Fanfic: Todo cambió | Tema: A Feia Mais Bela

Angelica: Está bem, Jaime. Vamos lá. Me diga o que de tão importante você ainda têm a me dizer... Estou esperando! – Ele parecia não acreditar no que eu estava falando. Óbvio, que ele não esperava que eu fosse ouvi-lo.  Jaime fica em silêncio por alguns instantes mas logo quebra o silêncio que nos rodeava.

Jaime: Podemos entrar para o quarto? Creio que o corredor não é o melhor lugar para esta conversa. – Dou de ombros. Caminho a frente dele, entrando para o quarto. Seu corpo estava tão próximo ao meu, que podia sentir o seu calor exalando.

Ao entrarmos, me afasto ao máximo que podia dele. Me sento no baú que havia ao pés da cama e indico a poltrona com uma das minhas mãos, para que ele também se sente, e ele o faz.

Angelica: Estou esperando... – Ele respira cansado antes de começar a falar. Fixo meus olhos sobre ele, assim ele começa a falar.

Jaime: Angie, ontem devo ter me equivocado, falei coisas que não devia, disse coisas que eu não queria. – O interrompo.

Angelica: Mas disse... E bom, palavras ditas, não são como escritas, que você pode apagá-las antes que alguém as leiam. Tudo o que você me disse ontem, está bem fixo aqui. – Aponto com o dedo indicador para a lateral da minha cabeça, um pouco a cima da minha orelha, dando leves batidinhas.

Jaime: Você sabe que eu te amo. Sabe também, que eu estou assim por ciúmes, por medo de perder a mulher que eu amo. – Reviro os olhos ao ouvi-lo, já me levantando.

Angelica: Ama tanto que coloca sempre em dúvida a sua confiança em mim! Bem legal isso. Você me demonstra a cada dia o quão maduro você tem se tornado. – Fico a porta da varanda, se costas para ele, ouvindo-o falar.

Jaime: Sei que te prometi mudar, eu de verdade estou tentando. Mas não é tão fácil quanto eu pensei que seria. Sou louco por você e te vêr com outra pessoa, daquele jeito, por mais que não tenha sido culpa sua, me deixa furioso, eu perco o controle, eu de verdade fico sem chão. Por medo de alguém consiga te roubar de mim. – Sinto seu corpo totalmente rente as minhas costas, não me viro, continuo na mesma posição em que estava.

Angelica: Você sempre age como se a culpa de tudo o que acontece, fosse minha. – Bufo irritada. Cruzo os braços contra os meus seios, me mantendo ainda de costas para ele.

Jaime: Diz pra mim que eu não vou te perder. Diz que você ainda é minha, por favor, meu amor. – Ele diz próximo ao meu ouvido, sussurrando cada palavra. Rapidamente me viro para de frente com ele.

Angelica: Jaime... Acho que já falamos o suficiente sobre isso. – Balbuciava as palavras, seu rosto estava tão próximo ao meu, que... Bom, quase nos beijamos. Mantinha meus olhos fixos aos dele, já não falavamos mais nada, de verdade, nem era preciso, nos entendíamos melhor assim, no silêncio, apenas com troca de olhares.

Nesse momento, a sua mão estava já envolta a minha cintura, puxando o meu corpo para que ficasse rente ao dele. Continuamos em silêncio, mas conversávamos com troca de olhares, como sempre fizemos. 

Jaime me olhava sorrindo com os olhos, por eu estar permitindo essa aproximação. Sem pestanejar, levo minhas mãos de encontro com o seu peito, forçando-as ali, para afastá-lo de mim, já sabía aonde pararíamos com tudo isso. Volto ao meu foco inicial, me afasto de se corpo e caminho pelo quarto até parar próximo a porta. Ele me segue, ficando parado a minha frente.

Jaime: Já não sei mais o que dizer, para... – O corto, antes que ele prossiga.

Angelica: Não diga... Simples. Te poupará muito mais tempo. – Encosto as minhas costas na parede, cruzando novamente meus braços na altura dos meus seios.

Jaime: Não precisa me tratar assim... – Reviro os olhos ao ouvi-lo. Ele bufa pela minha expressão. Então, Jaime me prende entre os seus braços, apoiando-os na parede. Seu rosto estava tão rente ao meu, que sentia sua respiração quente, batendo de encontro a minha face. Sabia aonde isso nos levaria. Desvio meu olhar do dele, o que não adianta muito. Ele leva uma de suas mãos de encontro com o meu queixo, acariciando aquela região e me levando para si. Fico imobilizada quando por fim ele beija intensamente, não consigo deixar de retribuir ao beijo. Mantenho minha língua em movimento por toda a extensão da sua boca. Meu Deu! Porquê estou fazendo isso? – Pensava comigo mesma. Tento me afastar do seu corpo, mas era impossível. Ele me segurava com firmeza pela cintura. Desvencilho minha boca da sua e mantenho meus olhos fixos nos seus. Jaime sorria, sorria largo, de um jeito gostoso que só ele sabia fazer.

Desisto de tentar lutar contre ele, pudera, também já não tinha forças para isso. Ele me olhando daquele jeito... Perco a noção sobre tudo ao meu redor. Jaime volta a me beijar.

Angelica: Jaime, por favor não... – Digo com a voz abafada pelos seus lábios juntos ao meu.

Jaime: Eu te amo, eu te amo, eu te amo, Angie. – Ele sussurava, enquanto mantinha seu nariz rente ao meu, ponta a ponta. Ele estava de olhos fechados, eu mantinha meus olhos abertos, queria vê-lo enquanto ele dizia tudo isso.

Sorrio largo enquanto o escutava se declarar para mim, balanço negativamente a cabeça ainda sorrindo, por saber qual seria o meu próximo passo. Ele fica surpreso em ver minha movimentação, tanto é que ele abre os olhos pra ver se a minha expressão dizia algo. Volto a balançar negativamente a cabeça e dessa vez sorrindo para ele, trazia em minha face uma expressão divertida, como se estivesse dizendo: "Não adianta, você não vai descobrir o que estou pensando". Enlaço meus braços em volta do seu pescoço, puxando-o para ainda mais perto de mim.

Angelica: Juro que não sei o que fazer com você! – Digo sorrindo enquanto envolvo nossas bocas em um beijo tranquilo. Ele me segurava pela cintura e a acariciava suavemente por cima do tecido da minha blusa. Sorrio entre o beijo.

Jaime: Quer casar comigo? Vamos sair de Los Angeles por um tempo, vamos viajar? Preciso de você, meu amor. 

Angelica: Wow! Quantas perguntas. Calma, vamos lá. Casar?... Bom, casar não seria o ideal agora. Sempre fizemos planos e quero seguir com eles. `Acho que já cansei de andar por aí sem amor`. – Sorrio ao dizer. Ele sabia do que eu estava falando. Me referia a um pacto que fizemos juntos.

Jaime: É, acho que chegou a hora... Quero ser feliz com você. Então... Nada de casamento. Vamos fazer como sempre planejamos. `Nos juntar para uma coisa muito bonita`. – Ele sorri largo, depositando vários selinhos nos meus lábios. 

Angelica: `E ter um filho...` – Ao me ouvir, Jaime parecia incrédulo, seus olhos brilhavam, ele sorria feliz.

Jaime: Você não sabe o quanto te amo. – Ele me abraça apertado, e assim que voltamos com nossos rostos rentes um ao outro, volto a falar.

Angelica: Solo Dios sabe, cuánto lo amo! Solo Dios... – Sorrio, voltando a beijá-lo.