Fanfic: Todo cambió | Tema: A Feia Mais Bela

O beijo de Otto estava cada vez mais intenso, ele não beijava mal. Só não beijava como Jaime, Otto ainda não sabia exatamente como eu gosto. Tenho que parar de fazer essas comparações. Penso comigo mesma.

Otto apertava minha coxa com força, por baixo do tecido fino da minha camisola. Sentia sua respiração pesada batendo contra meu pescoço, enquanto ele depositava vários beijinhos ali. Ele volta a me beijar, esfregando com pressa sua língua na minha, apenas retribuo, sem muita empolgação.

Ele leva sua mão à altura do meus ombros e abaixa a alça da minha camisola, ele desce pelo meu corpo dando beijinhos do meu pescoço até chegar à altura do meu colo.

Otto: Você está cada dia mais irresistível. Você me enlouquece. – Apenas sorrio amarelo em resposta. Ele contínua: - Você não está a fim não é mesmo?

Angelica: Desculpa! – Digo ajeitando a alça da minha camisola. Contínuo: Se eu falasse que não queria você iria ficar chateado e... – Sou cortada por ele.

Otto: Fiquei mais chateado, por você me deixar desse jeito e no final não querer nada. – Ele aponta as mãos para o volume visível na sua `samba canção`, afim de mostrar como ele ficou.

Angelica: Já te pedi desculpas. O que quer que eu faça? – Ele me olha firme nos olhos e diz quase gritando.

Otto: Só quero que me diga o que está acontecendo, Angelica! Faz meses que nem sei o que é encostar em você, você me evita. E quando consigo me aproximar você sempre fica fria e distante comigo, dando a entender que não me quer. O que não é mentira. – Ele diz bravo, ainda com o tom da sua voz alterado. Fico assustada, ele nunca fala assim comigo.

Angelica: Só estou cansad... – Ele me corta antes que eu pudesse me explicar.

Otto: Não me venha com essa de cansaço, Angelica. Isso nunca impediu a gente de fazer amor. Sei que está acontecendo algo, só não sei o que é.

Angelica: Otto, você vai acordar nosso filho gritando assim. Estou cansada sim e preciso dormir. Agora sr você me dá licença, eu não vou ficar ouvindo você falar esse tipo de coisas sem sentido. – Me ajeito na cama, viro meu corpo para o lado oposto à Otto, me enrolo com o edredom e apago o abajur ao lado da minha cama. Fecho meus olhos na tentativa de dormir.

Angelica: Boa noite, Otto. – Odeio ter que dormir brigada assim. Isso faz mal e não gosto de guardar sentimentos ruins dentro de mim.

Otto: Boa noite, amor. – Ele também não gosta de brigas. Então ele envolve seu braço contra a minha cintura. E ficamos na posição de conchinha.

Não me sentia no direito de falar mais nada para Otto, então o permiti que ficasse assim, abraçado comigo. Logo dormimos.

Na manhã seguinte acordo super contente. Não via a hora de ver minha mãe, estava com tanta saudades dela. Me levanto e como de costume abro as cortinas, deixando que a claridade adentre o meu quarto. Otto já havia ido trabalhar. Aliás ele não tinha hora pra entrar e nem pra sair do trabalho.

Tomo banho, e o mesmo faço com o meu príncipe. Após terminar amamento Dani, e assim caminho em direção ao quarto de Angeliquita. Ela estava deitada ainda. Então a levanto, dou banho e desço com os dois para tomarmos café da manhã.

Julia como sempre já havia preparado tudo. Então me sento com os meus bebês e assim tomamos café. Julia já havia tomado seu café, por isso não se juntou a nós três. Enquanto tomava café, pedi para que Julia fosse até o quarto de hospedes o qual sempre minha mãe fica ao vir me visitar, e dar uma organizada nele, trocar lençol de cama, abrir as janelas, deixar o ar circular pelo ambiente, minha mãe chegaria por volta das 12h, queria que tudo estivesse pronto, pra que ela descansasse antes de irmos ao show a noite.

Ao terminar o café, deixo Dani dormindo no quarto e Angeliquita brincando no seu quarto, vou até o quarto de hospedes para ver como tudo ficou. Realmente estava tudo muito bem organizado, Julia era muito competente, fazia até mais do que eu pedia. O quarto estava impecável.

Angelica: Obrigada Jú. Está tudo muito arrumado. – Sorrio m agradecimento e ela também o faz.

Julia: Que isso Dona Angelica, só estou fazendo o meu trabalho. – Me incomoda um pouco que me chamem de " Dona Angelica ", na verdade me incomoda muito, ainda mais uma pessoa amiga, que é o que Julia se tornou pra mim nesses anos.

Angelica: Nada de" Dona Angelica ", hein? – Faço cara de brava pra ela, mas é inevitável não rir da cara de assustada que ela faz. Então ela cai na risada. Continuo: – Me chama de Angie, tá bem? 

