Fanfics Brasil - Chantagem do Desejo AyA - Terminada

Fanfic: Chantagem do Desejo AyA - Terminada


Capítulo: 40? Capítulo

614 visualizações Denunciar



— É possível se nos casarmos. E não estou pedindo desta vez. Estou lhe comunicando. Ou você se casa co­migo, ou lutarei contra você pela custódia das crianças.


Totalmente chocada, Anahí o olhou boquiaberta. Não podia acreditar que ele estivesse falando sério. Da última vez em que estivera com Alfonso, ele a havia tratado como amante, e agora aquela intimida­de maravilhosa desaparecera por completo.


— Não acredito que você esteja me ameaçando.


— Toby e Connor merecem coisa melhor do que estamos lhes dando. Se posso desistir de minha liber­dade, você também pode.


Ela cerrou os punhos, nervosa.


— Mas e se eu não quiser ser o seu sacrifício? Os olhos dele gelaram.


— Não há campo para negociação a respeito disso. Já comecei a fazer os arranjos para o casamento.


Os olhos verdes cintilaram de raiva e descrença.


— Bem, então, só resta a você desfazer os arranjos.


— Por que eu faria isso? E por que o grande dra­ma? Afinal, minha querida, você está dormindo co­migo, de qualquer modo.


Anahí ergueu o queixo em tom de desafio.


— Não ouse jogar isso na minha cara! Alfonso sempre ficava insensível em situações de conflito. Mas, de repente, foi tomado por uma rai­va que poderia ter levantado o teto de uma casa.


— Atirar o quê? A verdade? Se você estivesse em casa quando cheguei hoje, teria ido para a cama co­migo. Negue isso se for capaz, mas não acho que pre­cisamos de testemunhas para provar o que falei!


Anahí empalideceu. Sentia-se terrivelmente humi­lhada. Era verdade. Nunca fora capaz de resistir à se­dução de Alfonso e teria dormido com ele nova­mente. Mas ser confrontada por aquele ato mortificante acabava com seu orgulho. Recusando-se a en­cará-lo, comprimiu os lábios.


— Sabe onde estive esta manhã? Fui a uma entre­vista para um emprego.


— Você passa todos os minutos do seu dia imagi­nando como me irritar? Um emprego? Por que tenta rejeitar tudo que tento fazer por você?


— Tudo que quero é ser independente.


— Esqueça. Nunca pensei que diria isso, mas pre­cisamos voltar ao básico ultrapassado. Não quero uma parceria compartilhada ou uma amante eventual. Quero uma esposa. Há boas razões pelas quais deve­mos nos casar, entre elas porque temos dois filhos e ambos gostamos muito de sexo — disse ele com iro­nia. — E, da próxima vez que compartilharmos uma cama, eu serei seu marido!


Anahí lhe lançou um olhar de desafio.


— Você realmente brigaria comigo pelos gêmeos no tribunal?


— Se isso é necessário para fazê-la ter bom senso, sim — declarou sem remorso. — Acho que está agin­do de maneira irresponsável.


— Não, não estou.


— Talvez você ainda não tenha maturidade sufi­ciente para ver o que vejo. Toby e Connor precisam de estabilidade e de seus pais juntos. Sei o quanto va­lem essas vantagens. Acredito que posso fazer dife­rença na vida deles, e estou determinado a tentar.


Anahí engoliu em seco. Aquela ameaça feria seu senso de justiça. Alfonso realmente tentaria sepa­rá-la dos gêmeos? Ou estava apenas blefando? Ele se importaria com a dor que um processo como aquele causaria nela? Queria direitos iguais sobre os filhos, e nesse ponto tinha razão. Se não estava mais prepa­rado para uma conciliação, somente o casamento lhe outorgaria tais exigências.


Nos últimos meses, ela vinha observando de longe como Alfonso crescia de um pai relutante para um pai comprometido.


Dedicava boas horas de seu tempo para estar com Toby e Connor e conhecê-los melhor, aprendendo a amá-los. Na verdade, Alfonso havia conseguido formar laços com seus filhos. A idéia fez Anahí tre­mer de leve. Não podia mais ver sua família como uma trindade. De repente, sentia-se temerosa e inse­gura. Incerta também quanto a seu papel na vida de Alfonso. Os gêmeos seriam sempre filhos dele, mas ela não tinha tal segurança de posse. Não era consolo algum reconhecer que acabara na cama dele por não poder aceitar a possibilidade de Alfonso ter um caso com outra mulher.


Na verdade, Alfonso a levara com espantosa eficiência a fazer exatamente o que ele queria. Reali­zar seus objetivos era o que fazia de melhor. Mas e se agora o objetivo fosse partir e levar as crianças junto?


Observador sagaz, Alfonso podia sentir a ten­são emanando de Anahí. Não diria nada que pudesse diminuir a pressão sobre ela. Tendo chegado a uma decisão, estava convencido de que precisava ser cruel para ser bondoso.


— Estou chocada com o fato de que você tenha me ameaçado para me persuadir a fazer o que você quer — disse Anahí, fitando-o com expressão de raiva.


Alfonso estudou-a por um momento.


— Sem comentários.


