Fanfic: Reencontro LevyRroni | Tema: Levyrroni

Só havia uma maneira de provar que não era a pessoa de que ele se lembrava... Não realmente.  Agarrando-se na camisa dele, ergueu os braços e o segurou pela nuca, pressionando os lábios firmemente contra os dele, deter­minada a interromper o beijo assim que ele tentasse aprofundá-lo.  Mas alguma força interna falhou e sentiu a corrente elétrica espalhar-se pelo corpo até a ponta dos pés. Para sua humi­lhação, aceitou... até gostou... da língua dele se introduzindo atrevida em sua boca.   A textura dos lábios, o sabor dele, a proximidade do corpo excitado compunham um coquetel de sensações eróticas.

MPerroni —Isso é terrível... — sussurrou ela, sem fôlego.

Então, William a soltou. Ela se abraçou, protegendo a si mesma.

Ele passou a mão pelos cabelos. Pela primeira vez, parecia não ter um comentário debochado na ponta da língua.

WLevy —Por que terrível? — questionou, visivelmente abalado.

MPerroni —Porque eu gostei. William sorriu.

WLevy —Eu também, e muito mais do que você imagina.

Maite não desviou o olhar, tentando controlar o desejo puro e simples, porém, a sensação entre suas coxas não se dissipava.

WLevy —E isso é ruim? — indagou ele. —Eu não faço sexo casual Normalmente.   Ante a expressão irônica dele, ela enrubesceu e retificou:

MPerroni — Normalmente.  Nem eu...  — Eu tenho um filho.

WLevy —Não espalhe, mas mães supostamente fazem sexo — pro­vocou William.

MPerroni —Eu não quis dizer que... — Hesitou e mordiscou o lábio, envergonhada. Que hora para ser espontânea!

WLevy —Então, o que quis dizer com isso?

Maite quase começou a responder, várias vezes, na tentativa de dar uma interpretação menos controversa à declaração, mas acabou se calando, constrangida.

WLevy —A sua última vez foi comigo, não foi?

Ele era um homem vaidoso, e não disfarçou o forte sentimento de satisfação.

MPerroni —Não estou procurando um caso amoroso.

WLevy —Após três anos? Ele provocou.

MPerroni —O celibato é uma opção quando a alternativa é sexo com você!

WLevy —É um desafio? — indagou ele, suave, indiferente à declaração áspera. Parecia se divertir obrigando-a a retirar a afronta.

MPerroni —Não, não foi — recuou Maite, já lamentando a resposta imprudente.

WLevy —Você se excedeu... Eu a deixei em pânico. — O ar bene­volente não combinava com o olhar de desejo dele. — Por quê?

Maite suspirou fundo.

MPerroni —E ainda pergunta? Você diz calmamente que vai me levar para a cama por uma semana, ou um mês, e eu devo manter a calma? Pânico? — reforçou ela, indignada. —Qualquer uma ficaria em pânico.

WLevy —Sei de várias mulheres que ficariam lisonjeadas, no mínimo.

MPerroni — Você é tão cheio de si — desdenhou Maite, ante o sorriso ironico dele. William era o tipo de homem para quem as coisas... Incluindo mulheres, principalmente mulheres... Sem­pre vinham fácil.

MPerroni —E eu não quebrei o padrão, quebrei?

Ele sorriu, nada angelical. Maite não entendia como nunca notara a semelhança com aquela figura de rabo e chifres.

WLevy —Acho que preferiria que você estivesse saciada de mim. E acho que você preferiria assim também...

Ela levou vinte segundos para entender a insinuação es­candalosa dele.

MPerroni —Eu... Você...

Sem palavras, sentiu o desejo percorrê-la toda. Perdera toda a decência, concluiu, horrorizada com a sobrecarga hormonal repentina. Seus seios se estimularam e o corpo quase gritava de desejo.

William piscou, inflando as narinas.

WLevy —Suponho que ache esse tipo de conversa excitante! — debochou ele. — Só posso falar por mim mesmo. E você provavelmente pode ver por si mesma como estou excitado.

Maite gemeu, desolada.

MPerroni —Você é o homem mais vulgar que conheço! — Foi um esforço sustentar o olhar, após o que ele dissera.

Cerrou os dentes quando ele inclinou um pouco a cabeça, como quem agradecia a um elogio.

WLevy —Devíamos estar falando de Dul e Ucher.

William sabia quando alguém estava batendo em retirada e não insistiria mais. Esperara por três anos e estava satisfeito com o progresso naquele dia.