Fanfic: Predomínio | Tema: obsessão, ódio, amor, poder, crepúsculo
(Se preferir, leia ao som de: KADEBOSTANY - Walking with a Ghost)
Sempre admirei as pessoas que sabe dançar tango. Cada passo e cada olhar. Particularmente acho uma dança dramática e bela. Desde criança sempre falei que queria alguém que me olhasse do mesmo jeito que um dançarino de tango olha para sua parceria. Uma mistura de amor, um pouco até mesmo cego com as coisas em volta. Minha mãe falava que eu era louca de querer alguém assim. Que isso só me traria problemas e mais problemas, que eu nunca estaria 100% eu e, sim, %100 de outra pessoa.
Por isso quando Robert me olhou do outro lado da sala com uma taça de vinho na mão e me olhou do mesmo jeito que eu sempre sonhei, eu soube que minha mãe sempre me disse: eu era louca. Ele se aproximou aos poucos até ter menos de trinta centímetros entre a gente. Seu hálito de vinho me dava náuseas e ao mesmo tempo uma pontada de curiosidade. Uma parte de mim me mandava correr e a outra mandava eu ficar. A sala estava cheia de pessoas importantes, que tinham outras que dariam a vida para salvá-las, eu era a única desprotegida ali e ele sabia disso. Ele sabia que qualquer um daquela sala não levantaria um dedo para me ajudar pois aquilo os prejudicaria, eu sabia que todos ali eram igualmente sujos que nem Robert. Eu me pergunto como deixei chegar a esse ponto.
Ele colocou a mão gentilmente sobre a minha, para qualquer um que passasse e vesse pensaria que somos um casal totalmente normal. Mas estamos longe disso. Ele me guiou até o elevador e enquanto as portas ainda fechavam eu já começava a ficar sem ar pelo o que estava por vim. Robert estava na minha frente e de costas para mim, não tinha como fugir.. nem se eu quisesse. Quando a porta do elevador voltou a abrir estamos no estacionamento, antes de se virar em minha direção apertou um botão do elevador e as portas voltaram a se fechar. Eu abri a boca para discutir e ele colocou um dedo sobre a minha boca, eu fiquei paralisada. Olhei em direção a câmera e ele logo notou que era isso que me perturbava ou pelo menos só isso.
Robert sorriu e se encostou na porta do elevador e ajeitou a gravata. Ele me puxou contra si e eu respirei fundo. Esse seria outro jogo.
Autor(a): patchc
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