— Não me esquecerei disso. — Engolindo em seco, Anahí dirigiu-se para a porta. — Eu lhe darei uma resposta amanhã.


Saindo, bateu a porta. Alfonso descobriu que queria esmurrar alguma coisa. Ela era a mulher mais teimosa que já conhecera. O que precisava pensar, afinal? Ele fora bem claro e simples em sua explana­ção. Qual era a dificuldade em tomar uma decisão imediata? Ela estaria deliberadamente fazendo-o es­perar por uma resposta? Serviu-se de um brandi. Um emprego? Por que Anahí queria trabalhar? Enquanto sorvia a bebida que lhe ardia a garganta, Alfonso questionou-se por que ela nunca fazia o que ele que­ria, exceto na cama. Imaginou-a num ambiente de escritório. Alguém tão cheia de vida e energia como Anahí seria popular. Ela possuía uma mente ágil e uma língua ainda mais ágil. Trabalhava duro e apren­dia rápido. E era muito sexy...


Alfonso comprimiu os lábios. O fato de não ter o costume de assediar funcionárias não significava que outros homens fossem tão escrupulosos quanto ele. Mais de um sujeito provavelmente a acharia atraente. Ele imaginou os lobos sexuais rodeando Anahí enquanto ele estivesse fora do país a negócios. Serviu-se de mais uma dose de brandi. A idéia era in­suportável. Não queria que aquilo acontecesse ja­mais.


Antes de perceber que a mulher na cama não era realmente Anahí, teve gana de matar Damon Bourikas a sangue frio. Finalmente aceitava que, no que dizia respeito a Anahí, era tremendamente possessivo. Queria saber que ela era exclusivamente sua e esta era a razão pela qual casamento era a única opção que estava pronto a considerar.


Anahí saboreou um jantar frugal em seu quarto bo­nito. Tinha pouco apetite. Estava furiosa com Damon e com sua ex-babá Maribel pelo que haviam feito, pondo as crianças em risco. Sentia-se imensamente grata em razão de o destino ter trazido Alfonso de volta a Londres antes do previsto, e por ele ter pegado o casal culpado e os dispensado de maneira sumária. Quanto tempo Maribel e Damon vinham se compor­tando daquela maneira sem que ela tivesse conheci­mento?


Quando foi para a cama, Anahí permaneceu acor­dada e preocupada. Mas não tinha dúvida sobre a res­posta que teria de dar no dia seguinte. Por duas boas razões, ela se casaria com Alfonso. Primeira e principal: não podia suportar o risco de perder a cus­tódia dos filhos. Alfonso seria um oponente amedrontador, rico e poderoso. Seria um inimigo e tudo aquilo se transformaria num desastre total. O fato de que o amava a fazia sentir vergonha. Mas ele logo aprenderia que Anahí não tinha nenhuma intenção de fechar os olhos para a sua coerção, agindo como uma esposa adequada.


De jeito algum, refletiu amargamente. Ele podia ganhar a disputa, mas isso não significava que havia vencido a guerra.


Quando Anahí levantou-se na manhã seguinte e descobriu que Alfonso já havia saído para traba­lhar, como se nada tivesse acontecido, ficou furiosa. Assim que acabou de lidar com as necessidades de Toby e Connor, ligou para o número privativo do te­lefone dele. Alfonso dispensou o staff agrupado em volta de sua mesa e mentalmente desligou-se da crise na bolsa de valores que o forçara a ir para o es­critório ao romper da aurora.




Compartilhe este capítulo:

Autor(a): karolina

Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

— Diga, meu amor — cumprimentou-a alegre­mente. — Eu estava fazendo planos para a minha despedida de solteiro. Até aquele ponto, Anahí havia se sentido insensí­vel, mas no instante em que ele falou aquilo, enfati­zando que nunca duvidara de qual seria a sua respos­ta, ela quis desligar o telefone e esbofeteá- ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 225



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • giovannaucker Postado em 10/11/2009 - 00:22:19

    Aiii ... q lindooo... amei krolzinhaaa.. tudu de bom .. posta outras webs hein .. vou ler com certeza...
    beijoo

  • maaju Postado em 26/10/2009 - 09:30:10

    PEEEERFEITA *-*
    AMEEEI KAROL, DE VERDADE MUITO LINDA *-*
    PARABENS!

  • css Postado em 26/10/2009 - 08:29:49

    Perfeita do começo ao fim... ADOREEIIIIII.

    BJOS.

  • css Postado em 26/10/2009 - 08:29:44

    Perfeita do começo ao fim... ADOREEIIIIII.

    BJOS.

  • css Postado em 26/10/2009 - 08:29:39

    Perfeita do começo ao fim... ADOREEIIIIII.

    BJOS.

  • css Postado em 26/10/2009 - 08:29:25

    Perfeita do começo ao fim... ADOREEIIIIII.

    BJOS.

  • kikaherrera Postado em 25/10/2009 - 19:20:27

    LINDO O FINAL DA WEB PARABÉNS
    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIII

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 23:52:42

    POSTA MAIS POR FAVORRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 23:52:26

    MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS S

  • kikaherrera Postado em 23/10/2009 - 23:52:15

    POSTA MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais