Fanfic: O Desejo Errado (Adaptada) DyC - FINALIZADA. | Tema: Vondy

No dia seguinte, pela primeira vez no colégio pude dormir ate mais tarde já que teria aula somente depois do almoço, então aproveitei bastante para repor o meu sono. Acordei era quase na hora do almoço, tomei banho e coloquei o uniforme, apesar de hoje ter somente três aulas depois do almoço por causa do jogo mesmo assim eu estava desanimada, na verdade estava preocupada com a aposta que fiz com Christopher, talvez fosse um erro e se eu perder? Teria que morar com aquele idiota por 1 mês inteiro, não sei se aguentaria!

Mas se eu ganhar poderia fazer o Ucker pagar por todas as vezes que me deixou irritada e confesso que seria divertido ter ele fazendo o que eu quiser por um mês inteiro, a aposta tinha o seu lado bom e ruim, porem não sabia mais ao certo se queria continuar com aquilo, eu me fazia destemida, mas no final eu tinha medo de ficar sozinha com Christopher.Nos dois parecíamos dois fios desencapados que a qualquer hora poderíamos causar uma grande explosão.

-Dul.. –Uma voz doce trouxe para a realidade, a triste realidade da aula de filosofia. Olhei para a morena sentada ao meu lado, dividíamos a mesa naquela aula. –Você esta bem? Você parece tao distante da aula de filosofia! –Argumentou ela me olhando com seus brilhantes olhos pretos.

-Na verdade estou preocupada. –Desabafei soltando um longo suspiro. –Eu fiz uma aposta que talvez não deveria ter feito, sabe. Eu a fiz no momento de raiva. –Voltei a olhar para a professora que nem percebeu a nossa conversa, ela explicava distraidamente sobre os grandes filósofos e as suas famosas teorias.

-Sei.. –Falou a morena como se realmente soubesse da minha aposta com Ucker e soubesse a confusão que estava em minha cabeça naquele exato instante. –Mas quando se faz um aposta ela não pode ser quebrada, ne? –Balancei a cabeça tentando acompanhar o seu raciocínio. –Então continue ate o fim com essa aposta independente se você ganhar ou perder.

-Mas se eu perder não sei darei conta de passar um mês debaixo do mesmo teto com menino que eu mais odeio nesse mundo. –Argumentei com a voz chorosa fazendo um leve bico.

-Mas talvez isso seja bom. –O seu rosto era sincero e a sua expressão serena. –Talvez se vocês conviverem no mesmo teto podem se entenderem e não brigarem mais.

Ri com que Mai havia falado, definidamente ela não conhecia o Christopher como eu, ele é mandão, egocêntrico, teimoso e enjoado e duvido que se ela passar uma hora se quer com ele, ela diria aquelas palavras absurdas.

-Se acaso você perder tenta ter paciência com ele para que a convivência entre vocês não seja tão insuportável. –Paciência? Ter paciência com Christopher Uckermann? Realmente Maite não sabia o que estava falando. –Ou é isso, ou a sua vida sera um inferno durante um mês. –Maite ficou alguns segundos encarando-me com um olhar maternal, TALVEZ , ela não tivesse tão errada, talvez poderia tentar ter um pouco de paciência com ele.

Logo o sinal tocou anunciando o fim da aula, os alunos saíram rapidamente da aula, dava para perceber que o assunto do dia era o jogo, o que me fez ficar ainda mais nervosa, o meu futuro dependia daquele bendito jogo! Não demorou muito para que eu, Anahí e Maite chegássemos ao dormitório  para trocar de roupa para ir ao jogo que aconteceria as 5:00 da tarde.

Como naquela tarde estava quente e depois do jogo teria uma festa da vitória, caso o time do nosso colégio ganhasse, resolvi colocar uma roupa mais produzida. Vesti o meu vestido bege que era de renda onde atrás havia uma abertura nas costas que iria ate cintura deixando as minhas costas claras desnudas, na frente havia um decote e o comprimento do vestido era um pouco a cima do joelho. Coloquei um sapato vermelho de salto médio e fiz alguns cachos em meus cabelos ruivos deixando-os com leves ondas, fiz uma maquiagem discreta e passei um batom vermelho para completar meu look.

Cheguei à sala e Maite também estava pronta, ela usava um vestido branco  com algumas flores lilás espalhadas nele, usava uma sapatilha azul clara, seus cabelos estavam completamente lisos e por fim ela estava também uma maquiagem bem discreta. Em seguida Anahí pareceu na sala usando uma saia preta de pregas bem curta por sinal, uma blusa branca que deixava o seu ombro esquerdo desnudo, completou seu look com botas pretas de couro e ela usava um batom vermelho-alaranjado.

-Vamos meninas? –Perguntou Any ajeitando seu cabelo loiro diante o espelho da sala. –Temos que chegar mais cedo senão não pegaremos lugares bons para assistir o jogo. –Ela deu uma ultima olhada em seu cabelo e foi em direção à porta.

Respirei fundo, hoje saberia se Christopher seria o meu “empregado” por um mês, ou se eu teria que morar sob o mesmo teto que ele por um mês. Fiz uma nota mental desejando que fosse a primeira opção, pois se fosse a segunda a minha vida viraria um inferno a partir de amanha.

Faltando poucos passos para chegar ao campo de futebol já pude ouvir a concentração que estava bastante inquieta, logo avistei o campo verde onde alguns jogadores treinavam nele, e ao redor havia três arquibancadas que já estavam lotadas de pessoas. Um misto de expectativa e ansiosidade tomava conta daquele lugar deixando-me cada vez mais nervosa, ao aproximar da arquibancada esquerda que ficava próxima do campo de futebol Christopher e Alfonso aproximaram de nós, usando o uniforme de futebol do Elite Away School.

-Olá meninas. –Alfonso falou em tom galanteador olhando principalmente para Anahí.

Mai e eu ficamos caladas prestando atenção em cada movimento de Annie e Poncho.

-Oi. –A loira respondeu abrindo um enorme sorriso em seu rosto.

Era impressão minha ou ambos estavam paquerando? Será que Maite também percebeu aquilo? Ou eu estava vendo coisas que não existiam?

-Olá, Dulce. –Christopher parou a poucos de centímetros do meu corpo observando intensamente, seus olhos pretos cintilavam . –Já preparou as suas malas? –Sua sobrancelha arqueou sugestivamente. –Pois pode ter certeza que hoje o Elite vai ganhar.

-Se eu fosse você. –Dei um passo em sua direção o olhando determinada. –Preparasse para fazer o que eu quiser por um mês, pois pode ter certeza que os meus pedidos não serão nada fáceis!

-Ah, Dul. –A maneira como o meu nome soou em seus lábios era provocativo e sensual. –Se eu fosse você não contaria com isso. –Ele aproximou-me de mim quase colocando nossos corpos, rapidamente tentei recuar, entretanto ele foi mais rápido e segurou o meu braço impedindo-me de locomover. –Você esta tão linda hoje! –Ele percorreu seus olhos em meu corpo parando alguns segundos a mais no decote do meu vestido, fazendo as minhas bochechas ruborizarem. Ele aproximou seus lábios da minha orelha esquerda e sussurrou com uma voz roca  –Mal vejo a hora de dividir o meu dormitório com você. –Christopher encostou delicadamente seu rosto no meu e pude sentir uma parte da sua barba que estava rala pinicando-me deliciosamente.

Instantemente corei ainda mais, sentindo o arrepio novamente percorrer meu corpo, fechei meus olhos soltando um longo suspiro, não gostava quando Christopher invadia o meu espaço, eu me sentia desprotegida e vulnerável. O seu toque fazia-me ficar irracional, entretanto uma parte de mim dizia-me para afasta-lo, e outra implorava pelo o seu toque, pela sua proximidade.

