Fanfic: Todo cambió | Tema: A Feia Mais Bela

Na manhã seguinte após uma ótima noite de sono, levantamos relativamente cedo. Jaime tinha que ir para as gravações apenas depois das 22h, o que o deixaria com o dia totalmente livre, eles gravariam noturna naquele dia. E eu, bom... Tinha que dar alguns telefonemas.
Jaime: Pode ir, faz o que você para fazer tranquila, eu fico com eles. Vou passar o dia em casa hoje. - Ele prontamente me incentivou a sair.
Angélica: Tem certeza?! Bom, de qualquer forma, eu não vou demorar tanto. Apenas vou experimentar alguns vestidos e tenho que falar com o pessoal da organização da festa. Quero que eles cuidem de cada detalhe. Desde enfeitar a igreja, até a festa. - Jaime sorria ao ver minha empolgação.
Jaime: Claro que tenho certeza! Não se preocupe com nada, vai estar tudo bem por aqui. - Ele diz ao depositar um breve beijo sobre a minha testa.
Saio deixando-o com as crianças, Julia estaria de folga, então voltaria cedo, queria cozinhar para eles.
Caminho até a cozinha, saindo pela entrada que dá direto para a garagem, entro no meu carro e rapidamente saio com ele. Vou dirigindo tranquila pelas ruas do centro de L.A, o que normalmente é impossível, por conta do grande tráfego de carros que circulam por lá.
Após dirigir por 30min eis que novamente estou aonde não achei que voltaria mais. O ateliê onde comprei meu primeiro vestido. Ao entrar sou super bem recepcionada.
Atendente: Senhora Angélica. Que bom tê-la aqui novamente. Avisarei ao Carlo que você chegou. - Apenas sorrio balançando a cabeça positivamente.
Por um instante me perco ali, entre milhares de vestidos a minha frente, olhando um a um, analisando cada detalhe, que chego a me assustar ao ouvir Carlo me chamar.
Carlo: Angie? - Ele diz se aproximando de mim. Viro rapidamente o meu corpo na sua direção abrindo um largo sorriso.
Angélica: Carlo! Como você está? Quanto tempo não? - Nos cumprimentamos com beijos e um abraço. E após a algum tempo conversando ele sugere...
Carlo: Bom, creio que um vestido mais justo na parte do busto tomara que caia, com renda seria ótimo para seu segundo casamento. Não saindo tanto do tradicional, com pregas na cintura e com a parte de baixo mais volumosa. - Ele sabia bem o que eu queria, conversamos por horas no telefone antes de eu vir e para mim estava ótimo esse modelo, como eu havia pensado.
Não queria nenhum dos vestidos já prontos, após experimentar não havia exatamente gostado muito de nenhum. Então Carlo desenhou alguns croquis e eu simplesmente me encantei por um deles.
Angélica: É esse!! - Disse com toda a empolgação possível, enquanto batia com a unha do dedo indicador sobre o croqui pelo qual eu havia me encantado.
Carlo: Então esse estará pronto no mês seguinte, e eu mesmo o entregarei e farei os ajustes necessários na sua troca para o casamento. - Ele disse entusiasmado.
Ao nos despedirmos combinamos todos os outros detalhes que ainda não havíamos falado e com isso me retiro do ateliê na direção do meu carro, assim que consigo achar as chaves do meu carro dentro da bolsa ouço alguém chamar pelo meu nome, assim que me viro percebo que Otto estava parado ao meu lado, bufo balançando a cabeça em desaprovação.
Angélica: Otto... — Forço um sorriso ao olhá-lo de frente. Ele também sorri.
Otto: O que está fazendo por aqui? — Seu sorriso me sai sarcástico, apenas respiro e controlo a vontade de falar sobre isso.
Angélica: Bem,Otto. Jaime e eu decidimos que já é hora de por fim casarmos. — Tento não tocar muito no assunto e encerrar por ai mesmo, mas Otto é insistente para saber os detalhes.
Otto: E quando iam me contar? Creio que eu merecia saber, não? Angélica, meus filhos vão viver com você, juntamente com aquele cara. — Reviro os olhos e entorto a boca para o lado em desaprovação.
