Fanfic: Chantagem do Desejo AyA - Terminada
Veterana em loja de artigos promocionais, Anahí enfiou-se no meio da bagunça generalizada, inspecionando a pilha de roupas de bebê. Emergindo vitoriosa com um excelente conjunto infantil de calça e jaqueta, perguntou à vendedora:
— Quanto custa?
Era mais do que tinha condições de pagar e ela devolveu as duas peças com tristeza. Uma tristeza passageira... porque há muito tempo aprendera que suas prioridades eram abrigo, comida e calor. Roupas era algo supérfluo para sobrevivência, portanto, novidades e beleza estavam quase sempre fora de alcance. Encontrou um suéter e uma calça jeans a um preço dentro de suas possibilidades. Os gêmeos estavam crescendo tão rápido que mantê-los vestidos era uma disputa constante. Assim como sustentá-los.
— Eles são garotinhos encantadores — comentou a vendedora quando Anahí foi pagar. Então, olhou para as mãos de Anahí, notando que não havia aliança, e, pelo olhar que lhe lançou, provavelmente desaprovava mães solteiras.
Anahí olhou para os seus filhos, sentados lado a lado no gasto carrinho de dois lugares, e exibiu um sorriso orgulhoso. Toby e Connor eram bebês maravilhosos e muito grandes para a idade de nove meses. A combinação de cabelos encaracolados pretos, pele dourada e grandes olhos castanhos dava-lhes um ar angelical que era um tanto enganador. Os gêmeos chamavam a atenção de todos pela vivacidade e alegria, e Anahí simplesmente os adorava. Com freqüência, admirava-se por ter dado à luz duas crianças tão bonitas e espertas, as quais não se pareciam com ela, física ou emocionalmente.
Enquanto voltava para casa, viu-se olhando para outras jovens. Ficava aborrecida quando se pegava pensando que as mulheres sem filhos pareciam mais jovens, alegres e atraentes. Viu seu reflexo na vitrine de uma loja e, de repente, quis chorar. Houve um tempo em que se produzia devidamente, e era considerada bonita. Agora, isso não passava de uma lembrança... era uma garota magra com um rosto aflito e cabelos ruivos sempre presos num rabo-de-cavalo. Parecia desinteressante e com aparência comum. Engoliu em seco, sabendo que o pai de Toby e Connor jamais a olharia agora.
Na época, ficara maravilhada porque um homem tão atraente, que podia ter qualquer mulher que quisesse, a tinha escolhido entre tantas garotas muito mais interessantes. Mas a passagem do tempo e a experiência cruel destruíram suas ilusões fantasiosas, forçando-a a encarar verdades menos agradáveis.
Agora Anahí aceitava que ele apenas a notara porque ela era a única mulher na vizinhança quando ele sentira necessidade de sexo. O que ela lhe dera de bom grado, sem fazer uma única exigência. Ele nunca a considerara mais do que uma garota de classe social inferior, pois jamais a convidara para sair. Quando a paixão ardente se apaziguou, ele a dispensou rapidamente, e Anahí ainda tremia só de pensar nisso. Nada a machucara tanto quanto aquele frio e cruel retorno à realidade.
Poucos minutos depois de ter chegado à sua quitinete, o senhorio apareceu à porta.
— Você tem de ir embora — disse ele abruptamente. — Houve mais queixas do barulho que seus garotos fazem à noite.
Anahí olhou para o homem com horror.
— Mas todos os bebês choram...
— E dois bebês fazem barulho em dobro.
— Juro que tentarei mantê-los mais quietos...
— Disse isso da última vez em que conversamos e nada mudou — interrompeu o velho homem, indiferente. — Você já tinha sido prevenida e estou dando-lhe um aviso de duas semanas. Se não sair por bem, terei de despejá-la. Portanto, é melhor ir ao Serviço de Assistência Social para que eles encontrem outro lugar.
Intimidada pela atitude do homem, Anahí tentou, em vão, fazê-lo ser mais racional. Tão logo ele se foi, ela sentou-se com os braços cruzados enquanto lutava contra o horrível sentimento de desespero. Sabia que não tinha chances de se defender das queixas e não podia culpar os outros inquilinos pela reclamação. As paredes eram finas, e os gêmeos choravam toda noite.
