Fanfic: Chantagem do Desejo AyA - Terminada

Cyrus aproximou-se.

— Leanne Carson está tirando fotos com o celular.

Anahí empalideceu.

— Tem certeza?

O homem assentiu.

— Meu marido sabe?

— O sr. Herrera disse que você gostaria de lidar com isso pessoalmente.

O estômago de Anahí revolveu-se com a perspectiva do desafio, mas, acompanhada por Cyrus, subiu a esca­daria para confrontar a amiga. Leanne apenas riu quan­do foi lembrada de que havia uma proibição de fotos impressa no convite de casamento. O celular era um modelo caríssimo de alta tecnologia. Anahí desconfia­va que a amiga fora deliberadamente armada para inva­dir a privacidade deles e dos convidados. Estaria algum jornal já de prontidão, esperando notícias dela?

Leanne precisou de pouca coragem para mostrar as fotos sacadas, e Anahí ficou horrorizada ao ver que os gêmeos e alguns convidados célebres haviam sido fo­tografados sem saber. Leanne perdeu a compostura quando Anahí passou o celular dela para Cyrus apagar as fotos. Um carro já estava esperando para levar a fu­riosa morena à estação de trem. Seus vingativos co­mentários finais feriram Anahí mais do que qualquer coisa, e ela temeu que outro artigo no jornal pudesse aparecer.

Teria Leanne conseguido mandar algumas das fotos antes que tivessem sido deletadas? Além disso, ela ain­da poderia descrever o dia inteiro do casamento deles.

Alfonso não disse nada. Alheios ao que havia acontecido, Pelias e Calliope partiram com Toby, Connor e a babá. Maura e Dermot saíram em seguida, e Anahí deu um abraço apertado na mãe.

Logo, o zunido dos carros e helicópteros eviden­ciou a partida dos convidados e a tensão da noiva co­meçou a aumentar.

— Aonde você vai? — perguntou Alfonso quando a viu perto do alto da escadaria.

— Trocar de roupa.

— Mas por quê? — Alfonso subiu a escada. Segurou-lhe os ombros e afastou-a da direção que ela estava prestes a tomar. — Nosso quarto é na outra di­reção, meu amor.

— Foi um dia realmente encantador... — Nervosa demais, Anahí não conseguiu concluir.

— O melhor de todos... — concordou Alfonso sorrindo.

Com cuidado, ele virou-a para encará-lo e, então, a ergueu nos braços.

— O que você está fazendo? — perguntou ela.

— Gosto do fato de que você é minha. — Alfonso carregou-a ao longo do corredor e abriu a porta de um quarto com um imenso leito de casal e uma quantidade enorme de flores, que a deixaram boquia­berta quando ele a colocou sobre o tapete. — Callio­pe voou até floristas gregas. Ela realmente segue to­das essas tradições. Mas eu lhe disse para não se in­comodar em rolar um bebê na cama...

— Como? Não entendi.

— É outra tradição. Mas fertilidade não é um de nossos problemas. — Rindo, Alfonso puxou-a de volta para o abrigo de seu corpo. — Amo nossos filhos, mas gostaria de esperar um pouco mais antes de aumentarmos a família. Quero minha esposa preciosa toda para mim.

Envolvida naqueles braços fortes, Anahí sentiu-se em perigo. Precisava desviar sua atenção hipnotizadora da cama, a qual fora transformada num românti­co caramanchão de flores. Era tudo tão maravilho­so... mas agora estava prestes a dizer algo que o faria odiá-la.

Desvencilhando-se do abraço, começou:

— Há algo que tenho de lhe dizer...

— Coincidência. Eu também preciso lhe falar uma coisa.

— Primeiro eu — apressou-se Anahí. — Não vou dormir com você esta noite.

Alfonso ficou imóvel.

— Esta é a nossa noite de núpcias. Por que você não dormiria comigo?

Anahí mordiscou o lábio.

— Porque você usou de chantagem para me forçar a esse casamento, e isso foi errado.

— Chantagem é uma palavra relativa. Eu queria casar com você e apelei para qualquer tipo de... boba­gem — murmurou ele. — E aqui estamos, casados e com uma vida nova pela frente. Não me diga que está planejando destruir isso.

— Não estou planejando destruir nada.

— Então por que está me dando motivos para pen­sar em divórcio na noite de nosso casamento? — questionou Alfonso.