Fanfics Brasil - Crepúsculo (Terminada)

Fanfic: Crepúsculo (Terminada)


Capítulo: 67? Capítulo

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- Nós temos um acordo - eu lembrei presumidamente, sentando no banco do motorista e me inclinando no banco para abrir a porta pra ele.


 


- Pra onde? - eu perguntei.


 


- Ponha o seu cinto de segurança, eu já estou nervoso. - Eu dei uma olhada feia enquanto repetia.


 


- Pra onde? - eu repeti com um suspiro.


 


- Pegue a estrada um-zero-um para o norte - ele comandou.


 


Era surpreendentemente difícil me concentrar na estrada com os olhos dele no meu rosto. Eu compensei dirigindo ainda mais cuidadosamente pela cidade ainda adormecida.


 


- Você estava planejando voltar á Forks antes do anoitecer?


 


- Esta velha caminhonete é velha o suficiente pra ser a avó do seu carro, tenha algum respeito. - Eu rebati.


 


Em pouco tempo estávamos fora dos limites da cidade, apesar da negatividade dele. Grossos arbustos e árvores com os troncos cobertos de verde substituíam os gramados e as casas.


 


- Vire á direita na um - dez - ele instruiu bem quando eu estava prestes a perguntar. Eu obedeci silenciosamente. - Agora nós vamos até onde o asfalto termina. - Eu podia ouvir um sorriso na voz dele, mas eu estava com medo de sair da estrada e provar que ele estar certo.


 


- E onde é que dá, quando o asfalto acaba? - Eu imaginei.


 


- Numa trilha.


 


- Nós vamos fazer uma caminhada? - graças á Deus que eu estava usando tênis.


 


- Isso é um problema? - parecia que ele esperava que fosse.


 


- Não - eu tentei fazer a mentira soar confiante. Mas se ele pensava que minha caminhonete era lenta...


 


- Não se preocupe. São só uns cinco quilômetros, e nós não estamos com pressa.


 


Cinco quilômetros. Eu não respondi para que ele não ouvisse o pânico na minha voz. Cinco quilômetros de raízes traiçoeiras e pedras soltas, tentando torcer meu tornozelo ou me incapacitar de alguma forma. Isso ia ser humilhante. Nós dirigimos em silêncio enquanto eu contemplava o horror que se aproximava.


 


- O que você está pensando? - ele perguntou impacientemente depois de alguns minutos. Eu menti de novo.


 


- Só imaginando pra onde estamos indo.


 


- É um lugar pra onde eu gosto de ir quando o clima está bom. - Nós dois olhamos para as nuvens que estavam afinando depois que ele falou.


 


- Charlie disse que hoje estaria morno.


 


- E você contou ao Charlie o que ia fazer? - ele perguntou


 


- Não.


 


- Mas Jéssica acha que vamos pra Seattle juntos? - ele pareceu animado com a idéia.


 


- Não, eu disse pra ela que havíamos cancelado, o que é verdade.


 


- Ninguém sabe que você está comigo? - agora com raiva.


 


- Isso depende... eu acredito que você tenha contado pra Maite.


 


- Isso ajuda muito, Any. - Ele disparou. Eu fingi não ouvir isso.


 


- Forks te deixa tão deprimida que agora você virou suicida? - ele perguntou quando eu ignorei ele.


 


- Você disse que podia te causar problemas...nós sendo vistos juntos publicamente. - Eu lembrei ele.


 


- Então você está preocupada com o que pode acontecer comigo, se você não voltar pra casa? - Sua voz ainda estava enraivecida, mas um pouco sarcástica.


 


Eu afirmei com a cabeça, mantendo meus olhos na estrada. Ele murmurou alguma coisa tão baixa e tão rápido que eu não consegui entender. Ficamos em silêncio pelo resto do caminho. Eu podia sentir as ondas furiosas de desaprovação que vinham dele, e não conseguia pensar em nada pra dizer. E então a estrada acabou, sendo seguida por uma fina trilha , marcada por um pedaço de madeira. Eu parei no acostamento e desci do carro, preocupada porque ele estava com raiva de mim e eu não tinha mais a estrada como desculpa pra não olhar pra ele.


