Fanfic: Todo cambió | Tema: A Feia Mais Bela

Na manhã seguinte acordo com o meu celular tocando. Creio termos dormido por volta de mais três ou quatro horas, após a segunda vez em que nos deitamos. Jaime não se levanta, mas também acorda. Era por volta de 6h30 da manhã, ouço ele bufar ao me ver ligar a luz do quarto.

Angelica: Já vou desligar... Já vou desligar! – Acabo gargalhando disso. Desligo o interruptor e caminho em direção ao closet. Busco ali um roupa confortável, para poder ir buscar minha mãe no aeroporto.

Fazia frio em Los Angeles, decidi então pegar uma calça de tecido de pano, um pouco mais grosso, preta. Uma blusa branca, sem estampa e uma blusa meio período, listrada, preta e branca. Além dos acessórios. Logo me apresso e entro no banheiro, demoro por volta de dez minutos no banho. Já saio vestida, para não ter que ascender novamente a luz, termino de me arrumar em frente ao espelho que fica dentro do closet. Jaime permanecia dormindo, então ao terminar de me arrumar, saio em silêncio, caminhando para a saída do quarto. Fecho a porta lentamente e sigo caminho pelo corredor, ao descer as escadas, observo Júlia passando apressada em direção a cozinha.

Angelica: Ê, ê, ê... Onde a senhorita vai com toda essa pressa a essa hora da manhã? – Ele para assustada no meio do caminho, mas logo sorri ao me ver.

Júlia: Angie, o que faz acordada à essa hora?... Bom, eu estou preparando o café, sua mãe já está quase chegando e... – Ela para no meio da frase, arregalando os olhos. Logo ela continua: Ai, Angie. Sua mãe vai me matar, ela queria te fazer uma surpresa. Ela havia me ligado mais cedo, dizendo que já estava a caminho... Estraguei tudo, não é? – Ela me olha com uma expressão triste nos olhos.

Maria: Não, não estragou! – Minha mãe diz enquanto entra pela cozinha. Rapidamente viro meu corpo em sua direção, com um sorriso que não cabia dentro de mim. Logo ela volta a falar: Bom, não saiu do jeito que eu esperava, mas pelo menos não deixou de ser uma surpresa. – Ela diz enquanto se aproxima do meu corpo, com seua braços abertos, para me abraçar.

Termino de dar os passos que nos afastavam, a abraço com tanta força, estava com saudades dela, da sua presença, seu carinho. Realmente a correria das gravações não deixa com que possamos estar mais tempo juntas. Ficamos por um tempo, curtindo o abraço, uma da outra, ao desvencilharmos nossos corpos me ponho a falar.

Angelica: Mami! Que saudades... Vêm? Senta aqui, vamos tomar café. – Digo enquanto a levo pela mão em direção a mesa centralizada na cozinha. Ela prontamente caminha junto comigo, nos sentamos.

Maria: Meu amor... Minha princesa! Já estava morrendo de saudades de você, minha vida. – Ela sorri terna para mim, enquanto coloco a minha mão sobre a dela.

Angelica: Queria tanto poder voltar a morar no México, perto de você, mami! – Sorrimos uma para a outra.

Júlia nos servia o café naquele momento, apesar não fazer muito tempo que vi minha mãe, a saudade era gritante dentro do meu peito. A presença dela me fazia muita falta. Ficamos nos entre olhando por um tempo, apenas sorrindo uma para outra, curtindo nossas presenças ali. Logo vejo o olhar da minha mãe ser direcionado para a porta da cozinha, que estava logo atrás do meu corpo. Ela leva a mão a altura do coração, viro meu corpo rapidamente para ver o que tanto havia assustado ela.

Angelica: Você está com uma cara ótima, teve motivo de se assustar, Mami! – Gargalho enquanto ele caminha em direção ao meu corpo.

Jaime: Isso aqui... – Ele diz enquanto aponta para o seu rosto: É puro sono. Ou não lembra que dormimos muito mal essa noite?. – Minha mãe acaba por rir dessa situação junto comigo. Jaime caminha até ela, para cumprimentá-la.

Maria: Como você está, filho? – Ela diz entre os beijos que Jaime depositava a altura da sua bochecha. Ele sorri largo para ela ao responder.

Jaime: Estou ótimo. Melhor impossível estando com a mulher que eu amo. – Ele diz, enquanto direciona novamente seu corpo junto ao meu, depositando um breve beijo sobre a minha testa.

Angelica: Senta com a gente, vamos tomar café, amor? – Digo já indicando o lugar para ele sentar. Prontamente ele se senta.

