Fanfic: O Desejo Errado (Adaptada) DyC - FINALIZADA. | Tema: Vondy

PREPAREM-SE 

-Dulce, vem logo. –Pediu Christopher com tom irritado vindo de dentro do quarto.

Respirei fundo aproximando-se do seu quarto, olhei para minha roupa amaldiçoando por ter apenas uma camisola na mala. Eu infelizmente usava uma camisola de alcinhas finas e na região do colo tinha um decote profundo que deixavam a mostra os vales dos meus seios, e o comprimento dela parava alguns centímetros longe do joelho. O tecido da camisola preta era de seda dando um ar sensual para mesma e no decote e na bainha tinham renda delicada. Droga, eu estava perdida! Usava uma camisola provocativa justo na noite que iria dividir a cama com Ucker, com certeza ele pensará que tenho a intensão de seduzi-lo ou coisa semelhante.

-Dul... –Ucker sussurrou pelo meu nome com a voz rouca.

Fechei meus olhos por instantes tentando controlar as batidas descontroladas do meu coração, é apenas por uma noite, você conseguira manter o Christopher afastado de você.  Pensei na tentativa frustrada de não entrar ainda mais em pânico. Respirei fundo pela segunda vez e entrei no quarto escuro.

A luz da lua atravessa a pequena janela a cima da cama de Christopher iluminando-o na escuridão. O seu abdômen estava descoberto e o lençol branco parava a poucos centímetros abaixo da sua barriga de tanquinho revelando que ele usava uma bermuda preta deixando-me um pouco aliviada. Ucker analisou-me da cabeça aos pês minuciamente, seu olhar parou por longos segundos em meu decote e também em minhas pernas que estavam à mostra, o modo como ele me olhava fazia me sentir nua, havia desejo e fúria em seus olhos assustando-me a ponto de querer sair correndo daquele quarto e nunca mais voltar, entretanto eu tinha que cumprir a aposta, eu havia perdido e agora pagaria um preço alto por isso.

Engoli seco aproximando-me da cama de casal, senti as minhas bochechas ruborizarem, e agradeci mentalmente por quarto estar semi escuro, pois assim ele, talvez, não notaria as minhas bochechas levemente rosadas e também não notaria o medo domar-me aos poucos. Deitei-me na cama receosa, puxei o lençol ate próximo ao meu queixo, virei-me e dei as costas para Ucker tentando inutilmente ignora-lo, porem como se despreza um homem tão fogoso como Christopher Uckermann?

-Boa noite. –Sussurrou ele cortando o silencio no quarto. O senti remexer na cama ficando na mesma posição do que a minha.

-Boa noite. –Respondi calmamente tentando não demostrar o meu nervosismo diante aquela situação.

Um silencio constrangedor percorreu o quarto, Christopher permaneceu quieto, e eu podia ouvir o som da sua respiração pesada que dava vida ao quarto, fechei meus olhos tentando ignorar o som e cair no mundo dos sonhos, pois essa é a minha única maneira de fugir da realidade.

Algumas horas depois...

Eu sentia algo pesado sob mim que impedia de locomover-me na cama, abri meus olhos calmamente adaptando-me com a luz da lua que invadia o quarto, pisquei algumas vezes e olhei em direção ao relógio digital alarmada, pois já marcava 4:00 horas da manha, soltei um longo suspiro e quando olhei para o lado levei um súbito susto. Os gigantes braços de Christopher enlaçavam a minha cintura de forma possesiva, senti a sua perna envolvida com a minha de uma maneira totalmente intimida, um arrepio percorreu a minha nuca quando senti a respiração pesada de Ucker sob meu pescoço e nuca. Meu corpo estava completamente colado ao seu e quando mexi pude sentir perfeitamente a sua ereção indo ao encontro da minha bun/da. Gelei nesse instante, Deus, estou completamente perdida! E agora o que eu faço? Permanecer ali tentando ignorar aquela aproximidade ou devo acorda-lo e lhe dar um sermão no estilo Dulce Maria?

-Christopher... –Murmurei nervosamente seguindo a segunda opção, ela parecia mais segura.

Porem a sua respiração pesada continuou, pelo jeito teria que falar mais alto para despertar o belo adormecido.

-Christopher. –Aumentei meu tom de voz mexendo-me incomoda na cama tentando livrar-me dele. –Acorda. –Supliquei segurando em seu braço e o mexendo.

-O que você quer? –Murmurou Ucker com a voz rouca fazendo-me assustar.

-Por favor, sai de cima de mim. – Pedi em tom de voz irritado movendo-me por debaixo de seus braços.

-Mas esta tão gostoso assim. –Retrucou ele com a voz extremamente baixa puxando-me para mais perto, se é que possível. –Durma e me deixe também dormir. –Pediu ele envolvendo a minha cintura ainda mais de maneira possesiva.

