Fanfic: Todo cambió | Tema: A Feia Mais Bela

Assim que termino de contar tudo o que houve ontem, me sentia mais aliviada. Bom, lágrimas rolavam pelas maçãs do meu rosto, mas me sentia mais leve em ter compartilhado isso com ela.

Maria: Mas espera... O que Otto veio fazer aqui? – Dou de ombros. Nem eu mesmo sabia. Na verdade ele é louco.

Angelica: Como sempre ele veio com aquela história, de me pedir pra voltar... Ai mãe... – Caminho a sua direção sentando ao seu lado. Volto a falar: Porquê, tudo isso denovo? Porquê sempre que estamos bem, acontece algo para nos separar? – Minha mãe aproxima seu corpo do meus, nos unindo em um abraço.

Maria: Não quero te ver assim novamente, mí vida. Não quero ter que presenciar outra vez, você sofrendo por conta de Jaime. Você não merece isso... Você precisa ser feliz. – Seu Abraço estava ainda mais apertado, aconchegante, do jeito que eu precisava naquele momento. Sinto que ali, nada e nem ninguém pode me fazer mal algum.

Ao desvencilharmos nossos corpos, percebo que os seus olhos assim como os meus estavam marejados. Ela sabe bem o que passei a anos atrás com Jaime, ela sofria junto comigo, foi uma época difícil para mim. Não queria passar por isso denovo e muito menos fazer com que ela sofresse por minha causa. Resolvi então encerrar ali o assunto. Qual é? Eu sou atriz e se quero fingir que estou bem eu consigo fazê-lo. Bom, não agora por quê ela sabe que estou mal. Mas assim que possível for.

Angelica: O almoço está pronto, Mamita. Te espero lá embaixo! – Digo ao me levantar, já tentando mudar de assunto. Ela sorri para mim, balançando em concordância a sua cabeça. Não diz mais nada. Com isso saio do quarto.

Caminho em direção ao meu quarto, precisava me interar de tudo o que estava acontecendo, havia deixado meu celular desligado desde a noite passada e hoje quando o liguei não quis olhar as notificações. Me sento a beira da cama, próximo ao criado mudo, onde levo uma de minhas mãos buscando o meu celular.

Havia diversas notificações, algumas lições perdidas, mensagens no Twitter, mensagens de texto. Decido parar um pouco para ver tudo com calma. Leio primeiro as mensagens de texto e respectivamente as vou respondendo. Exceto unas três, que eram de Jaime, bom nesse caso nem se quer as li, as excluo imediatamente. Passemos as ligações perdidas. Digo a mim mesma. Todas eram de Jaime. Dou de ombros e com isso vou para o meu Twitter.

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" ¡Muy buenos días! ¡Puro pensamiento positivo! ¡Vamos con todo! ¡Millones de besos!"

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Novamente havia mensagens diretas de Jaime, também as excluo sem ler. Passo então a ler as mensagens dos meus fãs, os que de verdade importam. Eles me fazem bem, me fazem sorrir até quando não estou bem e isso me completa.

Me assunto ao ouvir meu celular sonar em notificação de chamada. Era Jaime, decido atendê-lo.

Angelica: ¿Bueno? – Digo sem empolgação alguma. Aliás, não queria falar com ele.

Jaime: Ei, Angie. Porquê não me responde? Tentei falar como você por diversas maneiras possíveis. – Ele respira cansado ao outro lado. Não cansado físicamente, mas sim uma exaustão do psicológico.

Angelica: Simplesmente por quê não quero falar com você. Essa hipótese não te passou pela cabeça? Tenho a minha vida, Jaime. Não tenho que estar ao seu dispor sempre que você tiver vontade de falar comigo. – Retruco em seguida. O tom da minha voz saía agressivo por mais que eu não quisesse.

Jaime: Não acha que precisamos conversar? Bom, precisamos resolver nossa situação. Não quero continuar assim com você. – Reviro os olhos ao ouvi-lo. Eu de verdade não queria falar com ele, muito menos ouvi-lo.

Angelica: Estou ocupada, Jaime. Vou desligar... – E o faço sem pestanejar. Assim que encerro a chamada, respiro profundamente, sinto um nó a minha garganta, uma sensação de vazio me consumia. Balanço negativamente a cabeça tentando afastar os meus pensamentos que iam de encontro a Jaime.

Levanto da cama e caminho até o berço, tomo Danico em meus braços e caminho para fora do quarto. Antes de descer,  passo pelo quarto de Angeliquita, para também levá-la para almoçar. Descemos os três, sem pressa. Quer dizer... Eu estava sem pressa, por quê Angélica corria até chegar ao final dos degraus da escada. Sorrio largo para ela, ao me olhar lá de baixo.

Assim que chegamos a cozinha, levo um susto ao ver Jaime parado ao lado da minha mãe. É perceptível a minha surpresa, ao me verem de olhos arregalados.

Jaime: Precisamos conversar, Angie. – Ele diz em tom baixo, seus olhos caídos indicando a tristeza no olhar, estavam marejados, ele piscava suave e lentamente os seus olhos ao me olhar.

Angelica: Acabamos de conversar! – Sento Dani na sua cadeirinha e ajeito Angélica na dela.

Jaime: Por Deus, Angie. Vamos conversar? Preciso me explicar, preciso que você me entenda... E que me perdoe. – Reviro os olhos quando ele cita a palavra perdão.

Angelica: Perdão? Perdoar você Jaime? – Começo a rir, não por quê achava engraçado, mas sim por quê estava nervosa, irritada. E quando me encontro assim, só consigo ter duas reações, ou rio ou choro.

Maria: Mí vida, não quero e nem devo me entrometer no assunto de vocês. Mas... Bom, porquê vocês não sobem e conversa, hã? Creio que seria o melhor para vocês dois. Não se preocupe com as crianças. Eu cuido deles. – Novamente tenho que respirar fundo para não perder a paciência.

Angelica: Não, mãe! Não, Jaime! Vocês estão me ouvindo? Eu não quero e nem vou conversar com você. Ficou claro agora ou você Jaime, precisa que eu repita mais uma vez? Não, por quê se for necessário, não tenho problema algum quanto a isso. Você sempre foi difícil de entender as coisas, não é mesmo? Então lá vai, vê se fixa bem na sua cabeça que eu, Angélica Vale, não quero falar mais com você. Olha... Pra mim já deu. Eu vou subir, mãe. Eu preciso sair daqui. – Saio apressada em direção a sala, percebo que Jaime me seguia. Subo o mais rápido que consigo as escada, Jaime mantinha o mesmo ritimo que o meu, até me alcançar.

Jaime: Espera, Angie. Só preciso que me ouça!. – Paro o meu trajeto no meio do corredor a caminho do quarto.