Tentando resolver essa briga interna entre meu coração e a razão, por fim acabei obedecendo a minha parte racional, empurrando o seu corpo para longe do meu. Voltei olha-lo, seus olhos estavam obscuros de desejo, respirei fundo acalmando-me, tentando recuperar o meu raciono diante dele.

-Escuta aqui. –Apontei meu dedo para ele. –Não sou uma das garotas bobinhas que você sai! -Aumentei meu tom de voz diante todo aquele barulho.  –Fica bem longe de mim, Uckermann!

Puxei Maite pelo braço que estava distraída com alguma coisa distante e em seguida puxei Anahí que conversava animadamente com Poncho indo em direção à arquibancada. Conseguimos um lugar para sentar nem tão perto do campo e nem tão longe do campo. Fiquei ali observando no campo os jogadores preparem para a partida, olhei para Ucker que conversava com Poncho alegremente.

-Você esta bem? –Perguntou Maite sentada ao meu lado tocando em minhas mãos delicadamente. O seu toque de alguma forma me tranquilizou.

-Estou. –Respondi olhando tentando mostrar o meu melhor sorriso para ela.

-Desculpa, mas não esta me parecendo que você esta bem. –A sua voz soava preocupada, o seu rosto pálido olhava-me analisando. –Notei o Christopher te deixa desconcertava toda vez que se aproxima de você.

Olhei-a sem responder, será que isso era tão obvio para as outras pessoas? Não, claro que não, Christopher não me deixava desconcertada quando se aproximava de mim, ele me deixava com raiva isso sim. Com muita raiva, a proposto.

-Claro que não. –Retruquei tentando ignorar a minha consciência que dizia o mesmo. –Ele não me deixa desconcertada, eu só não gosto que um garoto aproxime-se tanto de mim, só isso. –Justifiquei mais para mim do que para Maite.

Maite olhou-me como se não acreditasse muito no que eu havia dito, porém, ignorei o seu olhar, concentrando-me no campo novamente, encontrei Ucker, entretanto dessa vez seus olhos pretos também encontram-se com os meus. Rapidamente desviei o olhar para qualquer coisa menos para ele. Não demorou muito para que o juiz apitasse para que o jogo começasse e a minha aflição novamente começasse, observava atentamente cada jogada de cada time e rezava mentalmente para que o time adversário fizesse um gol para que eu ficasse um pouco menos aflita.

Porem, a minha reza mentalmente não funcionou já que o Poncho fez um gol nos primeiros minutos do 1º tempo para a minha infelicidade, mas para a felicidade da torcida que vibrou com o seu belo gol. Observei Alfonso olhar em direção a Anahí dando uma leve piscada para ela que respondeu com um sorriso satisfatório.

Ok, isso estava ficando cada vez mais estranho! Alfonso e Anahí mal conseguiam passar um minuto juntos sem brigar e agora ambos sorriam um para o outro? Depois investigaria isso melhor, entretanto agora tinha coisas mais importantes para resolver como por exemplo, a minha aposta insana com Christopher Uckermann.

Passei o resto do primeiro tempo aflita rezando para que o time adversário fizesse um gol, apenas um gol, será que era pedir demais? Entretanto nem tudo estava perdido bem no final do primeiro tempo o time adversário marcou um gol deixando o meu coração mais tranquilizado.

Algumas horas depois....

O jogo finalmente já estava quase chegando ao final, o meu coração estava aliviado, pois o jogo estava empatado, nos minutos finais do jogo a torcida inteira estava agoniada, eu pensava positivo, todavia faltando 1 minuto para o final, para meu azar Christopher marcou um gol de cabeça que fez a torcida ir ao delírio, enquanto os jogadores e a torcida comemoravam o juiz apitou finalizando o jogo. Diante tanta comemoração ao meu redor eu continuei ali sentada olhando para campo sem reação, eu havia perdido a aposta, eu perdi!! Olhei para Ucker a procura dele e quando o encontrei havia um sorriso vitorioso e presunçoso em sua face, ele deu uma piscada para mim e rapidamente desviei o olhar sentindo um ódio imenso.