Fanfic: O Desejo Errado (Adaptada) DyC - FINALIZADA. | Tema: Vondy

Minhas nenas, ontem não deu pra postar a maratona que prometi pois tive problemas pessoais, mas eu vou começar a posta-lá agora, beijos e se deliciem com esses capítulos BOMBASTICOS!

Eu estava na minha penúltima aula do dia, e pedia mentalmente para que a tortura acabasse enquanto fazia exercícios que o professor passou no quadro. Senti meu celular vibrar entre a minha saia e a minha pele, o peguei disfarçadamente e abaixei meu olhar para vê-lo sem que ninguém percebesse. Debloqueie a tela do iPhone e vi uma mensagem nela:

Dul, estou te esperando aqui fora no corredor, sai agora da sala disfarçadamente. Beijos, Uckermann.

Olhei em direção a Anahí e Maite que faziam os exercícios caladas e totalmente concentradas, olhei para trás e avistei o professor de matemática de costas ajudando alguns alunos. Este sera o momento perfeito para minha deixa.

-Ei. –Chamei atenção da loira e da morena com a voz extremamente baixa. Elas ligeiramente olharam-me com a expressão confusa e eu sussurrei. –Eu vou fugir da aula, mais tarde eu explico direito.

Apesar de suas expressões assustadas e preocupadas ela balançaram a cabeça veemente. Coloquei meu celular no mesmo lugar e olhei novamente para o professor que continuava na mesma posição, corri apressadamente para a porta e assim que estava no corredor vazio senti uma mão puxar o meu braço.

-Ai que susto, Christopher. –Disse assim que vi a figura morena na minha frente, coloquei a mão no peito tentando controlar as batidas descontrolas do meu coração devido ao susto que levei.

-Vamos. –Ele disse pegando em meu braço mais forte ainda enquanto me puxava pelo corredor.

-Espera. –Pedi interrompendo o seu ato bruscamente. –Porque estamos correndo? Para onde você esta me levando? –Indaguei o olhando cautelosamente a espera de respostas.

-Te levarei para um lugar muito especial, apenas confie em mim. –Argumentou ele com um meio sorriso no rosto voltando a caminhar em passos velozes, e eu apenas o acompanhei sem escolha.

Ao chegar fora prédio de aula, avistei uma Ferrari vermelha estacionada ao lado do prédio, Christopher foi ate o carro e abriu a porta do mesmo.

-Vamos, Dul. –Ele disse entusiasmado esperando que eu entrasse no carro.

-Você esta brincando, ne? –Perguntei incrédula olhando-o. Christopher retribuiu o olhar confuso. –Aonde você arrumou esse carro? –Perguntei receosa.

-Apenas entra no carro, depois eu te explico. –Solicitou ele pacientemente sorrindo em minha direção.

Caminhei ate o carro sentando-me no banco de couro de preto macio, o olhei com a expressão tenebrosa e ele apenas sorriu.

-Você não roubou esse carro não, ne? –Perguntei preocupada o olhando enquanto ele sentava-se no banco de motorista.

-Não seja boba, Dulce. –Repreendeu-me soltando um riso e voltando a sua atenção ao volante.

-E como vamos sair do colégio? –Perguntei o olhando com naturalidade. –Que eu sabia durante a semana somos proibidos de sair do colégio.

-Meu tio liberou a minha saída durante a semana. –Ele disse calmamente ligando o carro.

Ao sair do colégio senti uma liberdade tomar conta do meu ser, Christopher aumentou a velocidade quando entrou na avenida, uma brisa agradável batia em meus cabelos fazendo-me fechar os olhos para aproveitar aquele momento delicioso. Levantei ambas as mãos, sorrindo idiotamente, abri os olhos a tempo de flagrar Ucker sorrindo divertido em minha direção, ele ligeiramente ligou o radio e uma musica animada começou a tocar. (www.kboing.com.br/dulce-maria/1-1285005/ )

-Ai eu amo essa musica. –Gritei extasiada fazendo Christopher dar gargalhadas. –“Fabriqué un millón de ilusiones, prisioneras que se hicieron canciones”. –Começei  a cantarolar animada sem me importar com a presença de Ucker. – “Ay cuando mi vida, cuando vas a cerrar tus ojos por mi?”. –Fechei meus olhos cantando o mais alto que podia. –“Oh oh oh oh oh oh oh oh oh, antes que ver el sol, prefiero escuchar tu voz”.  –Cantei mais um trecho e olhei para ele que ria sem parar. –Canta comigo, pedi. –Fazendo um biquinho fofo.

