Fanfics Brasil - Chantagem do Desejo AyA - Terminada

Fanfic: Chantagem do Desejo AyA - Terminada


Capítulo: 2? Capítulo

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Veterana em loja de artigos promocionais, Anahí enfiou-se no meio da bagunça generalizada, inspe­cionando a pilha de roupas de bebê. Emergindo vito­riosa com um excelente conjunto infantil de calça e jaqueta, perguntou à vendedora:


— Quanto custa?


Era mais do que tinha condições de pagar e ela de­volveu as duas peças com tristeza. Uma tristeza pas­sageira... porque há muito tempo aprendera que suas prioridades eram abrigo, comida e calor. Roupas era algo supérfluo para sobrevivência, portanto, novida­des e beleza estavam quase sempre fora de alcance. Encontrou um suéter e uma calça jeans a um preço dentro de suas possibilidades. Os gêmeos estavam crescendo tão rápido que mantê-los vestidos era uma disputa constante. Assim como sustentá-los.


— Eles são garotinhos encantadores — comentou a vendedora quando Anahí foi pagar. Então, olhou para as mãos de Anahí, notando que não havia alian­ça, e, pelo olhar que lhe lançou, provavelmente desa­provava mães solteiras.


Anahí olhou para os seus filhos, sentados lado a lado no gasto carrinho de dois lugares, e exibiu um sorriso orgulhoso. Toby e Connor eram bebês mara­vilhosos e muito grandes para a idade de nove meses. A combinação de cabelos encaracolados pretos, pele dourada e grandes olhos castanhos dava-lhes um ar angelical que era um tanto enganador. Os gêmeos chamavam a atenção de todos pela vivacidade e ale­gria, e Anahí simplesmente os adorava. Com freqüên­cia, admirava-se por ter dado à luz duas crianças tão bonitas e espertas, as quais não se pareciam com ela, física ou emocionalmente.


Enquanto voltava para casa, viu-se olhando para outras jovens. Ficava aborrecida quando se pegava pensando que as mulheres sem filhos pareciam mais jovens, alegres e atraentes. Viu seu reflexo na vitrine de uma loja e, de repente, quis chorar. Houve um tempo em que se produzia devidamente, e era consi­derada bonita. Agora, isso não passava de uma lem­brança... era uma garota magra com um rosto aflito e cabelos ruivos sempre presos num rabo-de-cavalo. Parecia desinteressante e com aparência comum. En­goliu em seco, sabendo que o pai de Toby e Connor jamais a olharia agora.


Na época, ficara maravilhada porque um homem tão atraente, que podia ter qualquer mulher que qui­sesse, a tinha escolhido entre tantas garotas muito mais interessantes. Mas a passagem do tempo e a ex­periência cruel destruíram suas ilusões fantasiosas, forçando-a a encarar verdades menos agradáveis.


Agora Anahí aceitava que ele apenas a notara porque ela era a única mulher na vizinhança quando ele sentira necessidade de sexo. O que ela lhe dera de bom grado, sem fazer uma única exigência. Ele nunca a considera­ra mais do que uma garota de classe social inferior, pois jamais a convidara para sair. Quando a paixão ardente se apaziguou, ele a dispensou rapidamente, e Anahí ain­da tremia só de pensar nisso. Nada a machucara tanto quanto aquele frio e cruel retorno à realidade.


Poucos minutos depois de ter chegado à sua quitinete, o senhorio apareceu à porta.


— Você tem de ir embora — disse ele abrupta­mente. — Houve mais queixas do barulho que seus garotos fazem à noite.


Anahí olhou para o homem com horror.


— Mas todos os bebês choram...


— E dois bebês fazem barulho em dobro.


— Juro que tentarei mantê-los mais quietos...


— Disse isso da última vez em que conversamos e nada mudou — interrompeu o velho homem, indife­rente. — Você já tinha sido prevenida e estou dando-lhe um aviso de duas semanas. Se não sair por bem, terei de despejá-la. Portanto, é melhor ir ao Serviço de Assistência Social para que eles encontrem outro lugar.


Intimidada pela atitude do homem, Anahí tentou, em vão, fazê-lo ser mais racional. Tão logo ele se foi, ela sentou-se com os braços cruzados enquanto lutava contra o horrível sentimento de desespero. Sabia que não tinha chances de se defender das queixas e não po­dia culpar os outros inquilinos pela reclamação. As pa­redes eram finas, e os gêmeos choravam toda noite.


