Fanfic: Todo cambió | Tema: A Feia Mais Bela

Era por volta das 16h da tarde, Jaime e eu, ainda permaneciamos no quarto. Conversavamos, sobre os detalhes de tudo. Bom, não queria me casar novamente, na igreja, com todo aquele alvoroço, que foi meu casamento com Otto, foi a coisa mais extressante do mundo, passei dias sem dormir direito, resolvendo cada detalhe, para que saísse tudo com perfeição. Mas Jaime não abre mão que nos casemos ao menos pelo cartório. Ele queria na verdade, que eu levasse o seu sobrenome, junto ao meu nome, coisa que eu também queria. Agora por fim, seria a senhora Vale Camil.

O bom das minhas brigas com Jaime, é que elas, não duram tanto. Sempre acabamos ficando numa boa no mesmo dia, ou um dia depois.

Jaime: E quem vamos convidar? Bom, vamos fazer pelo menos um reunião com os nosso amigos, não vamos? – Ele fazia uma cara de dúvida. Acabo gargalhando, pela expressão que ele trazia em seu rosto.

Angelica: Claro, amor. Vamos sim fazer uma reunião íntima. Mas não chama muita gente, se não deixa de ser íntima. – Volto a gargalhar.

Jaime: Boba. Só quero apresentar você aos meus colegas de trabalho. Quero que eles vejam a senhora Camil. – Ele sorria largo, o que me levava a sorrir também.

Angelica: Precisamos descer, temos que conversar com a minha mãe. – Ele faz uma expressão pouco animada. Ele sabia que lá vinha chumbo. E que ficaria um bom tempo escutando ela falar.

Na verdade ela só estaría exercendo a função do meu pai. Óbvio que ele falaria tudo que a minha mãe vai falar e um pouco mais. Assim descemos para a sala. Ela estava junto a minha tia, com Dani no colo.

Jaime: Maria, podemos conversar? – Ela o olhava, com uma expressão séria na sua face.

Maria: Claro, James. Vamos até o escritório, sim? – Ela diz enquanto se levanta. Se aproximando do meu corpo. Com isso ela volta a falar: Mi vida, você pode pegar o Danico. Ele já dormiu. – Ela sorri terna, enquanto me entrega ele nos meus braços. Sorrio carinhosamente em retribuição.

Tia Tere: Angie, se quiser levo o Dani lá pra cima, para vocês conversarem. – Sorrio largo em agradecimento. Caminho para ela, depositando Dani em seus braços.

Angelica: Obrigada, Tia. – Minha mãe e Jaime, já haviam entrado para o escritório. Tive que me apressar. Caminhei em passos largos até chegar ao mesmo. Deslizo a grande porta de madeira, de corredeira, vagarosamente, para que não fizesse barulho e os atrapalhasse.

Maria: E o que Angie te disse? – O tom da voz dela, estava um tanto quanto elevado.

Angelica: Eu disse que sim. Eu o aceitei para meu marido. – Ela me olha surpresa.

Maria: E essa história de morar no Brasil, Angie? Nem falar português você fala. Com isso de verdade não concordo. Não quero vocês longe de mim. Você sabe, que sempre os apoiei, para que vocês se casassem. É nítido de vocês se amam e sempre se amaram. Mas Jaime, não concordo que leve minha filha para outro país. – Jaime fica em silêncio por alguns instantes, fico observando-o.

Jaime: Maria. Você sabe que tem todo meu carinho e respeito. Amo sua filha, como nunca achei que fosse amar alguém. Tudo o que eu quero é paz para a nossa relação. Não quero tirá-la de você. Isso nunca passou pela minha cabeça. Só quero nos afastar do que nos faz mal. E continuar aqui em Los Angeles, não está nos fazendo bem. – Eu não dizia nada. Apenas os observava conversar. Sei que para a minha mãe seria difícil aceitar que eu fosse para o Brasil. Até por quê, ficaríamos ainda mais distantes uma da outra.

Maria: E vocês irão me visitar? – Ela pergunta, já conformada com a idéia.

Angelica: Mas é claro que vamos. – A Abraço apertado, por trás. Sinto que ela sorri. De verdade ela não estava contente com tudo isso. Mas se era para o meu bem, certamente ela aceitaria.

Maria: E quando vocês vão? – Ela diz ao virar seu corpo para nós.

Jaime: Pretendemos que seja um dia depois de nos casar. – Ela sorria terno para nós dois.

Angelica: Mami, sei que foi tudo derrepente, e que estamos nos apressando demais. Mas, precisamos disso. Precisamos dessa paz que essa mudança nos trará. – Seguro firme a mão dela, acariciando-a, com o meu polegar.

Maria: Mi vida, vocês estão certos em querer se afastar de Los Angeles por um tempo. Só não concordei a princípio por quê, não quero ficar longe de vocês.  – Sorrio largo para ela. Dou os últimos dois passos que nos afastavam e a abraço, o mais apertado que posso.

Angelica: Vamos frequentemente te visitar no México, Mamá. Mas também queremos que vá até o Brasil. – Quando falo por nós dois, caminho até Jaime, abraçando-o, com um de meus braços envoltos a sua cintura. 

Jaime: É isso mesmo. Te queremos lá. Que passe um tempo com a gente também. – Ele sorria contente. Ao terminar de falar deposita um breve beijo a altura da minha testa. Sorrio.

Não demoramos para sair do escritório, assim que saímos, minha mãe caminhou a nossa frente, subindo para o seu quarto. Jaime e eu ficamos no saguão principal frente ao escritório, conversávamos. Ele precisava resolver algumas coisas ainda hoje.

Jaime: Mais tarde eu prometo que volto... – Jaime deposita alguns selinhos em meus lábios ao terminar de falar. Sorrio com isso. 

Angelica: Então, até mais tarde, amor. – Ele deposita outro beijo em minha testa, antes de sair.

Assim que ele sai subo para o quarto. Antes pego Danico com a minha tia em seu quarto. Logo caminho para o meu. Dani precisava de um banho e eu também. Então decido tomar banho junto com ele.

Caminho para o banheiro com ele em meus braços. Sorrio carinhosamente para ele e ele o retribui. Assim que termino de preparar nosso banho de banheira, entramos juntos. O segurava no meu colo, deixando a água ficar até a sua cintura. Ele ria se divertindo com a água. Começo a cantar para ele.

Angelica: Danico... Todo cambió, cuándo te vi, de blanco y negro al color, me convertí, y fue tan facil quererte tanto, algo que no imaginaba, fuí entregarte mí amor, con una mirada... Que guapo eres mí príncipe azul. Yo te amo mí vida. – Começo a brincar com ele. Sempre que cantava ele para totalmente quieto para me ouvir.

Logo terminamos o banho, saio para fora do banheiro com ele, assim que o termino de vestir, me visto também. Deixo-o sobre a cama enquanto termino de me vestir. Já era por volta das 19h da noite, após terminar de me arrumar, desço com Dani, passo no quarto de Angeliquita, para também levá-la para jantar. Minha mãe e minha tia já estavam na mesa, nos esperando. Acomodo Dani, na sua cadeirinha ao meu lado direito. Angie sentava a minha frente, ao lado da minha mãe e da minha tia. 

Peço que Júlia também se sente, para jantarmos, ela exita, mas logo o faz. Enquanto jantavamos, conversávamos sobre os mais diversos assuntos. Então elas pedem para que eu fale sobre a minha reestréia no musical. 

Angelica: Vai ser no próximo mês. Entre a primeira e a segunda semana. Estou empolgada. Vai ser muito bom, voltar aos palcos. – Sorrio largo ao falar.