Fanfic: O Desejo Errado (Adaptada) DyC - FINALIZADA. | Tema: Vondy

Depois do almoço divertido que eu tive com Christopher, Anahí, Maite, Christian e Alfonso, nós nos separamos, pois cada um tinha alguma coisa para fazer naquela tarde de domingo. Annie e Mai foram as compras, porem antes insistiram repetidamente para que eu as acompanhasse, porem não fui, pois estava indisposta, e queria ficar no meu dormitório descansando. Christopher, Alfonso e Christian disseram que tinham algo para resolver, porem eu já sabia o que eles tinham pendente, com certeza seria um jogo de cartas ou senão alguma partida de futebol.

Por isso agora estou deitada no sofá do meu dormitório acompanhada de um dos livros do meu escritor favorito, o John Green, eu tinha a coleção de livros somente dele, e o achava um escritor fenomenal com um mente brilhante. Enquanto estava perdida em mais uma das suas historias totalmente fofas ouvi alguém bater na porta fazendo-me sobressaltar assustada. Levantei-me irritada, preparando um sermão em minha mente para dar aquela pessoa que havia atrapalhado a minha leitura sagrada, assim que abri a porta levei outro sobressalto ao ver a pessoa que estava parada do lado de fora.

-O que você quer? –Perguntei impaciente olhando-a com desdém.

-Quero conversar com você. –Nathalia disse com a voz tranquila, ela encarou-me da cabeça aos pés, e em seguida soltou um riso de deboche, com certeza ela estava se divertindo com o meu look desleixado.

-Olha não estou a fim de falar com você, volte para seu ninho e me deixe em paz. –Disse com a expressão seria, olhando-a desprezo.

-Mas o que eu tenho para te falar sem duvida de sombras irá te interessar bastante, querida. – Ela disse abrindo um sorriso malicioso para mim sob seus lábios avermelhados.

-Não estou a fim de ouvir mentiras ou fofocas. –Disse ríspida enquanto fechava a porta, porem ela a segurou a tempo, empurrando-a com força e adentrando no meu dormitório. –O que você pensa...

-Shiii, calada e escute-me com atenção. –Ordenou ela com a expressão totalmente seria olhando-me. Permaneci em silencio enquanto esperava ela me dizer mais de uma das suas mentiras ou senão uma fofoca. –Eu vim lhe dizer para que não confie no Christopher, pois ele não parece ser quem você pensa. –Disparou ela com a expressão robusta.

-Olha se você veio dizer calunias em relação ao meu namorado pode dar meia voltar e sair do meu dormitório imediatamente. –Ordenei perdendo a paciência, não aguento ver as pessoas falando mal dele, ainda mais quando essa pessoa for a Nathalia.

-Não são calunias, são verdades. –A retrucou aumentando seu tom de voz. –Christopher esconde vários segredos e sem contar que ele é estranho.

-Como assim estranho? –Perguntei tentando entender aonde essa cobra quer chegar.

-Começando pelas tulipas, qual menino consegue dar uma tulipa quase todo dia para uma menina? Ele conseguiria só se tivesse uma plantação da mesma, você não acha estranho não? –Indagou ela, com a expressão meio assustada, e voz extremamente baixa. Eu estava pronta para contra argumentar, entretanto ela voltou a falar. –Antes do Christopher namorar com você ele vivia dando tulipas as meninas do colégio, e além disso eu sinto como se ele lesse pensamento,pois ele sempre esta um passo a frente de uma pessoa, o que é muito estranho.

Por alguns instantes permiti-me analisar as palavras de Nathalia e infelizmente elas condizem com a realidade, Christopher quase todo dia dava-me uma tulipa vermelha, o que me indagava a pensar sempre aonde ele conseguia todas aquelas belas tulipas. E sem contar que tudo que fazia ele sempre estava um passo a frente de mim, como por exemplo, quando iria sugerir algo, ou senão ate mesmo quando estava triste ele sempre chegava inesperadamente para consolar-me. Tenho que confessar isso tudo soava estranho e bizarro, nenhum garoto de 17 anos conseguia fazer isso.

-Apesar de não gostar de você, eu resolvi vim aqui e lhe abrir os olhos, pois isso me deixou perturbada. –Nathalia anunciou-se tirando-me dos meus pensamentos e trazendo-me para a realidade. –Pense e analise bem, e sugiro que converse com ele. –Ela caminhou ate a porta, porem parou antes. –Espera que descubra quem realmente Christopher é, pois será o melhor para tudo mundo nesse colégio. –Ela concluiu a sua fala com a voz tenebrosa e em seguida saiu deixando-me com os meus pensamentos.

Sentei-me no sofá ainda submersa nos meus pensamentos, será que Christopher esconde um segredo? Se sim qual? Mas ele havia prometido que não haveria segredos entre nós e com certeza se ele tivesse um me contaria. Nathalia havia ido aqui apenas para me encher de pensamentos que não existiam e para me afastar de Christopher, pois ela ainda o queria.

Balancei a cabeça deixando de lado aqueles pensamentos e voltando atenção para meu livro, porem eu não conseguia mais prestar atenção naquelas palavras, Christopher e seus segredos ainda martelavam em minha cabeça deixando-me confusa. Suspirei alto e abandonei meu livro, precisava dar um volta pelo colégio e espairecer a minha cabeça urgentemente, pois senão enlouqueceria com todas aquelas perguntas em minha cabeça.

