Fanfic: Reencontro LevyRroni | Tema: Levyrroni

Embora Maite desconfiasse de que William lançava uma isca, não deixou se abater e muito menos de defender a irmã.

MPerroni —Imbecis ganham bolsas de estudo na Europa? — ques­tionou, seca. Como ele se atrevia a criticar Dulce? — Se minha irmã se apaixonou pelo charme duvidoso do seu irmão vigarista, pode atribuir a sua falta de experiência, não de in­teligência. Afinal, ela só tem dezoito anos. Sabe o que eu acho de um... Céus, ele tem quase a minha idade! — exclamou, desgostosa, ao calcular.

WLevy — Com certeza não tão velho, voce é ainda uma menina!

William não estava sendo franco. Maite estava sem maquiagem e com os cabelos amarrados e o rosto e o pescoço esguio, William fez Maite passar por adolescente.

MPerroni —Não acho essa situação nada engraçada — advertiu ela. — Além disso, não sei por que está aqui. Não temos nada a ver com o que eles decidirem.

WLevy — Pelo contrário, tem tudo a ver comigo. Minha... Nossa mãe me considera responsável por tudo o que Ucher faz.

Não era bem assim. Ucher nascera com um problema no coração e, embora uma cirurgia já o tivesse corrigido e ele estivesse ficado bem, os velhos hábitos protetores permaneciam.

MPerroni —E você tem medo de sua mãe, suponho?

WLevy —Eu a respeito — corrigiu William. — Quanto a você, subestima a influência que tem sobre Dulce. De acordo com Ucher, sua irmã ouve o que você diz. Como a moça em questão não está aqui... Esta é uma situação que precisa ser resolvida logo.

MPerroni — O que quer dizer com "resolvida"? — questionou Maite, desconfiada.

William entendeu a insinuação e se zangou um pouco mais.

WLevy —Não é o que está pensando. Maite corou.

MPerroni —Acho que não entende o meu relacionamento com minha irmã,  Sr. William Levy... Somos unidas, mas isso não significa que eu mando nela...

WLevy —Acho melhor me chamar de Will, não acha? — Ele sorriu malicioso, íntimo. — Ou prefere William? Você escolhe...

Maite enrubesceu de novo, envergonhada. Se ele agisse assim na frente de outras pessoas, seria como gritar a plenos pulmões que dormiram juntos. Ninguém era burro. E um mais esperto somaria dois e dois e descobriria a verdade acerca da pater­nidade do pequeno Gabriel! Não podia entrar em pânico.

MPerroni —Só porque seu irmão é feliz, ou infeliz, obedecendo-o, não fique achando que isso dá certo em famílias menos disfuncionais —  afirmou Maite. — Dul toma suas próprias decisões!

WLevy —Fico contente em saber — observou William, irônico. — Parece que pelo menos uma nessa família tem fibra.

MPerroni —Você sempre menospreza seu irmão assim? — questionou Maite.

WLevy —Só frente a frente, como regra. Geralmente minto para protegê-lo, mas, já que somos quase parentes, sinto que posso falar abertamente com você.

Maite desejou que ele não falasse aquilo.

MPerroni —Parentes? — Que ideia é esta? — De onde tirou isso?

WLevy —Ucher é meu meio-irmão; a futura mamãe é sua irmã.

Vamos compartilhar um sobrinho ou sobrinha. Pelo que sei, isso nos torna família.

MPerroni —Eles podem decidir não se casar. William deu de ombros.

WLevy —Ainda assim, haverá um bebê. Ser pai é ter responsabilidades. Ucher vai querer dar apoio, tanto financeiramente quan­to de forma prática. Ele não está carregando o bebê, mas ne­nhum homem quer ser um estranho para o próprio filho.

Maite estava surpresa e perturbada com as palavras de William, como se ele expressasse mesmo o que sentia.