Fanfic: O Desejo Errado (Adaptada) DyC - FINALIZADA. | Tema: Vondy

Já era o meu quarto copo de batida, porem eu não estava bêbada, quer dizer eu não estava totalmente bêbada, pois sabia distinguir onde eu estava e com quem eu estava. Naquele instante eu e metade das pessoas estamos sentadas em circulo para começar o jogo do desafio. Grande parte das pessoas estavam bêbadas e totalmente loucas, o que seria bom, já que a nossa brincadeira seria ainda mais divertida. Expectativa e ansiosidade rodavam o lugar, logo a garrafa começou a girar dando inicio à nossa brincadeira. Primeiramente a garrafa parou em Vick e Rocco e ele desafiou a loirinha a dançar com ele no meio da roda, e ambos fizeram uma dança bem divertida e sensual arrancado gritos êxtase de algumas pessoas.

A garrafa voltou a girar novamente e a tensão voltou a percorrer o grupo de pessoas, porem a agonia acabou para alguns quando a garrafa parou entre a Annie e Poncho. Christopher desafiou a loira à fazer uma dança sensual para ele e rapidamente Annie levantou do seu lugar e fez uma dança super sensual que deixou Poncho babando.

A garrafa começou a girar pela sua terceira vez, porem dessa vez ela parou entre mim e Christopher que estava sentando à minha frente. Engoli seco enquanto esperava Christopher me desafiar para algo, pela primeira vez eu estava em suas mãos, o que ele me pedisse eu teria que fazer, com certeza estava com sérios problemas.

-Eu quero um beijo da Dulce. –Respondeu Christopher com um sorriso presunçoso.

Como assim queria um beijo meu? Como ele tinha a coragem de me pedir esse absurdo? Olhei para algumas pessoas que me encaravam esperando meu ato, em seguida olhei para Christopher e ele ainda sorria da maneira mais espetacular possível e suas orbitas pretas cintilavam. Respirei fundo tentando criar coragem, era só um beijo, pensei, ele não especificou que tipo de beijo, então era só chegar perto dele e lhe dar um breve beijo na bochecha. Coragem Dulce, pensei.

Levantei sentindo o meu corpo todo tremulo, aproximei dele com um sorriso forçado e depositei um breve beijo em sua bochecha, porem ao virar-me e voltar para meu lugar, Christopher impediu-me segurando meu braço com força suficiente para eu não me locomover. Um brilho de desejo percorreu os seus olhos fazendo-me ficar hipnotizada por aquele olhar. Em um milésimo de segundos senti os seus dentes dar uma leve mordiscada em meus lábios inferiores fazendo-me tremer dos pes a cabeça e isso foi desencadear para que se iniciasse um beijo. Seus lábios iam ao encontro dos meus então entreabri os meus lábios deixando a língua dele ir ao encontrar na minha boca.

Senti ele puxar o meu corpo ao encontro ao dele, colocando perfeitamente nossos corpos repletos de desejos, passei meus braços ao redor do seu pescoço enquanto nossas línguas faziam uma dança sensual, nossas respirações tornavam uma só assim como nosso corpo. Naquele breve instante esqueci que eu odiava ele, esqueci quem era eu e quem era ele, éramos apenas duas pessoas beijando-se apaixonadamente. Era como se existíssemos apenas nós dois nesse universo, como se quanto mais beijasse aqueles lábios mais eu me sentia depende deles. Aquele beijo selava a união de dois universos totalmente distintos, porem dependes, que se descobriam naquele instante. O nosso primeiro beijo foi algo celestial.

Porem voltei a realidade quando ouvi os gritos animados do publico que assistia ao nosso beijo, de repente me vi beijando o meu inimigo, o único rapaz que eu deveria manter uma distancia segura para não me machucar, todo aquele encanto esvaiu-se dando lugar ao meu orgulho e a minha consciência, então o afastei rapidamente dando-me espaço para que pudesse recuperar o meu folego.

Assim que meu coração parou de palpitar e eu podia respirar pacificamente, voltei para o meu lugar sem coragem de encara-lo, pois sabia que seus olhos pretos estavam vigiando cada movimento meu. A garrafa girou novamente dando inicio ao jogo, eu estava concentrada tentando não olha-lo, porem a minha curiosidade traiu-me fazendo procurar o par dos olhos pretos que inesperadamente encontrei observando-me cheio de desejo e luxuria.

Passavam-se milhões de pensamentos  em minha cabeça fazendo-me sentir sonza, levantei e fui em direção à mesa tentando ignorar todo aquele sentimento que estava a deriva, peguei um copo de batida e o virei apressadamente sentindo o liquido amargo descer pela minha garganta, por um instante esqueci dos meus pensamentos, então percebi que aquela era a única solução para ignorar meus pensamentos.