Como uma passe de magica meus pés levaram-me ate o nosso lugar, o lago do Elite Away School. Fiquei ali intacta de frente ao lago analisando as aguas cristalinas serenas e em seguida fechei meus olhos sentindo uma brisa fria percorrer-me. Minha cabeça estava confusa assim como meu coração, será que Nathalia estava certa? Será que Christopher escondia segredos? E se ela tivesse inventado aquilo tudo para confundir-me e afastar-me de Ucker? Eram tanto “ses” que confundia-me, porem por mais que tentasse negar os fatos condizem com a realidade! Eu preciso de uma vez por todas acabar com aquelas duvidas que me cercavam, então inesperdamente um plano brilhante passou pela minha mente.

Respirei fundo e aproximei-me do lago a minha frente, se Ucker realmente tivesse “poderes” ele conseguiria advinhar e evitar o que eu estava prestes a fazer. Com o coração saltando pela boca fui aproximando-me cada vez mais do lago, faltando míseros milímetros para cair no mesmo ouvi uma voz desesperada berrar atrás de mim:

-DULCE, CUIDADO.

Olhei para atrás a tempo de ver Ucker correr em minha direção, seus cabelos loiros balançavam enquanto ele corria e a sua expressão era assustada e preocupada. Ele alcançou-me a tempo e puxou-me para um abraço apertado.

Então o que a Nathalia disse sobre ele era verídico, Christopher sempre estava um passo a frente e podia adivinhar o que vai acontecer e prova disso é que estava prestes a cair no lado e ele me segurou a tempo. O abracei fortemente, fechando meus olhos, isso é demais para mim, não sei se aguentaria ouvir a verdade, entretanto eu necessitava dela agora mais do que nunca.

-Dul, o que você estava fazendo? –Sussurrou ele desesperado no pé do meu ouvido. –Você estava prestes a cair no lado, você tem que tomar mais cuidado, querida. –Ele disse com a respiração pesada enquanto passava as mãos nervosamente pelos meus cabelos.

Respirei fundo e criei coragem, preciso da verdade imediatamente.

-Eu sei que você me esconde um segredo e preciso que me conte. –Disparei com um nervosismo iminente, com medo rondando-me.

-O que? –Ele soltou-me inesperadamente, olhando-me com a expressão assustada e com os olhos regalados. –Que segredo? Dul, não sei do que você esta falando. –Ele disse disfarçando a sua expressão e soltando um sorriso amarelo.

-Ora essa não se faça de dessentido, Christopher. –Disparei irritada, enquanto sorria ironicamente. –Eu podia ser ate boba no inicio do nosso namorado, mas agora eu percebi algumas coisas que estavam ocultas. –Argumentei olhando-o furiosamente, mas expressão dele era pacifica.

-Como o que? –O indagou olhando-me com um sorriso desafiador.

-Primeiramente, você sempre deu tulipa quase todo dia para mim e a pergunta é: aonde você arruma tanta tulipa? –Comecei argumentar, e em seguida cruzei meus braços e caminhei em sua direção lentamente. –E segundo, você sempre esta um passo a frente de mim, sempre consegue adivinhar o que eu penso, então Christopher... –O olhei em tom desafiador e sem medo. –Como você me explica isso?

-Ora essa, que pergunta idiota, Dul! –Exclamou ele com a expressão ainda serena sem recuar um passo. –As tulipas eu compro na floricultura, como qualquer homem que quer comprar flores para a mulher amada. –Justificou ele sorridente, como se tivesse vencido a rodada.

-E quanto adivinhar os pensamentos? – O interroguei olhando-o desconfiada.

-Ninguém lê pensamentos, por favor, ne? –Contra pôs ele ainda sorridente, olhando-me sem medo. –Isso tudo é paranóia da sua cabeça, minha querida. –Ele disse com um sorriso torto aproximando a sua mão do meu rosto.

-Você não me convenceu Uckermann. –Disse virando minha cara negando o contato e depois voltei a olha-lo. –Seus argumentos foram fracos e inúteis, quero saber a verdade, diga-me  quem você é. –Pedi em tom  provocativo, aproximando-me dele.

Olhos pretos ficaram presos nos castanhos por longas e incessáveis segundos, porem o que nos tirou do transe foi o barulho do trovão estonteante. Desviei o meu olhar para céu que estava escuro sem resquícios de estrelas ou lua, havia apenas alguns nuvens escuras que estavam carregadas e quase toda hora um relâmpago atravessava o céu seguido de trovoes assustadores.

Eu fiquei tanto tempo discutindo com Christopher que nem havia percebido que o cenário aéreo tinha mudado para um cenário assustador e sombrio assim como Alfonso parecia diante dos meus olhos.

-Ótimo, você quer a verdade, então eu lhe direi. – Pronunciou Christopher com um sorriso debochado nos lábios olhando-me sem resquício de medo. –Porem antes você precisa saber sobre o seu passado para entender o presente. –Anunciou ele calmamente procurando algo no bolso da sua calça. –Segure isso. –Ele jogou algo para mim e sem pensar duas vezes o peguei no ato. Abri as minhas mãos que apertavam o objeto, e fiquei paralisada ao perceber uma pedra de cor roxa tendo metade dividida por uma divisória preta e ela estava presa ao um cordão simples.

–O que é isso? –Perguntei surpresa revezando o meu olhar da pedra a Ucker e vice e versa.

-Depois lhe explico, agora limpe seus pensamentos de tudo, feche seus olhos e aperte a pedra em suas mãos. –Ordenou ele calmamente olhando-me impassível.

-Por quê? –Indaguei sentindo-me ainda mais confusa com tudo aquilo.

-Apenas faça o que mandei , Dul. –O suplicou olhando-me tranquilamente.

Respirei fundo, fechei meus olhos e tentando apagar meus pensamentos da minha cabeça para deixa-la vazia.Concentrei-me no ato e quando consegui apertei a pedra entre as minhas mãos e inesperadamente senti uma nuvem branca rondar-me fazendo-me ficar ainda mais confusa. O que esta acontecendo?