Fanfic: Reencontro LevyRroni | Tema: Levyrroni

Ele deixou de sorrir.

WLevy —Mas... Você não tem que lidar com essas situações tambem, tem? — questionou, áspero.

Embora gostasse da ideia de passar a mão nas pernas de Médicas e enfermeiras bonitas, pensou em outros homens... Homens las­civos... querendo o mesmo e sentiu-se ofendido. Não via coe­rência na atitude.

Maite ficou curiosa.

MPerroni —Que situações? — Levou um segundo para ordenar os pensamentos. — Oh, não, não com frequência. E muitas médicas e en­fermeiras usam calças hoje em dia. — Tirou o telefone celular do bolso.

WLevy —O que está fazendo?

MPerroni —Vim no carro da Dul, o meu está no conserto. — Ela franziu a testa ao recordar mais aquele contratempo. — Eu disse que tomaria um táxi até o trabalho. — Mas não consegui a linha.

WLevy —Eu a levo — prontificou-se William.

MPerroni —É muito gentil da sua parte... — falou Maite, após segundos de silên­cio. Deteve-se, ciente da estupidez. — Não, não, você não é gentil.

Avaliou os olhos de William e sentiu um nó no estômago. Aborreceu-se por ser tão fraca à sensua­lidade de William.

WLevy —Você não é a primeira pessoa a fazer essa observação — admitiu ele, com franqueza.

MPerroni —Bem, não precisa contar vantagem — censurou ela. — E prefiro ir andando. Mal suportava respirar o mesmo ar que ele, quanto mais se enclausurar num carro em sua companhia.

WLevy —Não conheço bem a região, mas diria que são quase três quilômetros.

MPerroni —Eu não disse que ia andando. Disse que preferia ir andando.

WLevy —Você está teimando, dizendo que prefere bolhas nos pés à minha companhia. Estou magoado.

MPerroni —Se pelo menos isso fosse verdade. — Estava sendo infantil, Maite sabia, mas torceu o nariz quando William lhe sorriu. Chacoalhou o telefone celular, impaciente, após tentar ligar mais uma vez sem sucesso.

WLevy —Aí vêm os jovens amantes — avisou ele, indicando a trilha. — Não estão de mãos dadas, mas estão juntos. O que acha que isso significa?

MPerroni —Não sei, nem me importo! — disparou Maite, esgotada

WLevy —É bom ver que começa a pensar como eu.

MPerroni —Vai nevar nos trópicos antes que eu concorde com você sobre qualquer assunto! — retrucou ela.

WLevy —É um prazer ver tanta Sinceridade.

Ucher —Dul e eu pensamos em sair para um lanche — avisou Ucher, quando estavam a pouca distância.

Maite retomou a compostura antes de voltar-se.

MPerroni —Que ótimo.

Ucher não notou nada além do sorriso radiante.

Ucher —Dul disse que talvez precise de uma carona até o hospital — comentou o rapaz. — Podíamos...

WLevy —Não, tudo bem, garotos, podem ir — interveio William, descarado e rápido. — Já ofereci uma carona a Maite, podem ir que eu levo ela ao trabalho.

Ela quis gritar. Como ele se atrevera a desafia-la a contrariá-lo, que vontade de mata-lo e sorrindo bon­dosamente para disfarçar. Despediu-se do jovem casal com um sorriso.

MPerroni —Você é uma cobra criada! — acusou Maite, com o sorriso congelado que usara ao se despedir da irmã.

WLevy —Não sei por que está tão preocupada. Se quer saber, não faço no carro há... Oh, anos — concluiu ele, suspirando nostál­gico quanto à juventude perdida.

Ela não admitiria que não era com ele que estava preocu­pada, mas consigo mesma.