Julia: Tá bem Angie. – Sorrimos as duas, logo deixamos o quarto de hospedes. Julia retorna a cozinha para preparar o almoço, então saio pela porta do quarto de hospedes e caminho pelo corredor até chegar a porta do meu quarto. Entro pela porta e fecho a mesma atrás das minhas costas. Caminho em direção a minha cama, pego o celular que estava em cima do criado mudo e me sento na cama, com as costas recostadas sobre o monte de travesseiros e as pernas em cima da cama.

Desbloqueio a tela do meu celular, entro no meu Twitter, apenas Retweeto alguns tweets importantes. Até aquele momento não havia recebido nenhuma mensagem de Jaime, também não mandei mensagem pra ele, fiquei esperando. Liguei então o som, já queria entrar no clima do Show, deixei tocando o CD de Juan Gabriel. Que voz! as musicas dele me fazem cantar e dançar ao ritmo do som. me divirto com isso! Passo um bom tempo ouvindo essas musicas. Quando me dou conta, vejo minha mãe parada na porta do meu quarto.

Angelica: Mamiiiiiii! – Corro para os seus braços, que a essa altura estava abertos a minha espera. Ela sorria, estava linda como sempre. Abraço ela apertado, sentindo seu cheiro.

Maria: Mi vida... – Ela suspira aliviada ao me abraçar.

Angelica: A quanto tempo estava parada ali me olhando? – Digo me desvencilhando de seus braços, com um sorriso fora do comum nos lábios.

Maria: Não muito, mi vida. Acabei de chegar. deixei as malas lá em baixo. Julia me disse que você estava qui então vim correndo te ver. – Ela sorria largo. 

Nos sentamos na cama, e eu já queria colo, o colo que só ela sabe me dar, colo aconchegante, de mãe. Ela se senta e eu deito na cama, com a cabeça no colo dela, com as pernas encolhidas, parecendo uma criança assustada. Ela sabia que precisava do colo dela, dos conselhos, do carinho, do amor que só ela me dava.

Maria: Quer me contar o que está acontecendo agora, mi carinho? – Ela diz em quanto acarinhava meus cabelos. Estava com os olhos fechados enquanto a ouvia.

Angelica: Você acabou de chegar Mami. precisa descasar, depois conversamos, tá bem? Agora só preciso ficar assim, aqui no seu colo, te sentindo, matando essa saudades. – Olho pra ela sorrindo. Ela sorri materno pra mim, com aquele olhar doce dela. Suspiro aliviada por tê-la ali comigo.

Levo minha mãe para o seu quarto, as malas dela o nosso motorista já havia deixado lá. Deixo que ela se instale e fique a vontade. Infelizmente ela não ia ficar muito tempo comigo, só dois dias, então vou curtir o máximo que eu puder dela. Assim que arrumamos suas coisas, descemos para Almoçar com Ageliquita e Dani. Rimos o almoço inteiro, minha mãe e suas histórias, era sempre uma melhor que a outra. nos divertimos muito.

Ao terminar o almoço subo com a minha mãe e as crianças, para o segundo andar, eu e a minha mãe precisávamos ajeitar as coisas para mais tarde. Otto viria as 20h nos pegar. Vamos até o meu quarto e enquanto conversamos, descido com que roupa eu vou. Depois de horas escolhendo pego então uma calça preta de tecido fino e bem confortável, e uma blusa estampada em preto e branco. Já as deixo separadas em cima da cama. 

Logo vamos até o quarto da minha mãe, ficamos lá um bom tempo até ela decidir a roupa com a qual iria. Então ela pega uma calça preta também, uma blusa branca e para finalizar uma blusa de meio período preta, além do seu colar.

Deixo que ela descanse um pouco antes de começarmos a nos arrumar. Volto pro meu quarto e fico por lá até a hora de tomar banho. Não tarda muito, logo dá 19h então vou me arrumar, entro no banho e permaneço lá por uns 15 minutos. Ao sair, saio de toalha, caminho até a minha cama para pegar minha roupa e me vestir, assim o faço. Após me vestir vou cuidar da maquiagem, não demoro tanto, a final não sou de usar tanta maquiagem, só o básico. Logo termino de arrumar meu cabelo também, sou rápida para me arrumar, não demoro mais que uma hora. 

Me direciono ao quarto da minha mãe também já estava pronta. Então caminhamos pelo corredor em direção as escadas, assim que chegamos ao pé da escada, avistamos Otto a nossa espera. Ele sorri ao nos ver, caminha em direção a minha mãe sorridente, a cumprimenta e a mim também com um breve selinho. Ele é sempre um cavaleiro, então dá um braço para cada uma de nós, e nos direciona até o seu carro.

Otto: Vocês estão maravilhosas!! – Ele diz, ao entrar no carro ao mesmo tempo que a gente. 

Maria: Obrigada, mi cariño. – Minha mãe sorri terno para ele. E eu também o faço em resposta.

Fui o caminho inteiro conversando com a minha mãe, rimos o tempo todo, estava amando estar pertinho dela, me faz tão bem. A noite mal havia começado, e já estava sendo incrível.