A quitinete precisava de decoração, a mobília estava danificada e as instalações sanitárias eram péssimas. Mas o quarto ainda parecia um lar para Anahí. Além disso, o prédio estava em bom estado de conservação e o bairro era razoavelmente respeitável e seguro. Ela não tinha medo de caminhar pela rua, diferentemente do período durante a gravidez, quando havia passado alguns meses num abrigo municipal. Drogas e conflitos entre gangues eram um meio de vida lá, e Anahí ficava horrorizada todas as vezes que tinha de sair.
Embora fosse hora da soneca de Toby e Connor, decidiu que teria de enfrentar a situação. Em duas semanas estaria sem moradia, e precisava dar às autoridades provedoras o maior tempo possível para alugar uma acomodação alternativa para eles. Anahí apertou os olhos para conter as lágrimas. Tinha 23 anos. Sempre fora uma mulher resoluta... independente e enérgica. Mas nunca imaginou como seria difícil criar dois filhos sozinha. Nunca imaginou também que chegaria a ser tão pobre. Na verdade, nos últimos estágios da gravidez, fizera planos de retomar sua carreira. Esperara voltar para o seu emprego de horário integral, e não acabar como quase uma mendiga. Saúde precária, problemas de acomodação, custos de transporte e noites maldormidas gradativamente destruíram suas esperanças.
Uma semana se passou, durante a qual Anahí fez tudo que podia para encontrar algum lugar para morar. Mas as poucas indicações que possuía se mostraram infrutíferas. Na metade da segunda semana, começou a entrar em pânico, e uma assistente social informou-a de que teria de ir para uma acomodação emergencial, tipo cama e café-da-manhã.
— Você detestará isso — declarou sua amiga, Leanne Carson. — O quarto não será seu para fazer o que quiser e provavelmente não haverá local para cozinhar.
— Eu sei — murmurou Anahí.
— Bebês chorões não serão bem-vindos lá, também. — A bonita morena de olhos azuis, que Anahí conhecera no hospital, suspirou. — Você será transferida novamente. — Por que está sendo tão inflexível?
— Como assim?
— Você me disse que o pai dos gêmeos tinha dinheiro. Por que não se beneficia disso um pouco? Se o patife é uma celebridade e rico o suficiente, você poderia vender sua história para a imprensa.
— Não seja maluca. — Anahí pressionou as têmporas com os dedos.
— E claro que você teria de dar um tempero à história. Sexo dez vezes por noite, o quanto as exigências dele eram insaciáveis ou excêntricas... esse tipo de coisa.
Anahí enrubesceu.
— Não, eu não sei.
Autor(a): karolina
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Meninass obrigadoooo ...dedico essa novela a vcs .... Maaju: obrigado por ter sido a primeira a ler... espero q esteja gostando msm ..rss...ahhh q mulher em plena sanidade mental nao ia querer o Alfonso em sua cama 10 vzs por dia ??? soh doida pra nao querer ne ...kkkkkk.. obrigadooo Annierbd: fico feliz q tenha gostado meu bem .. estava preste a cancelar a web quando vi o ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 225
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giovannaucker Postado em 10/11/2009 - 00:22:19
Aiii ... q lindooo... amei krolzinhaaa.. tudu de bom .. posta outras webs hein .. vou ler com certeza...
beijoo -
maaju Postado em 26/10/2009 - 09:30:10
PEEEERFEITA *-*
AMEEEI KAROL, DE VERDADE MUITO LINDA *-*
PARABENS! -
css Postado em 26/10/2009 - 08:29:49
Perfeita do começo ao fim... ADOREEIIIIII.
BJOS. -
css Postado em 26/10/2009 - 08:29:44
Perfeita do começo ao fim... ADOREEIIIIII.
BJOS. -
css Postado em 26/10/2009 - 08:29:39
Perfeita do começo ao fim... ADOREEIIIIII.
BJOS. -
css Postado em 26/10/2009 - 08:29:25
Perfeita do começo ao fim... ADOREEIIIIII.
BJOS. -
kikaherrera Postado em 25/10/2009 - 19:20:27
LINDO O FINAL DA WEB PARABÉNS
AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIII -
kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 23:52:42
POSTA MAIS POR FAVORRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 23:52:26
MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS S
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kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 23:52:15
POSTA MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS