Fanfic: **A Dulce Amante do Grego**

Do outro lado da sala, um homem com o cabelo loiro e feições angelicais, em contraste com uns olhos frágeis, levantou a mão para saudá-la. Agradecendo ver uma cara conhecida em muito estranhos, dulce sorriu.

— Sabe quem é? —perguntou-lhe christopher.

— pablo Campbell... é primo de anahi —respondeu ela, tentando esquecer o insulto de belinda.

christopher fulminou ao jovem loiro com o olhar. Campbell tinha fama de organizar festas selvagens e de ser um mulherengo. Surpreendia-lhe que dulce o conhecesse.

— Não quero que fale com ele.

Ela o olhou, incrédula. Desde quando christopher lhe falava como se suas palavras fossem ordens que deviam ser obedecidas imediatamente?

— E isso significa que, a partir de agora, não o conhece.

— O que?

Como não ia saudar o pablo? Se não o fizesse, ofenderia a sua melhor amiga. E, além de outras considerações, seria completa-mente ridículo. Embora apenas se conheciam, viram-se várias vezes na casa da anahi.

Uma mulher coberta de diamantes se aproximou para falar com o christopher nesse momento. Sem olhar a ela sequer, foi primeira em uma longa procissão de gente que se aproximava para falar com ele. Em comparação, dulce se sentia tão interessante como uma cadeira e não lhe teria surpreendido que lhe colocassem casacos em cima.

Com a auto-estima destroçada, afastou-se um pouco do grupo. Desde aquele porto seguro, podia ver o contingente feminino rodeando-o como se fosse uma estrela de cinema. Os homens o escutavam com admiração, desejando saber sua opinião sobre qualquer tema, as mulheres paqueravam descaradamente com ele.

«A puta de meu irmão». Aquele insulto terrível teve o mesmo efeito que uma tocha dirigida por um louco.

Uma puta era uma mulher promíscua, uma mulher que recebia dinheiro em troca de sexo. Uma mulher que se esforçava por agradar sexualmente aos homens. Poderia descrever-se a si mesmo nesses termos?

christopher não lhe dava dinheiro, mas vivia em um apartamento digno de uma princesa, decorado luxuosamente por profissionais, com quadros fantásticos e móveis de marca. Embora trabalhasse cem anos, não poderia pagar algo assim com seu dinheiro. Mas ela não era promíscua. Quando conheceu o christopher, era virgem. Só se tinha deitado com ele. Ele lhe tinha ensinado tudo o que sabia... mas christopher sendo christopher  exigia perfeição em todos os campos e se ocupou de que aprendesse exatamente tudo o que lhe agradava na cama. Isso a convertia em uma puta?

Sentindo-se claustrofobia naquela sala e atormentada por seus próprios medos, dulce entrou em outra das habitações. Só então se deu conta de que tinha os olhos cheios de lágrimas. Nervosa, foi de uma habitação a outra, temendo que alguém se desse conta. Contendo os soluços, procurou um lugar tranqüilo para desafogar-se...

Oxalá se tivesse ficado em casa. Tinha acreditado que ir a essa festa seria um passo adiante em sua relação com o christopher, mas estava sendo justamente o contrário. Não lhe tinha apresen-tado a ninguém, nem sequer lhe tinha feito um gesto de cumplici-dade diante das pessoas...

Encontrando-se só em um tranqüilo corredor, dulce apoiou a orelha em uma porta e, quando esteve segura de que não se ouvia nada, empurrou o trinco.

Mas lá dentro se encontrou com um espetáculo que não esperava: belinda, a irmã do christopher, beijando apaixonadamente a um homem que não se parecia absolutamente a seu marido, Finlay Southwick.

A consternação paralisou momentaneamente  dulce. Nervosa, voltou a fechar a porta e ia dar a volta quando belinda saiu como uma fera.

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