Fanfic: Reencontro LevyRroni | Tema: Levyrroni

Talvez fosse melhor fazê-lo pensar que fora um entre muitos. Uma rameira conseguia mais respeito do que uma mulher tola e insegura. Mas... Uma noite de entrega total já rebaixava uma mulher à condição de rameira, independentemente.

WLevy — Quer dizer que fui o único? — William não disfarçou a incredulidade. — Estou lisonjeado, meu sócio chegou depois... Falou William de nariz em pé se achando.

MPerroni — Não se sinta!.. E eu exijo respeito a memoria de Eugenio, e tem mais você só foi conveniente aquela noite.

Maite não pretendera com a declaração defender a liberação feminina, mas a zanga no rosto indicava que ele não apreciara nem um pouco.

WLevy — Você é muito franca, Mai.

MPerroni — Não me chame assim...

WLevy — Por que não? É o seu nome.

MPerroni — Não gosto do jeito como diz meu nome. — Era como um dedo deslizando por seu rosto ou, talvez, uma língua... Re­freando os pensamentos, sentia a camiseta molhada de suor nas costas. Devia ser sensata e não pensar em pele, língua ou nada semelhante na presença daquele homem.

WLevy — Por isso está trêmula? Da ultima vez você também estava trêmula...

MPerroni — Eu tinha ficado um pouco bêbeda, eu estava um pouco triste por meu pai ter que vender as ações Perroni  — lembrou Maite. Que desculpa esfar­rapada era aquela? Não podia encará-lo, pois sentia um arrepio na espinha. Nenhum homem tinha o direito de ser tão bonito!

WLevy — Você ficou alterada naquela noite.

A voz grave dele, levemente rouca, a excitava. Quis respon­der, mas não emitiu som. Como podia saber que a voz dele era assim?

MPerroni — Fiquei. Agora, afastava as lembranças. — Estou chocada — confessou. — Não esperava...

WLevy — Que o seu passado sórdido um dia batesse à sua porta? — completou ele, ganhando um olhar de desgosto. — Como acha que me senti?

Maite cerrou os dentes com a atitude dele.

MPerroni — E o que ganhei? — Ele abandonou a ironia e a encarou.

WLevy — Muito mais do que possa imaginar — admitiu, rouco. — Você foi a amante mais desinibida que já tive, a amante que eu nunca esqueci.  

A amante? Maite enrubesceu, envergonhada.

MPerroni — Não fale assim!

WLevy — Por quê? Você esta sozinha? Ou já se casou de novo e está com medo que seu marido chegue em casa inesperadamente? Pensei que gostasse do perigo... William impressionou-se com o olhar assustado dela, então desviou. — Nao entre em pânico. Não sou do tipo que sai por aí contando tudo para todo mundo. 

Maite tentou reunir o que lhe restava de dignidade.

MPerroni — Eu não me casei de novo!.. Disparou!.. E acho que não veio aqui para conversar sobre isso.

WLevy — O outro assunto perdeu o interesse... Debochou ele.

MPerroni — Não gosto de brincar com o futuro de minha irmã — declarou Maite.

WLevy — Eu não estava brincando... resmungou ele, seguindo-a até a cozinha. — Se quer saber... — Pegou um ursinho de pelúcia que ela se esquecera de guardar e endireitou a orelha mordida. — Eu disse a Ucher que ele foi um irresponsável.  Já é ruim sua irmã ser tão jovem, mas... Não tomar precauções! — Ela contraiu os lábios, desgostoso. — Eu disse algo engra­çado? — indagou, frio.

MPerroni —Não — respondeu Maite, contendo a histeria.

WLevy —Ela é parecida com você? — perguntou ele, de repente.

MPerroni — Quem?

WLevy — Sua irmã.

MPerroni —Não, nem um pouco. Dul é inteligente e meiga.

WLevy —É difícil acreditar, já que se apaixonou por Ucher —

Comentou William e Maite respirou fundo.