Fanfic: Desejo e Sedução - AyA | Tema: RBD, Ponny, AyA

Anahí

Olho no relógio. Já passa das três da manhã e nada de Hannah chegar. Ela não conhece a cidade e não atende o celular. Quando a deixei, ela estava com Alfonso, certamente estão juntos e ela vai dormir com ele.  Tomei alguns drinks com Craig, mas não passou disso. Ele é um cara legal, mas não rolou clima. Quando Craig tentou me beijar, eu me afastei rapidamente e sai da festa. Não consegui parar de pensar em Alfonso um só segundo. Imaginando o que ele e Hannah estariam fazendo. Isso me deixa irritada, imaginar os dois juntos. Mas não sei o porque... Eu só o conheço a um dia. Não é possível que eu esteja apaixonada. Claro que não!

Ouço a campainha. Deve ser Hannah. Abro e para o meu alivio, é ela.
― Onde você estava?
Ela entra no ap e deixa o corpo cair no sofá. Está diferente da Hannah que eu conheço, estranha...
― Com Alfonso Herrera.
― Ele te fez algo? Você está estranha.
― Ele só transou comigo e me tratou como uma cachorra, logo depois. Me senti uma prostituta. Estou sem acreditar. Ele é um animal na cama, meu Deus, fode como ninguém. Mas estou decepcionada. Nunca fui tratada como um lixo.
Hannah se põe a chorar.
― O que ele te fez? – pergunto preocupada abraçando-a e passando as mãos em seus cabelos.
― Ele me tratou como um lixo, Anne. Sabe, transamos, ele não me beijou. Depois que terminamos de transar, ele quase me expulsou do apartamento. E não pediu desculpas.

Nunca vi Hannah naquele estado, totalmente abalada. Apesar do jeito “piranha”, ela é doce e amorosa. E que gosta de romantismo.
― Não fica assim. – tento acalma-la, mas ela chora descontroladamente, como se o homem da sua vida tivesse quebrado seu coração e não um miserável feito Herrera.

Depois que Hannah dorme a deixo na sala mesmo e subo para o quarto. Foi tão difícil faze-la parar de chorar, que não tive coragem de acorda-la. Prometo que Alfonso escutará poucas e boas amanhã, não importa quem ele seja.

Hannah desperta e ouço barulhos vindos do quarto de hospedes que fica ao lado do meu. Levanto preocupada. Ela não tem o habito de acordar tão cedo, ainda mais depois de ter ido a uma festa no dia anterior. A porta do quarto se encontra aberta e ela veste uma roupa diferente da que usou na noite passada. Tem os cabelos molhados e um semblante triste.

― Porque acordada tão cedo?
Ela se vira para mim e eu sorrio docemente, tentando aliviar a tensão.
― Estou arrumando minhas coisas, vou partir.

― Mas, tínhamos combinado de comemorar seu aniversário na quinta.

― Desculpe, Anne, me ligaram de uma agencia. Querem que eu desfile para um novo estilista. E ao contrario de você, eu não sou famosa. Tenho que aproveitar.

― Você não esta indo embora pelo que aconteceu ontem, não é?

― Não, estou indo pelo desfile. Até já esqueci o ocorrido. Não teve importância, foi apenas um sexo casual.

― Então, boa viagem. Nos encontramos em breve, amiga. Preciso ir trabalhar.
A abraço com afeto.
― Tudo bem.

Chego a empresa e estaciono o meu carro. Alfonso acaba de estacionar o dele também. Ótimo, falarei com ele no estacionamento mesmo!
Saio rapidamente do carro.

-Alfonso. - Me aproximo do seu carro.
- Bom dia, Anahí. Vejo que perdeu a formalidade. Isso significa que somos íntimos agora?
- Estou muito irritada para lhe tratar formalmente. E não somos íntimos, jamais seremos. Você é desprezível. Como tem coragem de tratar Hannah da forma que tratou?

Ela me olha friamente, como se não houvesse nenhum tipo de sentimento em seu interior. Meu sangue ferve de tanta raiva. Quero esbofeteá-lo.

― Não devo explicações para você. E olhe o jeito que fala comigo, ainda sou o dono dessa empresa e exijo respeito.

Explodo, sem aguentar mais, grito com toda as forças dentro de mim.
― Vá para o inferno, seu cretino!

Ele rir, jogando a cabeça para trás e explodindo em um riso debochado.

― Do que você está rindo?

Ele me fita e pela primeira vez vejo algo no seu semblante.
Ele tem um sorriso tão lindo. Mas não posso esquecer que esse homem é um completo canalha.

― Você fica tão bonita quando está irritada.

O que? Não acredito no que estou ouvindo...

― Merece um castigo por me insultar, sabia?

Ele se aproxima e meu corpo todo treme...
― Vai me bater? Não tenho medo de você, ouviu?

Ele ri mais um pouco e fica a poucos metros de mim. Seus olhos fitam minha boca, analisando-a.

― Não, jamais te machucaria. Você talvez mereça algumas palmadas mesmo... E um bom castigo nessa boca.

― Digo e repito, vá para o inferno! Duvido que tenha a coragem de fazer o que acabou de dizer. É um covarde.

Viro meu corpo para sair, mas ele me puxa, meu corpo se choca contra o seu. Fico de costas, colada ao seu corpo. Sinto sua respiração em minha nuca. Meu Deus, algo no meio de minhas pernas pulsa. Estou excitada. Não posso acreditar. Sinto algo duro ser pressionado contra meu bumbum. Ele está... Oh, meu Deus!!!!!!

― Vou te castigar e você vai implorar para ser castigada repetidas vezes. É melhor não me desafiar, Anahí.

Ele se afasta e sai. Fico petrificada. Não consigo me mover, minhas pernas tremem.