Angélica: Por Deus, Otto, não começa! — Creio ter alterado o tom da minha voz, ao ver que estavam nos olhando. — Você sempre soube que no fim era ele quem eu amava e bom, agora que estou com ele e praticamente casados, não entendo qual o problema dessa vez. Já estamos separados, Otto, espero que isso fique bem claro para você. — Ele não voltou a me responder, apenas balançou a cabeça em concordância. Como não queria mais falara sobre isso e nem sobre qualquer outro assunto com ele, resolvi entrar no carro sem dizer mais nada.
Assim que ligo meu carro recebo uma ligação, não atendo, tampouco vejo quem me chamava, deixo o telefone no banco do carona e sigo viagem, naquele momento tudo o que eu queria era voltar para casa. Sempre que Otto e eu tínhamos conversas como essas eu ficava um tanto quanto alterada, então liguei o rádio e fui o caminho inteiro ouvindo músicas.
Jaime: Achei que fosse demorar um pouco mais. — Disse ele ao me ver passar pela entrada da sala, onde ele estava com Dani e Angie. Seu sorriso logo se desfez ao ver a minha expressão. — Aconteceu alguma coisa? Você está bem? — Sorri, no intuito de não preocupá-lo. Então resolvi deixar todo esse assunto para lá.
Angélica: Está tudo bem sim. Só estou com um pouco de dor de cabeça, já vai passar. — Caminhei até eles, depositando um beijo na testa de cada um. Ele sorriu, mas um sorriso preocupado.
Jaime: Você sabe que pode me contar qualquer coisa, não é? — Ele falou enquanto segurava minha mão, para que eu não levantasse. Voltei com o meu corpo para trás, sentando no chão ao seu lado.
Angélica: Sei sim, Júlia está em casa? — Ele franziu o cenho e apenas balançou a cabeça em afirmação. Me levantei e fui para o quarto. — Não queria que ele soubesse o que havia se passado com Otto, não queria mais brigas e discussões entre eles.
No fim da tarde, quase ao anoitecer, Jaime bate na porta do quarto e entra, eu já estava deitada, não queria que ele voltasse a perguntar o que eu tinha. Ele não falou nada, passou do quarto para o banheiro, ficou por um tempo lá dentro, não pude ouvir o chuveiro porque ele fechou a porta. Ao sair se manteve em silêncio, ficou o tempo todo no closet, se vestiu e caminhou em direção a porta.
Jaime: Angélica, já estou indo. Só volto pela manhã, vou gravar a noite inteira. — Bufei ao vê-lo me chamar assim.
Angélica: Amor, eu... — Fui interrompida por ele antes que eu pudesse me explicar.
Jaime: Não, Angélica, não. Quando você quiser me contar a verdade tudo bem, mas não me invente mais desculpas. — Ele saiu e bateu a porta, desci atrás dele, não queria ficar brigada e tampouco nesse clima, desci as escadas correndo, só o consegui alcançar no seu carro, ele já estava quase saindo, quando entrei no banco do passageiro.
Angélica: Me desculpa, você tem toda a razão, eu não devia mentir e tampouco inventar desculpas, vamos nos casar e não deve haver segredos entre a gente. Eu só não queria mais brigas, mais confusões, apenas tranquilidade para a nova fase do nosso relacionamento, eu vou ser a sua mulher, dentro de muito pouco, apenas me desculpe. — Segurava a sua mão enquanto me explicava.
Jaime: Você vai me contar o porquê de tudo isso, ou vamos novamente entrar em um ciclo vicioso de desculpas? — Ele falava com firmeza, me olhava nos olhos sem piscar.
Angélica: Foi por causa do Otto... — Nesse momento comecei a contar em detalhes tudo o que havia acontecido depois de ter saído do ateliê.
Jaime: Devia ter me contado logo, também não quero mais brigar, ainda mais por culpa dele. Eu te amo, quero estar contigo acima de qualquer coisa, apenas me prometa que não vai mais me esconder nada. — Ele sorria terno para mim, seu sorriso também me fazia sorrir. — Por fim nos beijamos, o que parecia um dos beijos mais doces do qual ele já havia me dado...

DESCULPEM NOVAMENTE! MAS VOLTEI KKKKK.