Jaime: Não quero atrapalhar a conversa das duas, vou tomar um rápido café e já vou sair. Vou ter que ir lá agora cedo amor... – Ele entorta a boca ao terminar de fala. Faço uma careta engraçada, logo ele sorri. Minha mãe fica meio sem enteder, mas acaba sorrindo também.

Angelica: Só não demora. E... Conversa com calma, viu? Não quero que essa situação fique piore mais do que o necessário. – Digo levando a xícara de café a altura dos meus lábios. Jaime, curva seu corpo e deposita um breve beijo sobre a minha bochecha.

Jaime: Já vou... Estou sem fome. Não me demoro lá. Assim que eu sair, te ligo. Tenho que passar no SET para resolver umas coisas, mas também acho que não me demoro por lá. – Ele diz enquanto levanta seu corpo as pressas da cadeira.

Maria: Mas você nem comeu nada, Jaime. Você quer ficar doente? Nã, nã, não. Sente-se. Coma ao menos um pedaço desse bolo aqui. – Ela diz enquanto o serve do bolo. Ele se senta sorrindo. Realmente minha mãe tem poder de persuasão, eu jamais o convenceria a ficar e se alimentar direito. Sorrio com esse pensamento.

Jaime ficar por mais uns cinco minutos, enquanto come o bolo. Nesse meio tempo ficamos os três conversando sobre assuntos paralelos. Ele novamente se levanta, caminha até minha mãe e deposita um beijo sobre a sua testa. Volta seu corpo ao meu e deposita um breve beijo sobre os lábios. Isso me faz sorrir largo. Assim ele se despede. Fico observando seu corpo em silêncio, até que suma do meu campo de visão. Assim que retorno minha atenção para a minha mãe ela me olha com os olhos arregalados.

Maria: Pronto, agora me conta tudo, filha. Não esconde nada. – Sorrio largo, pelo seu interesse.

Angelica: Tenho tanta coisa para te contar, Mami. Acho que você vai precisar ficar uns cinco dias para eu te contar tudo. – Acabo gargalhando ao terminar de falar, ela também o faz e assim começo a contar para ela tudo o que estava acontecendo comigo.

Ao final falo sobre a ligação que havia recebido ontem a noite, me mãe fica surpresa com isso, aliás, nem eu esperava receber essa ligação, justo agora. Por um tempo fico pensando e acabo deixando de ouvir o que minha mãe falava, perdida em meio aos meus pensamentos.

Maria: Ei, Angie! Não está me ouvindo? – Ela diz enquanto estala os dedos em frente ao meu rosto. Rapidamente volto a mim, direcionando minha atenção a ela.

Angelica: Estou ouvindo sim, Mami. – Sorrio largo para ela. Ela sabia que não estava ouvindo-a, então balança negativamente a cabeça enquanto sorri.

Logo minha mãe sobe para se acomodar no seu quarto. Efrén o motorista, já havia levado suas coisas para cima, caminho com ela até o quarto, a deixo se acomodando e vou em direção ao meu. Logo tomo meu Danico pelos braços, levo-o para tomar banho. Ele estava cada dia maior. Ao terminar de dar banho nele o amamento, e deixo-o , no berço. Caminho até o quarto da minha anjinha, levo-a para tomar café.

Fico com ela, até que ela termine, o que não demora tanto assim, coml sempre, a deixo bricar pelo jardim, coisa que ela adora fazer.

Meu celular começa a tocar em notificação de ligação. Levo um susto por estar com ele nas mãos. Levo-o em direção ao meu rosto, rapidamente percebo que era o mesmo número de ontem, decido não atender, deixo que toque até cair na caixa postal.

Angelica: Porquê será que ele está me ligando com tanta insistência? Não deu pra perceber ainda que não quero falar com ele? – Bufo ao terminar de falar, revirando os olhos.

Subo para o meu quarto, tinha que responder alguns emails, e me inteirar de tudo o que estava acontecendo com os meus Fã Clubes. Me sento sobre a cama com o Notebook sobre as pernas. Tinha muitas mensagens no email Valefansforever@gmail.com.  Então entrei direto no meu, por que Vilma sempre faz uma seleção das coisas mais relevantes e me manda no email pessoal. Na verdade dou muita risada com os emails que me mandam, as vezes me fazem perguntas muito doidas, tipo, "Qual número você calça?" Ou até mesmo fazendo perguntas íntimas. Me divirto, é muito bom tê-los por perto, por mais que distante que estejam.