Fanfic: Todo cambió | Tema: A Feia Mais Bela

Ao chegar no teatro onde começaria os ensaios me deparo com Gil e com Lola Cortez ainda no estacionamento. Paro para cumprimentá-los, e assim caminhamos os três para dentro do teatro. Ao entrarmos já havia algumas pessoas a nossa espera, Lola e eu passamos pelo camarim primeiro, para deixar nossas coisas por lá. O meu camarim era o número um, seguido pelo da Lola e assim sucessivamente. Não me demoro, deixo minha bolsa por lá e caminho rapidamente em direção ao palco, estavam todos em uma roda, sentados pelo chão. Gil já estava passando algumas informações para o resto dos atores, então apenas os cumprimento com gestos feitos pela mão, seguidos de curtos movimentos com a cabeça, balançando-a positivamente. O que eles retribuem em sorrisos. 

Ficamos mais uns cinco minutos ouvindo Gil, logo nos levantamos. Antes de qualquer ensaio todos nós fazíamos alongamentos, então nos dispomos a fazê-lo. Fico ao lado de Marta e do meu lado esquerdo estava Daniel, não falamos muito, eu estava ansiosa para começar atuar logo. Enfim, finalizarmos os alongamentos, tanto físicos, quanto vocais e já podíamos partir para a atuação.  O primeiro ato do musical começa com as meninas, descobrindo que Emmanuel está morto. Daniel sai do palco e fica pela cochia, então nós quatro, Marta, Lola, Tatiana e eu nos posicionamos a frente do palco. A peça começa com nós quatro cantando "Castillos", que por sinal é uma música linda.

Angelica: Hubo una vez un país de miel, con tejados color bermellón, donde yo era reina y él era el rey, en un reino de cuentos de amor... – Começo cantando a primeira parte da música.

Lola: Mi mágico castillo en el aire, brillaba transparente bajo el sol... – Lola segue a sequência, cantando logo depois de mim.

Marta: Hubo luego aquella tormenta cruel yel castillo del aire cayó... – Marta nos segue, com a sua maravilhosa voz.

Tatiana: A la luz de un rayo se abrió a mis pies, el abismo de su corazón... – Tati vêm junto e começa a cantar, estava amando fazer tudo aquilo denovo.

Todas: Y entonces pude verlo tal cual era, y lo que descubrí me destrozó... – Assim todas passamos a cantar juntas.

Angelica: Oh oh oh... 

Lola: Oh oh oh...

Marta: oh oh

Todas: Mi rey era un mounstro de piedra, con el corazón de piedra, su amor siempre fue mentira Castillos que hoy son ruinas... - Ao terminarmos a primeira música eu estava toda sorrisos, parecia uma criança que acabará de ganhar um brinquedo novo. Sorrio mais ainda com esse pensamento. Não paramos por aí, continuamos a encenação.  Seguimos cantando e atuando, após Castillos, foi Baja la marea, que é outra música também excepcional. Mas a música que me fez pirar completamente, foi Amiga Mía. É sem duvidas a minha parte preferida em todo o musical, é uma parte cómica, mas também dramática, a forma com que as coisas se encaixam é perfeita. Seguimos ensaiando direto até por volta das 13h da tarde. E então decidimos ir almoçar. Combinamos todos de ir ao mesmo restaurante, até porque teríamos que voltar pros ensaios as 15h da tarde e ficariamos por lá, até por volta das 19h30, 20h da noite... Isso dependendo de como nos sairíamos nos ensaios.

Ao chegar no estacionamento, vejo Jaime estacionando seu carro próximo ao meu, estávamos todos conversando, então decidí continuar com eles. Jaime desce do carro e caminha seu corpo junto ao meu. Ele cumprimenta a todos e por último a mim.

Jaime: Vim te buscar para almoçar... Vamos? – Ele diz enquanto leva sua mão a altura da minha, segurando-a. Viro meu corpo para o resto do pessoal e todos balançaram positivamente a cabeça.

Marta: Pode ir, Angie. Mais tarde a gente se encontra aqui. – Ela diz sorrindo largo para mim, o que também me faz sorrir.

Lola: É, Angie... Vai lá. Vai ser até melhor, para você. Iríamos ficar falando do musical o tempo inteiro pode acreditar. – Lola gargalha. Então me despeço deles, fico ali parada com Jaime até que todos entrem nos seus carros e saiam.

Jaime: Senti sua falta... – Ele diz após depositar um breve selinho sobre os meus lábios. Sorrio para ele e logo iniciamos um beijo. Também estava com muita saudades dele. Mas em partes estava chateada.

Angelica: Eu não gostei daquele seu tweet... Não tinha necessidade. – Digo brava, ao entrarmos no carro. Ele me olha firme nos olhos, com um olhar de culpa.

Jaime: Você sabe que fiz aquilo, por causa daqueles "fãs", que estão falando, tanto mal da gente, quanto de Otto e Heidi e ainda mais... Envolvendo nossos filhos nisso. Me desculpa, pequena? – Ele faz sinal de aspas com as mãos a altura do rosto, ao mencionar a palavra fã. Ele se referia a algumas pessoas que estão ali só parq causar a discordia entre todos.