1 hora depois.....     

Tudo em minha volta girava, minha cabeça estava dolorida e os meus pensamentos haviam desaparecidos, entretanto eu me sentia bem melhor, não havia pensamentos e nem sentimentos me atormentando. Poucas pessoas ainda estavam no luau, algumas pessoas dançavam ao som de uma musica lenta e outros conversavam animadamente.

Eu estava sentada na areia observando aquela paisagem de tirar o folego, o ceu estava repleto de estrelas e o mar estava agitado onde varias ondas quebravam a deriva da praia. Subitamente senti uma vontade de entrar naquele mar, levantei-me custando parar em pé, tirei meus chinelos e fui em direção ao imenso mar.

Porem antes que meus pés entrassem em contato com agua salgada senti alguem segurar o meu braço puxando-me para longe. Virei-me preparando para brigar com aquela pessoa quando deparei-me com aqueles encandecestes olhos pretos fazendo-me paralisar. Fiquei longos segundos imóvel perdida nos seus olhos quando um sorriso presunçoso formou-se nos lábios de Christopher fazendo-me voltar para a realidade, onde eu e ele éramos inimigos.

-Me solta. –Pedi nervosa tentando livrar-me dele, porem foi em vão isso só serviu para ele segurasse mais forte o meu braço.

-Não posso. –Respondeu ele com expressão seria. –Se eu lhe soltar você ira entrar nesse mar revolto e não posso deixar você cometer essa loucura. –Um olhar afetuoso surgiu quando ele terminou de falar.

-Você não manda em mim. –Aumentei meu tom de voz consideramente –Me solte agora, ou senão gritarei. –O ameçei sentindo uma raiva súbita.

-Pode gritar o quanto quiser. –Contra argumentou Ucker com a voz calma. –As pessoas que ficaram no luau estão bêbadas suficiente para não se importarem com seus gritos.

-Porque você esta fazendo isso? –Perguntei o encarando sem medo. Precisava saber o porque dele sempre estar me protegendo nos momentos necessários. Nos vivíamos brigando, então eu esperava que ele me odiasse assim como eu o odeio. –Porque você sempre esta perto de mim, protegendo? –Perguntei dando um passo em sua direção.

-Apesar das minhas brigas eu me importo com você, Dul. –A sua voz era dócil e ele me olhava carinhosamente.

-Não, você não se importa comigo. –Retruquei aumentando meu tom de voz novamente. –Eu sou mais uma em sua lista, ne? Você quer me fazer apaixonar por você e depois me abandonar como você fez com as outras.

-Dul... –Pediu ele com a voz alterada, entretanto eu o interrompi bruscamente.

-ME SOLTA! –Gritei ainda mais nervosa, eu precisava livrar dele e beber mais batidas, pois novamente aquele sentimento estava voltando.

-Me desculpe, Dul. –Falou ele com um sorriso de perdão nos lábios. –Eu preciso fazer isso.

Ele se aproximou de mim e inesperadamente pegou e colocou-me em meu ombro. Assim que vi a distancia que eu estava do chão comecei a debater tentando frustamente descer, porem Christopher começou a caminhar em direção ao colégio.

-ME SOLTA SEU IDIOTA. –Eu gritava e me debatia com todas as minhas forças.

-Dulce, não torne as coisas mais difíceis. –Christopher retrucou calmamente. –Com esse gritos você ira acordar todo mundo do colégio, já são quase 3 da manha. –Pediu ele educadamente.

-Escuta aqui. –Falei apontando meu dedo no ar. –Isso não ficara assim, eu juro que amanha você ira sofrer as consequências desse seu ato. –Minha raiva a cada minuto aumentava.

Christopher apenas suspirou em resposta, o meu discurso era inútil, falar com ele era a mesma coisa que falar com a parede. Estávamos quase chegando ao dormitório quando Ucker disse:

-Que bom que você calou. –Uma pausa. –E aproposito você tem pernas e um bumbum muito perfeitos. –Concluiu ele com uma voz divertida.

-CALA A BOCA. –Gritei em reposta. –Só me leve para o apartamento e para de ficar olhando meu bumbum, seu tarado. –Pedi em tom irritado.

Ao chegar ao apartamento já sentia o sono tomar conta de mim, já estava preparada para ser colocada no sofá quando Christopher seguiu para seu quarto causando-me um certo estranhamento. Ele abriu a porta do quarto e colocou-me delicadamente em sua cama, iria protestar, todavia não tive tempo para isso, pois o sono estava domando meu corpo. Ao colocar-me na sua cama extremamente macia, em seguida ele cobriu-me com uma coberta e para finalizar ele depositou um delicado beijo em minha testa, e depois disso entrei no mundo dos sonhos.