Fanfic: << Vingança de Amor >> ADAPTADA - Terminada

Dedicado a Anjodoce!!!

Dessa vez Dulce tentou chutar seu raptor, mas com rapidez ele também se esquivou, e ela ajeitou as saias de modo decente.

Enquanto sir Christopher, com o cenho franzido, examinava a adaga, um rapaz se aproximou. Dulce refletiu que era da sua idade, com dezoito anos ou um pouco menos. Era ruivo, contrastando com a pele morena de Christopher, alto, e muito magro.

O rapaz olhou para a arma, relanceando em seguida o olhar surpreso para Dulce, e murmurou em inglês:

—          Christopher, é uma…

—          — Já percebi, Donald — interrompeu o outro, no mesmo idioma, cortando a frase do rapaz.
Donald continuou a fitar a jovem, e comentou:

—          — Tem olhos de gata.

—          — Sim, e começo a acreditar que é arisca como os mais selvagens felinos — acrescentou Christopher, franzindo as sobrancelhas quando voltaram a bater na porta. — De repente me tornei muito requisitado — murmurou em francês, relanceando um olhar para sir Bearnard.

—          — Bearnard, bastardo gordo! Sei que está aí dentro! — bradou uma voz profunda.

—          — Alguém o procura — comentou Christopher. — É melhor ver o que desejam.

—          — Já paguei minha dívida? — quis saber Bearnard.

—          — Ainda estou pensando a esse respeito.

Sir Bearnard apressou-se a abrir a porta, e um homem grande, de cabelos castanhos, irrompeu no aposento, porém Dulce só tinha olhos para a menina franzina que ele arrastava.

—          Samanta! — exclamou, tentando se mover sobre a pele de carneiro, mas sendo detida por sir Christopher que, de modo delicado mas possessivo, colocou um dos pés calçado com a bota sobre seu peito.

—          — Pode levar de volta esta pequena rameira — disse sir Ren-ford, atirando Samanta para Bearnard. — Está doente!

Sir Bearnard relanceou um rápido olhar na direção de Samanta, e deu um passo atrás, as mãos erguidas, como se evitasse tocá-la.

A menina ignorou os dois homens e correu para o lado de Avery, mas parou a meio caminho, soltando um grito agudo, quando Christopher apontou-lhe a espada.

—          Mataria uma criança?— perguntou Dulce, a voz embargada de medo.

—          — Ela está doente — repetiu Christopher.

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