–“Oh oh oh oh oh oh oh oh oh, antes que ver el sol, prefiero escuchar tu voz”.  –Cantamos nos dois juntos animados ambos olhando para o outro.

-Você é louca, Dulce. –Exclamou Christopher sorrindo encantando em minha direção.

-“Si te vas, para que regresaste? Y además, solo quise besarte, ay cuando mi vida, cuando va a ser el día que tu pared desaparezca?” –Fiz a minha mão de microfone e apoiei e minha cabeça no ombro de Ucker cantando alegremente. –“Fabriqué un millón de ilusiones, prisioneras que se hicieron canciones, ay cuando mi vida, cuando vas a cerrar tus ojos por mi?”

-–“Oh oh oh oh oh oh oh oh oh, antes que ver el sol,prefiero escuchar tu voz” –Cantamos juntos quando chegou no refrão novamente.

Assim que a musica acabou nós começamos a rir como duas pessoas bobas, a presença dele me fazia muito bem e pela primeira vez na vida me sentia livre.

-Vai demorar muito para chegar? –Perguntei impaciente com a voz manhosa.

-Estamos quase chegando, manhosinha. –Argumentou Ucker com um sorriso fraternal.

Depois de passarmos por uma estrada vazia cheia de arvores, subimos uma imensa ladeira e Christopher estacionou o carro entre as arvores de copas altas.

-Chegamos. –Anunciou ele sorridente saindo do carro.

Ao sair do carro deparei-me com um ambiente deslumbrante. O chão que ia ate poucos centímetros além do carro estava coberto por grama verde, mais abaixo localizava-se vários pontos coloridos que na realidade era cidade que estava coberta por uma fina camada de neblina. A cima o céu estava claro e o sol estava alaranjado colorindo o céu naquela tarde.

Ucker voltou para o carro, pegou uma cesta enorme e uma toalha xadrez.

-O que você esta fazendo? –Perguntei enquanto observava-o abrir a toalha na grama.

-Vamos fazer um piquenique. –Anunciou ele sorridente, abrindo a cesta e tirando varias comidas dentro dela. –Vai ficar aí parada ou vai me ajudar? –Perguntou ele interrompendo o seu ato para olhar-me.

Ajoelhei na toalha e o ajudei a tirar o resto das comidas, sentamos na mesma e começamos a nos deliciar com o banquete.

-Isso esta muito bom. –Exclamei dando outra mordida no sanduiche. –Foi você que fez? –Perguntei tomando um gole de suco.

-Sim. –Ele respondeu sorridente. –Mas agora me diz por que você esta triste? –Perguntou ele lançando-me um olhar afetuoso.

-Não estou triste. –Retruquei timidamente desviando o olhar para a comida do meu prato.

-Confie em mim. –Pediu ele calmamente largando a sua comida de lado e aproximando-se de mim vagarosamente. –O que aconteceu? –Perguntou ele segurando em minhas mãos olhando-me carinhosamente. Eu não tive coragem de desviar o olhar novamente, então o olhei ficando por alguns segundos perdida nas orbitas pretas que tanto gostava.

-Eu sinto como se eu não pertencesse a essa realidade em que vivo. –Desabafei olhando para a paisagem que nos cercava. –Como se algo em minha vida estivesse errado e toda vez que olho para Maite tenho a impressão que conheço ela de algum lugar, porem não sei de onde.

-Dul, eu... –Ele começou a falar, porem calou-se subitamente. O encarei a tempo de perceber um certo desconforto e como se ele se sentisse culpado por algo. –Não fica assim, você pertencesse a esse lugar, e sem contar você tem a Anahí e a Maite que são suas grandes amigas, além disso tem a mim, que apesar da nossas brigas eu te considero muito importante para mim. –Terminou ele sorrindo de lado, com a expressão insegura disfarçada pelo seu sorriso.