A quitinete precisava de decoração, a mobília es­tava danificada e as instalações sanitárias eram péssi­mas. Mas o quarto ainda parecia um lar para Anahí. Além disso, o prédio estava em bom estado de con­servação e o bairro era razoavelmente respeitável e seguro. Ela não tinha medo de caminhar pela rua, di­ferentemente do período durante a gravidez, quando havia passado alguns meses num abrigo municipal. Drogas e conflitos entre gangues eram um meio de vida lá, e Anahí ficava horrorizada todas as vezes que tinha de sair.


Embora fosse hora da soneca de Toby e Connor, decidiu que teria de enfrentar a situação. Em duas se­manas estaria sem moradia, e precisava dar às autori­dades provedoras o maior tempo possível para alugar uma acomodação alternativa para eles. Anahí apertou os olhos para conter as lágrimas. Tinha 23 anos. Sem­pre fora uma mulher resoluta... independente e enér­gica. Mas nunca imaginou como seria difícil criar dois filhos sozinha. Nunca imaginou também que chegaria a ser tão pobre. Na verdade, nos últimos es­tágios da gravidez, fizera planos de retomar sua car­reira. Esperara voltar para o seu emprego de horário integral, e não acabar como quase uma mendiga. Saú­de precária, problemas de acomodação, custos de transporte e noites maldormidas gradativamente des­truíram suas esperanças.


Uma semana se passou, durante a qual Anahí fez tudo que podia para encontrar algum lugar para mo­rar. Mas as poucas indicações que possuía se mostra­ram infrutíferas. Na metade da segunda semana, co­meçou a entrar em pânico, e uma assistente social in­formou-a de que teria de ir para uma acomodação emergencial, tipo cama e café-da-manhã.


— Você detestará isso — declarou sua amiga, Leanne Carson. — O quarto não será seu para fazer o que quiser e provavelmente não haverá local para co­zinhar.


— Eu sei — murmurou Anahí.


— Bebês chorões não serão bem-vindos lá, também. — A bonita morena de olhos azuis, que Anahí conhece­ra no hospital, suspirou. — Você será transferida nova­mente. — Por que está sendo tão inflexível?


— Como assim?


— Você me disse que o pai dos gêmeos tinha di­nheiro. Por que não se beneficia disso um pouco? Se o patife é uma celebridade e rico o suficiente, você poderia vender sua história para a imprensa.


— Não seja maluca. — Anahí pressionou as têm­poras com os dedos.


— E claro que você teria de dar um tempero à his­tória. Sexo dez vezes por noite, o quanto as exigên­cias dele eram insaciáveis ou excêntricas... esse tipo de coisa.


Anahí enrubesceu.


— Não, eu não sei.






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Autor(a): karolina

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Meninass obrigadoooo ...dedico essa novela a vcs .... Maaju: obrigado por ter sido a primeira a ler... espero q esteja gostando msm ..rss...ahhh q mulher em plena sanidade mental nao ia querer o Alfonso em sua cama 10 vzs por dia ??? soh doida pra nao querer ne ...kkkkkk.. obrigadooo Annierbd: fico feliz q tenha gostado meu bem .. estava preste a cancelar a web quando vi o ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 225



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  • giovannaucker Postado em 10/11/2009 - 00:22:19

    Aiii ... q lindooo... amei krolzinhaaa.. tudu de bom .. posta outras webs hein .. vou ler com certeza...
    beijoo

  • maaju Postado em 26/10/2009 - 09:30:10

    PEEEERFEITA *-*
    AMEEEI KAROL, DE VERDADE MUITO LINDA *-*
    PARABENS!

  • css Postado em 26/10/2009 - 08:29:49

    Perfeita do começo ao fim... ADOREEIIIIII.

    BJOS.

  • css Postado em 26/10/2009 - 08:29:44

    Perfeita do começo ao fim... ADOREEIIIIII.

    BJOS.

  • css Postado em 26/10/2009 - 08:29:39

    Perfeita do começo ao fim... ADOREEIIIIII.

    BJOS.

  • css Postado em 26/10/2009 - 08:29:25

    Perfeita do começo ao fim... ADOREEIIIIII.

    BJOS.

  • kikaherrera Postado em 25/10/2009 - 19:20:27

    LINDO O FINAL DA WEB PARABÉNS
    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIII

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 23:52:42

    POSTA MAIS POR FAVORRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 23:52:26

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS S

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 23:52:15

    POSTA MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS


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