-CHRISTOPHER UCKERMANN. –Exclamei aumentando meu tom de voz à oitava. –SOLTE-ME AGORA! –Implorei debatendo-me em seus braços.

-Droga. –Xingou o moreno inesperadamente. Soltando-me por um breve instante, porem subitamente ele subiu em cima de mim colocando cada perna sua ao lado de minha cintura. –Você é tapada, ou que? –Indagou ele com tom nervoso encarando-me com a expressão robusta.

-Não entendi. –Respondi com a expressão confusa encarando aquele imenso homem em cima de mim. –O que você quis dizer com isso? –Perguntei soltando mais uma de minhas respostas fúteis enquanto arqueando a sobrancelha.

-Eu estou maluco por você. –Argumentou ele olhando-me com os olhos repletos de desejos. Fiquei imóvel diante a sua relação, ele estava maluco por mim? Será que eu havia ouvido certo? –E eu irei te provar isso. –Anunciou ele velozmente aproximando-se da minha boca. Ele depositou um beijo repleto de volúpia em meus lábios, no inicio lutei bravamente contra aquele ato, porem Ucker mordeu deliciosamente meu lábio superior e depois o inferior fazendo-me perder os sentidos, então entreabri meus lábios convidando-o para o beijo.

A sua língua explorou a minha boca no momento em que ele conseguiu passagem para tal, nossas línguas faziam uma dança sensual deliciando-se em cada canto da boca de cada um. Senti as mãos de Christopher percorrem o vale dos seus seios e no momento em que ele fez massagem em um dos meus seios sob a fina camada da camisola eu fui ao completo delírio, sem pensar duas vezes passei minhas mãos em seu abdômen definido indo ao deleite enquanto Christopher fazia uma massagem erótica em seus seios.

Christopher abandonou a minha boca sem folego e começou a distribuir beijos molhados na região do meu pescoço e no meu colo, uma vez ou outra depositava chupões prazerosos em meu pescoço.

-Eu preciso de você...- Sussurrei entre suspiros enquanto me contorcia debaixo dele. –Christopher..nao me torture...Eu quero você. –Pedi com a voz rouca arqueando meus quadris mostrando para ele o significado das minhas palavras.

-Dul... –Murmurou Ucker entre beijos, abaixando as alças da minha camisola e em seguida enfiou as suas mãos ágeis na minha camisola.

Quando Christopher pegou em meu seio e eu soltei um longo suspiro, aquilo era demais para mim. Ele é a faísca que me faz explodir, ele é o meu único motivo de meu delírio e isso estava obvio naquele instante de prazer.

-Faz amor comigo, por favor. –Implorei suspirando cada vez mais alto enquanto Ucker brincava com meus seios que já estavam inebriados de desejo.

De repente toda atmosfera de prazer e desejo esvai-se quando Christopher parou o ato e encarou-me com a expressão confusa e surpresa. Ele me olhava com um misto de arrependimento e raiva, nos olhos haviam ainda desejo, todavia a raiva invadia cada vez mais suas orbitas pretas.

-O que estávamos fazendo é errado. –Pronunciou ele com a expressão assustada como se acordasse para a realidade. –Não posso fazer isso mais. –Ele saiu de cima de mim levantando-se da cama com olhar de desprezo. –Sinto muito, Dul. –Pediu ele com a respiração pesada mal encarando-me.

-Não estou entendendo. –Pronunciei depois de alguns segundos em transe. –Você... –Sentei-me na cama com a respiração entrecortada. –Você não me quer? É isso? –Perguntei o encarando seriamente com medo imenso da resposta daquela pergunta.

-Não é problema de não querer. –Christopher argumentou lançando-me um olhar suplicante. –É questão de não poder. –Concluiu ele desviando o olhar e indo em direção à porta com a expressão agoniada. –Perdão, Dul. –Ele parou de andar ficando de costas para mim. –Você merece um cara melhor, eu não posso te dar o que você quer. –Concluiu ele com tom melancólico, abrindo a maçaneta da porta e batendo bruscamente a porta do quarto.

Fiquei ali intacta na cama com os cabelos bagunçados, com o coração batendo acelerado em meu peito e gosto dos beijos de Christopher em minha boca e em minha pele. Senti o desejo pulsar em mim e a prova evidente disso era a minha intimidade totalmente úmida, Ucker havia me deixando depois de me proporcionar momentos incríveis de prazer, e toda essa historia de não poder era tudo uma desculpa esfarrapada. A verdade nua e crua era que ele não me queria, ele nunca me quis e isso ficou claro quando ele saiu do quarto às pressas e bateu a porta deixando-me ali na semi escuridão com o coração partido e com lagrimas inundando meu rosto assustado e magoado.