Fanfic: **A Dulce Amante do Grego**

— Não sou um esnobe.

— Temo que sim, mas com sua privilegiada família é compreensível...

— Teos... o que tem que ver minha família com isto? —interrompeu-a christopher, mais furioso ainda ao ver sua expressão compreensiva. — Por que não me havia dito que vendia pelas ruas?

— Por favor... não «vendo pelas ruas», tinha um posto na feira do Camden —suspirou dulce. — Embora já não o tenho.

— Não deveria haver se rebaixado a isso. A partir de agora, terá que respeitar as normas para preservar sua dignidade —disse christopher, apertando os dentes.

— A dignidade é algo que não me preocupa muito —replicou ela.

Provavelmente não fora o melhor momento para lhe dizer que tinha deixado a feira do Camden... para ir às feiras de artesanato, pensou, irônica.

Às vezes, ser imensamente milionário fazia que christopher fosse muito pouco prático. Depois de tudo, ela não tinha dinheiro. Durante os dois últimos anos, tinha vivido da bolsa de estudos e, quando terminou o curso, o dinheiro que tirava vendendo suas bolsas a ajudava a pagar os gastos, mas era uma batalha chegar ao fim do mês. Só por não ter que pagar aluguel tinha podido sair adiante. Saberia christopher que ela pagava as faturas de gás, luz e telefone?

— Mas sim me preocupa. Se não o fizer por ti, faça por mim —disse ele então, com cortante claridade.

Sentia-se ferido em seu orgulho ao pensar em dulce atendendo aos clientes. E deveria saber disso sem que ele tivesse que dizer-lhe mas era muito ingênua para fazer discriminações... Quantas familiaridades, quantas grosserias teria suportado sem queixar-se? O que outras coisas fazia que não lhe tinha contado? Sua confiança nela começava a rachar-se. Pela primeira vez, deu-se conta do problema que representava estar tanto tempo longe de Londres. Se tivesse estado mais tempo com ela, teria sabido da feira e o teria cortado de raiz. No futuro, teria que interessar-se muito mais por suas atividades.

dulce conhecia o christopher muito bem e sabia que estava aborrecido. Ele nunca entenderia que alguém tivesse que ganhar dinheiro como fora... era muito orgulhoso. Mas a frieza de seus olhos lhe resultava insuportável.

Nesse momento, deu-se conta de que a multidão se afastou para deixá-los passar e se sentiu incômoda ao descobrir que todos estavam olhando-os. Todas as cabeças se voltaram em sua direção. As pessoas a olhavam com curiosidade, mas em seguida se concen-travam no christopher. Ele era a maior atração e todos se afastavam como se pertencesse à realeza. Embora christopher era indiferente à atenção que despertava.

Uma jovem muito bonita de olhos escuros e longo cabelo louro, sua magra figura envolta em um vestido rosa de desenho, aproximava-se deles. dulce, que havia visto muitas fotografias de belinda nas revistas, reconheceu à irmã do christopher em seguida. Tinha os nervos agarrados ao estômago. Desejava tanto cair bem... belinda beijou a seu irmão em ambas as bochechas enquanto se queixava porque tinha chegado tarde.

Rindo, christopher se voltou para o dulce como se fosse lhe apresentar a sua irmã, mas nesse momento um homem se dirigiu a ele em grego.

— Perdoem um momento —se desculpou, impaciente.

— Olá, belinda, eu sou dulce — se apresentou ela, lhe oferecendo sua mão. — Estava desejando te conhecer.

Com um sorriso cínico nos lábios, belinda respondeu com desprezo:

— É a puta de meu irmão. Por que ia eu querer te conhecer?

Quando se afastou, sem perder o sorriso, dulce tentou esconder seu assombro. E seu horror. Com a cara ardendo, tentou conter a vontade de chorar. Que a irmã do christopher, uma mulher a que nem sequer conhecia, a tivesse atacado dessa forma a deixava gelada. Mas disse a si mesmo que não devia pensar na barbaridade que lhe havia dito. O fazia muitíssima ilusão ir a essa festa e christopher amava tanto a sua irmã... Não podia lhe contar o que acabava de passar. Se o fizesse, criaria um problema entre eles.

continua

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bjs