, rapidamente encerro a ligação. Não podia crer que era...

Jaime: Pra quem você estava ligando à essa hora? – Jaime interrompe meus pensamentos ao começar a falar. Levo a mão a altura do coração, agora respirando ofegante, pelo susto que a sua presença me provocou.

Angelica: Que susto, Jaime! – Digo ainda com a mão a altura do coração, já me levantando do balcão da cozinha. Continuo: Nã... Não, ninguém. Apenas retornei para o número que me ligou. – Digo caminhando para junto de seu corpo. Jaime dá dois passos em minha direção.

Jaime: E quem era? – Tento desviar meu olhos do dele ao falar, mas é inevitável, Jaime segura a minha cabeça pelo queixo, para me olhar fixamente nos olhos.

Angelica: Ninguém, era engano. – Olho-o fixamente, para que não haja dúvidas. Sorrio ao terminar de falar e logo continuo: Vamos subir? – Prontamente Jaime concorda e assim subimos em silêncio até o quarto.

Jaime se deita e eu vou direto para o banheiro. Aquela ligação estava me deixando perturbada, aquela voz... Não, não podia ser ele. Balanço negativamente a cabeça para espantar esses pensamentos da minha cabeça. Paro em frente ao espelho do banheiro ligo a torneira da pia e lavo o meu rosto ali. Queria de qualquer forma tirar aqueles pensamentos da minha cabeça. Ouço Jaime me chamando.

Angelica: Já vou, amor. – Grito do banheiro, para que ele escute do quarto. Volto minha atenção a minha imagem ao espelho e repito para mim mesma: Não era ele. Não era ele. – Digo em um tom mais baixo, para que somente eu ouvisse. Caminho até o gancho próximo ao box, pego a toalha que estava lá e seco meu rosto, antes de sair so banheiro. Assim que saio caminho apressada até a cama.

Jaime: Porquê demorou tanto? – Ele bufa ao falar. Tento amenizar a situação, sorrindo para ele, Jaime sorri de volta.

Angelica: Nada, amor. Pronto, já estou aqui, olha. – Sorrio para ele, indicando meu corpo dos pés a cabeça. Ele gargalha ao me ver fazê-lo. Continuo: Vamos dormir vai? Já está muito tarde. Jaime rapidamente concorda, me deito em seu peito e o abraço pela cintura, ele me abraça também.  Assim pegamos no sono novamente.