Angelica: Tudo bem, amor. Pra onde vamos? – Pergunto curiosa, mas também porque queria mudar de assunto. Não gosto de pensar na hipótese de que existem esse tipo de pessoa entre os meus fãs que tanto os amos.

Jaime: Que tal pro meu apartamento? Quero ficar sozinho com você. – Ele sorri largo. Sorrio retribuindo.

Angelica: Pode ser... Também não quero ficar cercada de gente a minha volta, não. Quero conversar tranquila com você. – Deito minha cabeça sobre o seu ombro, enquanto ele dirige.

Não demoramos para chegar ao seu apartamento, ele estaciona dentro dentro da garagem do mesmo. Caminhamos rapidamente para o elevador, Jaime me segura pela cintura, eu estava ao seu lado, ficamos assim até chegarmos a porta do seu apartamento. Fico esperando ele abrir a porta, estava com a cabeça baixa, quando percebo movimento de alguém passando por aí, levanto-a rapidamente.

Raúl: Oi, Angie. Tudo bem? – Ele caminha a minha direção para me cumprimentar. Sorrio largo para ele, nos cumprimentarmos com dois breves beijos no ar, a altura da bochecha.

Angelica: Tudo ótimo, querido. Obrigada. E você? – Pergunto para ser educada, aliás Jaime já estava me olhando feio. O que me fez rir.

Raúl: Tudo maravilha... Bom te encontrar por aqui denovo. – Logo nos despedimos e ele caminha para o seu apartamento, que ficava ao lado do do Jaime.

Angelica: Quê? Eu não fiz nada... – Digo ao ver a cara de ciumes que ele fazia. Rio com a expressão que ele mantém no rosto. Entro na frente, para dentro do apartamento e ele segue meu corpo, fechando a porta atrás dele.

Jaime: Você nunca faz nada, né? – Ele bufa ao terminar de falar.

Angelica: Então quer dizer que tem alguém aqui com ciumes... Bom saber disso. – Digo sorrindo largo, enquanto caminho para junto do seu corpo. Enlaço meus braços em volta do seu pescoço e fico olhando-o.

Jaime: Sério? Não me diga! Quem será esse bobo ciumento? – Ele faz uma expressão de surpressa em seu rosto. Começamos a rir ao mesmo tempo. Ele volta a falar, já controlando o riso: Quer me contar o que houve aquele dia? – Ele me abraçava pela cintura, me prendendo junto ao seu corpo.

Deito minha cabeça sobre o seu peito. Não queria falar nada do que havia acontecido. Só queria esquecer tudo isso. Estava com as minhas mãos envoltas em seu corpo, por de baixo dos seus braços, aperto-o firme. E ele entende que não quero falar.

Angelica: Eu estou faminta... – Digo tentando mudar de assunto. Desvencilhamos nossos corpos e caminhamos para a mesa. Jaime havia cozinhado antes de ir me buscar no teatro. Ele puxa a cadeira para que eu me sente e o faço. Ele vai até a repartição da cozinha e volta com uma travessa de vidro nas mãos, deixando-a sobre a mesa.

Jaime: Lasanha!! Deu muito trabalho de fazer então trate de comer bastante. – Ele ri ao falar, eu sabia que era daquelas de Microondas, mas não digo nada, deixo que ele me sirva. Ele caminha novamente até a cozinha e volta com uma garrafa de vinho e duas taças. Eles então nos serve de vinho também, passamos boa parte do tempo conversando e rindo, estavamos num clima gostoso, bem agradável, do jeito que a gente gosta.

Angelica: Você me leva denovo pro Teatro? – Pergunto após tomar um gole do vinho que havia na minha taça.

Jaime: Só se antes você me dizer onque você tem... Você mal tocou na lasanha... E bom, estou preocupado com você. – Ele diz com um olhar triste, enquanto levava uma de suas mãos a segurar a minha, que estava sobre a mesa.

Angelica: Eu não tenho nada, poxa. – Ela sabia que eu estava mentindo, então quase que de imediato ele bufa.

Jaime: Só não quero te ver triste por bobagens. Sei o que tá passando nessa sua cabeça... E não, não concordo com isso. – Ele diz enquanto acaricia a minha mão com o seu polegar. Sorrio terna para ele.

Angelica: Eu vou ficar bem... – Forço outro sorriso, no intuito de dizer que estava tudo certo.

Jaime: A noite vou para a sua casa. Vou ficar com você. Está bem? – Enquanto diz, ele se levanta, caminhando seu corpo para junto do meu. Jaime se abaixa a minha frente. E logo volta a falar: Eu te amo. E nada... Nada do que você esteja pensando vai mudar isso em mim, entendeu? Nada! – Suas palavras saem firmes, me passando confiança. Sorrio largo para ele, depositando um breve beijo a altura da sua testa.