Fanfic: Desejo e Sedução - AyA | Tema: RBD, Ponny, AyA

Anahí

Eu não sei se sorrio ou choro diante dessa situação. Eu e Alfonso em um jantar e a sós, só pode ser brincadeira. Eu o odeio. Talvez só de olha-lo em minha frente, meu estomago embrulhe.

Volto para casa às 17 horas. Não sei o que fazer, se me arrumo para ir jantar com ele e aproveito para lhe dizer mais algumas coisas que estão entaladas em minha garganta desde nossa ultima conversa ou se deixo recado na recepção pedindo para eles dizerem que sai. De repente surge um plano diabólico em minha mente. Não! Mil vezes não! Nem brincando, Anahí, nem sequer brincando pense nisso... Mas volto a pensar: e se eu desse uma lição em Alfonso, fazendo-o se sentir da mesma forma como ele faz todas essas mulheres que ele usa e depois trata como lixo se sentirem, como ele fez com Hannah e talvez com muitas outras? Eu sou muito boa em não me envolver sentimentalmente com ninguém. Só tive um único namorado e o relacionamento durou 2 meses, depois disso fiquei com trauma de envolvimentos. Ah, qual é... Só vou brincar um pouquinho com esse prepotente que se acha o centro do universo. Preciso mostrar para ele que ele não é tão especial assim, que é como todos os outros mortais.

Vou ao meu closet. Tenho uma variedade enorme de looks. Do mais

ousado até o mais recatado. O bom de modelar é que você é presenteada com as roupas dos estilistas mais badalados do mundo! Eu amo moda e amo ser fotografada! De repente, me bate uma saudade de estar viajando e desfilando. Ou me preparando para uma sessão de fotos. Nesses poucos dias na empresa Herrera, eu sinto constantemente ao longo das horas uma vontade enorme de vender as ações e me dedicar a minha carreira de modelo. Mas papai e Maite não me perdoariam. Minha irmã adotiva ama aquela empresa como se fosse sua e meu pai nem se fala. Há algum tempo que não visito papai e nem minha irmã, que trocou as férias no Havaí, para cuidar do meu pai. Me sinto mal por não estar tão presente, mas não gosto do ar melancólico que papai adquiriu depois do acidente e também me sobra pouco tempo para estar todos os dias lá. Decido ligar para casa a fim de marcar um encontro entre nos três.

- Alô. – A voz da minha irmã soa do outro lado da linha.
- Oi, May, sou eu, Anne.
- Ah, oi, é você. – Ela não parece nem um pouco animada com minha ligação.
- Como está tudo aí? – pergunto preocupada.
- Bom, tirando o fato da minha irmã morar a meia hora da casa do nosso pai que se encontra doente e não visita-lo, sim, está tudo ok. – Ela diz cada palavra asperamente. E me sinto dez vezes mais culpada do que me sentia antes.
- Me desculpe, May. Estou tão ocupada ultimamente com os negócios da família... É tudo tão novo para mim, que uma simples tarefa se torna grandiosa e cansativa. Mas liguei justamente para marcarmos algo, podemos almoçar juntos, eu prometo cozinhar.
- Como quiser, Anne. Papai sente sua falta. Ele viu suas fotos em uma boate e ficou desapontado por você preferir festas aos seus familiares...

Percorro o olhar em alguns vestido a fim de escolher um que seja deslumbrante e sofisticado.
- May, sinto falta de vocês também... Eu juro que passarei aí amanhã e insisto para que almocemos juntos no fim de semana. Preciso desligar agora. Te amo!
- Tchau. – Ela desliga e sinto um peso enorme de culpa.

Minha irmã sempre esteve ao lado do nosso pai. Eu sai muito cedo de casa para me tornar uma modelo famosa e bem sucedida. E May permaneceu, mesmo sendo filha adotiva, sempre senti que ela e nosso pai eram bem mais ligados do que eu e ele. E agora que meu pai depende de alguém para tudo, lá está ela, e eu nem sequer arrumo tempo para visita-los. Sinto-me culpada por não ter sido tão presente e por ter tirado a oportunidade de May de crescer como empresária. Ela merecia estar no meu lugar.

Meus olhos param em um vestido de renda nude, um pouco acima do joelho, ajustado no corpo e um decote meio discreto, mas que faz com certeza qualquer homem fantasiar. Passo uma fragrância floral, não muito doce e brincos de diamantes, bem discretos. Odeio passar um kg de maquiagem, então, passo um rímel para realçar os meus olhos, um gloss meio rosinha e um blush levemente alaranjado. Olho o relógio no criado mudo que marca 18:56.
Ainda não está no horário marcado, mas se Alfonso me deixar esperando, eu o mato!

A cada segundo sinto vontade de desistir. Mas quero mostrar pra ele que ele não pode pisar em ninguém. Ele vai colher o que vem plantando.