 


Estava mais quente agora, mais quente do que já esteve em Forks desde o dia que eu cheguei lá, quase mormacento embaixo das nuvens. Eu tirei meu suéter e amarrei na cintura, feliz por ter usado uma camisa leve, sem mangas, especialmente já que eu tinha cinco quilômetros de caminhada á minha frente. Eu ouvi sua porta bater também, e virei pra ver que ele também tinha tirado o suéter. Ele estava olhando pra longe de mim, para a floresta que estava ao lado da minha caminhonete.


 


Por aqui - ele disse, olhando pra mim por cima do ombro, os olhos perturbados. Ele começou a entrar na floresta escura.


 


- A trilha? - o pânico começou a tomar conta da minha voz enquanto eu dava a volta na minha caminhonete correndo para acompanhá-lo.


 


- Eu disse que havia uma trilha no fim do caminho, não que íamos usá-la.


 


- Sem trilha? - eu perguntei desesperadamente. - Você não vai se perder.


 


Nessa hora ele se virou pra mim, com um sorriso de zombaria e eu tentei prender um suspiro. A camisa branca dele era sem mangas, e ele estava usando desabotoada, então a suave pele branca do seu pescoço seguia ininterruptamente até os contornos do seu peito, sua musculatura perfeita não estava mais meramente escondida por roupas. Ele era perfeito demais, eu me dei conta com uma penetrante sensação de desespero. Não tinha jeito dessa criatura divina ter sido feita pra ficar comigo. Ele olhou pra mim, desconcertado com minha expressão de tortura.


 


- Você que voltar pra casa? - ele perguntou baixinho, uma dor diferente da minha saturando a voz dele.


 


- Não - eu caminhei até ficar ao lado dele, ansiosa pra não desperdiçar nem um segundo do tempo que tinha com ele.


 


- Qual é o problema? - ele perguntou, sua voz gentil.


 


- Eu não sou muito boa em caminhadas - eu disse estupidamente. - Você vai ter que ser paciente.


 


- Eu posso ser paciente, se eu fizer um grande esforço.  


 


Ele sorriu, prendendo o meu olhar, tentando me tirar do meu abatimento inexplicável , repentino. Eu tentei sorrir de volta, mas o sorriso não foi convincente. Ele analisou me rosto.


 


- Eu vou te levar pra casa - ele prometeu. Eu não sabia se a promessa era incondicional, ou restrita a uma partida imediata. Eu sabia que ele pensava que era o medo que estava me aborrecendo, e eu estava agradecida de novo por ser a única pessoa cuja mente ele não podia ouvir.


 


- Se você quer que eu ande cinco quilômetros dentro da floresta antes que o sol se ponha, é melhor você começar a mostrar o caminho - eu disse acidamente.


 


Ele fez uma careta pra mim, lutando pra entender meu tom e minha expressão. Depois de um momento ele desistiu e me guiou para a floresta. Era tão ruim quanto eu temia. O caminho era quase todo plano e ele segurou as samambaias e trepadeiras pra que eu passasse. Quando o caminho ficou fechado por causa de árvores caídas e pedregulhos, ele me ajudou, me levantando pelo cotovelo, e depois me colocando no chão instantaneamente quando o caminho estava limpo. O toque da pele dele não parava de fazer meu coração bater alucinadamente. Duas vezes, quando isso aconteceu, eu olhei para o rosto dele e me dei conta que ele estava ouvindo, de alguma forma. Eu tentei manter os meus olhos da sua perfeição o máximo que pude, mas eu falhava com freqüência. Todas as vezes, a beleza dele me afundava na depressão. Na maior parte do caminho, nós caminhamos em silêncio.


 


Ocasionalmente, ele me perguntava algo do cotidiano que ele havia deixado passar durante os dois dias de questionário. Ele me perguntou sobre os meus aniversários, minha notas, meus animais de estimação na infância, e eu admiti que depois de ter matado três peixinhos, eu tive que desistir da empreitada. Ele sorriu com isso, mais alto do que o normal, como o dobrar de sinos dentro da floresta vazia. A caminhada me tomou boa parte da manhã, mas ele não mostrou nenhum sinal de impaciência.