-Você nunca me contou sobre seus pais. –Disparei tentando mudar o rumo da conversa, pois eu sentia uma sensação estranha com aquela conversa. –Quer dizer, você sabe tudo sobre mim, mas nunca me contou sobre eles. –Sorri brevemente em sua direção.

-Meus pais morreram em um acidente quando eu tinha 5 anos. –Ele falou com tom de voz melancólico. –Então eu fui criado pelo meu tio e eu o considero como um pai. –Christopher concluiu a sua fala com um belo sorriso.

-Eu sinto muito.... –Murmurei tocando levemente em suas mãos fazendo com que um formigamento delicioso me percoresse com aquele inocente toque.

-Tudo bem. –Ele sorriu brevemente. –Isso foi há muito tempo, e foi ate bom ser criança na época, pois eu não me lembro disso, apenas sei o que o meu tio me contou. –Ele disse conformado desviando o olhar para o horizonte.

Terminamos de comer, ele notou que eu estava tremendo então colocou o seu casaco de couro em cima do seu ombro, eu sorri agradecida em sua direção e ficamos ali sentados na toalha observando silenciosamente a maravilhosa paisagem ao nosso redor.

-Nem acredito que hoje é o meu penúltimo dia no seu dormitório. –Exclamei com tom de voz triste. Eu deveria ficar alegre, pois finalmente a nossa aposta estava no fim e eu poderia voltar para meu tão sonhado dormitório. Mas então porque eu não queria ir embora? –Passou tão rápido o mês. –Disse o olhando pelo canto do olho.

-Foram divertidos os dias que você passou lá. –Ele disse com um sorriso travesso nos lábios. Ao ouvir a sua fala senti minhas bochechas corarem levemente, lembrei-me das intermináveis noites e dias naquele maldito dormitório. –Olha só, o sol esta se pondo. – Christopher disse apontando com um olhar maravilhado.

Observei a paisagem e por um momento perdi o folego ao ver a cena. O sol em tons amarelados e alaranjados se punha atrás das cadeias de montanhas a nossa frente, deixando um misto de cor pelo céu: rosado, alaranjado e vermelhado. Suspirei, era tão bonito, que eu nem tinha palavras para descrever aquele momento, ligeiramente do crepúsculo o céu tornou-se escuro com a manta de estrelas, e uma lua cheia apareceu no alto do céu negro.

-Isso tudo é tão lindo. –Exclamei extasiada, soltando um suspiro.

-Assim como você. –Christopher sussurrou com um tom encantado olhando-me. –Sentirei a sua falta do meu dormitório, Dul. –Ele disse pegando delicadamente em minhas mãos me fazendo olha-lo.

-Também sentirei. –Admiti perdida naquela imensidão preta.

Ucker continuou encarando-me intensamente fazendo-me com se sentisse como se houvéssemos só nos dois nesse mundo imenso. Aos poucos ele foi se aproximando de mim, senti o meu coração palpitar descontroladamente, faltava apenas míseros milímetros para ter a sua boca na minha, fechei os olhos entregando-me a ele. Um arrepio percorreu o meu corpo quando senti os seus lábios sob os meus, Christopher deu uma mordicada no lábio inferior o que foi estimulo para que entreabrisse meus lábios. Sem pressa a sua língua invadiu a minha boca e as mesmas travaram uma batalha de conquista.

Aproximei-me de Ucker e entrelacei meus braços em seu pescoço e ele colocou a mão em minha cintura colando os nossos corpos de maneira intima. Nossas línguas faziam uma dança sensual, explorando cada canto da boca um do outro, o tempo havia parado e tudo que eu desejava naquele momento era beijar Ucker eternamente. Não poderia depois desse momento negar que não amo Christopher Uckermann, pois por mais que negasse e tentasse esconder se sentimento, o inevitável aconteceu: eu amo Christopher com todo meu coração e a minha alma.