Fanfic: << Vingança de Amor >> ADAPTADA - Terminada

Dulce olhou para a prima e começou a sorrir. A pele branca de Samanta estava coberta por manchas e vergões, e os olhos ligeiramente estrábicos estavam inchados e vermelhos.

—          Morangos?— perguntou à menina.— Deram-lhe morangos para comer?

—          — Sim... Não… — gaguejou Samanta. — Havia morangos nos aposentos do homem, e quando não estava olhando, enfiei alguns na boca.

Christopher hesitou um segundo, e em seguida embainhou de novo a espada.

—          Então foi um truque. — Assim dizendo, retirou o pé de cima de Dulce e franziu a testa quando a criança se atirou nos braços delgados da moça. — Uma farsa. A menina é alérgica a morangos e sabia disso. Que esperta!

—          — Acha que seria mais honrado se permitisse que aquele porco francês a violentasse? — dardejou Dulce.

—          — É apenas uma criança — murmurou Donald, relanceando um olhar de nojo na direção de sir Renford.

—          — Assim parece — replicou sir Christopher. — Creio até que essas duas vieram da Escócia.

—          — Os Lucette têm parentes lá. Acha que é certo essa criança doente tocar a moça?

—          — Por quê? Seu valor irá diminuir? Não tema. O que aflige a menina pequena não é contagioso.

—          — Então aceita as duas como forma de pagamento? — apressou-se a perguntar sir Bearnard.

—          — E tenho escolha? Se as duas não me trouxerem lucro, irei procurá-lo, Bearnard, certo?

Dulce ficou um tanto surpresa ao notar que sir Bearnard empalidecia e concordava com um aceno trêmulo de cabeça.

—          Deus o proteja em sua jornada para casa, sir Christopher.

—          — Um escocês — sussurrou Samanta, enquanto sir Christopher conduzia Bearnard até a porta. — Estamos salvas agora?

—          — Não tenho certeza — replicou Dulce no mesmo tom. — Ele nos aceitou como pagamento de uma aposta que o outro perdeu. Isso não depõe muito bem a seu favor. E também não me parece digno de grande confiança. Além disso, há algo no nome Uckermann que me preocupa, mas não consigo atinar por quê. — A porta se fechou por trás de sir Bearnard, e Dulce tocou de leve o rosto da prima. — Será que isso vai passar logo?

—          — Sim. Só coça.

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