Fanfic: *~ Te farei minha ~*

Passei a aula inteira contando os segundo para o intervalo. Esse era o único momento em que podia estar com ela, já que não queria nos expor muito sentando perto de Dulce na sala.A notícia do meu término com Débora, rapidamente se espalhou pelo colégio. Ela se fazia de coitada, dizendo o quanto eu a fiz sofrer. Algumas pessoas se sensibilizaram e, outras que já a conheciam bem, ficaram do meu lado. Principalmente as garotas que depois que ficaram sabendo da notícia, vieram como abelhas pra cima de mim. Se eu disser que não gosto disso estarei mentindo. Mas a única pessoa que eu queria atrás de mim parecia nem se lembrar da minha existência. Isso machucava às vezes. Estava largando tudo por ela e Dulce nem dava importância. Mas não ia me trancar no quarto e chorar como um bebê porque eu não sou assim. Ia seguir sempre em frente, lutando pelo que eu mais desejava.

Quando finalmente o intervalo chegou, ela saiu da sala o mais rápido possível. Me levantei e fui atrás dela...

Christopher: Posso te acompanhar até o refeitório?

Ela me lançou um olhar de desprezo e disse secamente...

Dulce: Não.

Christopher: Mas e se eu insistir?

Dulce: Simplesmente irei te ignorar e fingir que você não existe.

E assim ela fez.No caminho até o refeitório fiz mil perguntas e falei um monte de coisas, mas ela não disse uma palavra. Simplesmente pegou sua bandeja e se afastou de tudo e de todos.

Também peguei a minha bandeja com a comida e fui atrás dela. Sentei-me ao seu lado, mas ela continuava me tratando como fantasma...

Christopher: Olha Dulce, nós fizemos uma aposta na qual eu teria que te conquistar. Mas se você continuar me tratando assim, isso nunca poderá acontecer.

Dulce: Mas é essa a intenção, não percebeu? Não quero que você me conquiste. Não vou perder essa aposta.

Resolvi desistir por hoje e deixar pra outro dia. Não era à força que eu iria conseguir

conquista-la. E muito menos hoje. Me levantei calmamente e fui me sentar com os meusamigos. Mas me arrependi amargamente em seguida. Acho que preferia ter ficado sozinho...

Jack: E então, Christopher? Vai contar pra gente sobre o que é essa aposta que você fez com aquela nerd arrogante?

Christopher: Já disse que não posso.

Jack: Nós somos os seus melhores amigos. Você sempre contou tudo pra gente.

Christopher: Pois é, mas dessa vez é diferente.

Poncho: Cuidado pra não se misturar demais com ela e ficar igual, viu?

Christian: E vê se não se esquece da gente.

Christopher: Não esquecerei. Tanto que estou aqui, não estou?

Jack: Pode ser...mas há algo muito estranho nessa história. Começando pelo término do seu namoro com a Débora. Ela está sofrendo muito.

Christopher: Isso tudo é drama. Quis terminar amigavelmente, mas ela preferiu de outro jeito. Não posso fazer nada.

Poncho: Mas até agora eu não entendi porque vocês terminaram.

Christopher: Descobri que não gostava dela o bastante pra continuar com tudo isso. Estava perdendo meu tempo. Quero ser livre.

Jack: Sempre te disse pra pegar algumas garotas enquanto estava com ela. Débora nunca ia ficar sabendo mesmo.

Christopher: E eu também já disse que não gosto disso.

Jack: Você é um banana mesmo. Sério, não sei nem com consegue ser alguém tão importante.

Se o povo do colégio tirasse essa imagem de herói que tem de você, veria o fracote de verdade que você é...

Christopher: Penso que ser fiel não é sinal de fraqueza e sim, de caráter. Pena que você não conhece bem essa última palavra, não é?

Cansado dessa discussão toda, deixei minha comida na mesa e saí do refeitório. Havia perdido toda a fome, apenas queria sair dali o mais rápido possível e fui pra biblioteca. Não era o meu lugar favorito no colégio, mas pelo menos era silencioso e eu podia pensar melhor na minha vida. Gostava dos meus amigos, mas às vezes me perguntava se eles sentiam o mesmo. Jack então, vivia jogando indiretas que acabavam com a minha auto-estima. Caminhei devagar pelos largos corredores da biblioteca e fui olhando os livros, mas nem prestava muita atenção neles. Não podia deixar de me questionar sobre tudo o que acontecia à minha volta e que só agora me dava conta. Voltei pra realidade, quando meus olhos encontraram um livro bem grosso e marron que estava escondido na última prateleira. A textura dele me intrigou e fui pegá-lo pra ver. Tinha muita poeira em cima do título e eu passei minha mão para tirá-la. Ele era intrigante e eu comecei a folheá-lo. Aquilo ali era fantástico! E me deu uma magnífica idéia...

X___X