 


A floresta se arrastava ao nosso redor como um labirinto de árvores ânsias, e eu comecei a ficar com medo que ele nunca mais encontrasse o caminho de volta. Ele estava perfeitamente calmo, confortável no labirinto verde, parecendo nunca ter dúvidas em relação á direção. Depois de algumas horas, a luz que passava pela copa das árvores se transformou, o tom azeitona se tornou uma cor brilhante de Jade. O dia tinha se tornado ensolarado, exatamente como ele havia dito. Pela primeira vez desde que entramos na floresta, eu comecei a sentir uma excitação que logo se transformou em impaciência.


 


- Já chegamos? - eu perguntei, fingindo fazer uma carranca.


 


- Quase - ele sorriu pelo mudança no meu humor. - Você vê a claridade ali na frente? - Eu tentei enxergar dentro da vasta floresta.


 


- Umm, eu devia?


 


- Talvez seja cedo demais pra os seus olhos. - Ele brincou.


 


- Hora de visitar o oculista - eu murmurei.


 


O sorriso dele cresceu ainda mais. Mas então, alguns metros mais á frente, eu definitivamente podia ver uma luminosidade atrás das árvores, um brilho que era amarelo e não verde. Eu apertei o passo, minha ansiedade crescendo a cada passo. Ele me deixou guiar agora, seguindo silenciosamente. Eu alcancei a borda da piscina de luz e entrei pelas últimas samambaias no lugar mais adorável que já tinha visto. A clareira era pequena, perfeitamente redonda, e cheia de flores selvagens, violetas, amarelas e de um branco macio. Em algum lugar próximo, eu podia ouvir o som borbulhante de um rio. O sol estava bem á frente, enchendo o círculo com uma incandescente luz amarela.


 


 


Eu caminhei lentamente, abobalhada, através da grama macia, das flores e do ar morno, convidativo. Eu dei uma meia volta, esperando compartilhar isso com ele, mas ele não estava atrás de mim onde eu achava que ele estaria. Eu me virei, procurando por ele, alarmada de repente. Finalmente eu encontrei ele, ainda embaixo da densa sombra das copas na borda da clareira, me observando com olhos cuidadosos. Só então eu me lembrei do que tinha me levado ali e que a beleza do lugar havia me feito esquecer, o enigma de Alfonso e o sol, que ele havia prometido decifrar pra mim hoje.


 


Eu dei um passo na direção dele, meus olhos estavam curiosos. Seus olhos estavam confusos, relutantes. Eu sorri encorajando e o convidei com a mão, dando outro passo na sua direção. Ele levantou uma mão como num aviso, eu hesitei, dando um passo pra trás nos tornozelos. Alfonso pareceu respirar fundo, e então deu um passo dentro da luz brilhante do sol da tarde.


 



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Autor(a): Bela

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 97



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  • luanna Postado em 09/10/2009 - 00:02:58

    perfecta a web.. emocionante.. e vou procurar lua nova agora mesmo! besitos amixx

  • luanna Postado em 04/10/2009 - 00:11:01

    amixxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
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  • marcos00 Postado em 03/10/2009 - 09:10:07

    postaaaa+++++++++++++++++++++++++++++++++++++
    Desculpa o tempo sem comentar....Passa em Loucos Por Dinheiro??É minah e da Isabella220, obg


    bjks

  • luanna Postado em 03/10/2009 - 00:22:19

    amix, depois q c ler amanhecer"o livro mais emocionante da saga na minha opinião" vc ler o sol da meia noite, depois tem anoitecer , q é a continuação de "amanhecer" sabe tenho uma colega posta, se vc estivar enteressada a web se chama "anoitecer" e é da maria, ou jumah, uma das duas ta???

    valhe muito a pena!

    depois q c ler amanhecer, vai nessa web e ler anoitecer

  • luanna Postado em 03/10/2009 - 00:20:30

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  • luanna Postado em 03/10/2009 - 00:20:19

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  • bela Postado em 01/10/2009 - 19:10:36

    postando em crepuscúlo
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    bjinhos

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  • bela Postado em 01/10/2009 - 19:10:34

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