Fanfic: Reencontro LevyRroni | Tema: Levyrroni

Ela insistiu para que seu pai voltasse para casa, percebeu que ele estava cansado e não tinha muito a fazer ali.  Ela não ficou sozinha por muito tempo, olhou e viu que alguém estava entrando!

MPerroni —O que está fazendo aqui? — questionou, ao ver William.

WLevy —Eu não queria que você ficasse sozinha, e cuidei quando seu pai saiu e entrei. sussurrou ele, com um sorriso malicioso nos lábios!... Gabriel não mostrasse sinal de que acordaria.

Ele se sentou a seu lado. Maite sentiu alívio quando ele não fez mais perguntas, nem comentários do tipo: "Como ele está?", "O que são aqueles tubos?", "Ele parece tão pequenino", etc. William era muito discreto neste sentido. Eram quatro da madrugada quando receberam mais notícias, e William continuava ali com ela.

Plantão —Claro, o menino não está totalmente fora de perigo. Vamos manter o oxigênio mais um pouco, mas estamos otimistas...

MPerroni —Ele não vai morrer? — Maite estranhou a própria voz.

Plantão —Temos um lutador aqui, Sra. Perroni.

Maite ficou trêmula e as primeiras lágrimas brotaram. Vol­tando-se, encontrou um ombro em que se apoiar. William a abraçou com carinho.  Por fim, as lágrimas cederam e ela se endireitou.

MPerroni —Oh, desculpe-me...

Ao afastar os cabelos do rosto, percebeu as mãos trêmulas. Sentiu vergonha dessa fraqueza e não se lembrava por que William ainda estava lá, à cabeceira da cama de seu... Do filho deles. Gabriel merecia um pai. Como William. De repente, inequivoca­mente, entendia isso.

WLevy —Por que não vai dar uma volta... Comer algo... Dormir... — sugeriu William.

MPerroni —Não posso dormir! — protestou ela.

WLevy —Você não será muito útil se não estiver bem.

Ele tinha razão. Ela fitou o corpinho imóvel na cama.

MPerroni —Está bem, vou fazer um lanche. Você me chama se ele acordar... Dali a pouco, estava mastigando um sanduíche, sem sentir o gosto. A seguir, lavou o rosto com água fria, mas a medida não suavizou suas olheiras, nem a palidez.

O pequeno Gabriel ainda estava dormindo quando uma enfermeira entrou no quarto. A enfermeira verificou os tubos e apertou um botão ou dois nos equipamentos antes de anotar números indecifráveis no prontuário. Cenho franzido, realizou um exame na criança e pareceu se aliviar.

Enfermeira —Veja como as erupções estão melhores. William via que as bolhas no corpo da criança não tinham piorado, até tinham diminuído nas últimas horas. —Por um minuto, pensei que aquela marca de nascimento fosse mais uma bolha comentou a enfermeira, antes de dei­xar o quarto. — Parece uma estrela...

William permaneceu sentado por vários segundos antes de se levantar e confirmar a suspeita que surgiu de repente. Reuniu as forças. Dois anos... Como não entendera o significado disso logo ao ouvir o comentário? O olhar fixo na criança, ergueu a mão para enxugar o suor na testa. Engoliu em seco várias vezes. Apesar do rostinho distorcido pelos tubos, distinguia perfeitamente o formato do nariz, o ângulo do maxilar, a testa, a cor dos cabelos e dos olhos, era igual a ele. Nem precisou confirmar a marca de nascença no ombro. Levou a mão automaticamente ao próprio ombro, onde havia uma marca idêntica.

MPerroni —O que aconteceu? — indagou Maite, voltando ao quarto de Gabriel, William desviou o olhar da criança, seu filho, e voltou-se.

WLevy —Nada. — E tudo. Não admirava ela ter caído a seus pés, quando se reencontraram! Ela se deteve, insegura. William estava tão estranho.

MPerroni —Pensei... Vendo-o aí parado...  Maite afastou os temores. Estava vendo demais na postura rígida do homem. A expressão dele era... Como a de muitas pessoas que não gostavam dos equipamentos médicos. — Acho que só estou apreensiva. — Gabriel estava mesmo mais corado, ou estaria vendo o que queria? Foi para o lado oposto da cama. — Nem eu mesma acredito ... Obrigada por ficar. A ironia atingiu William como um tiro. Maite lhe agradecia por manter vigília pelo filho doente... Seu filho. Era estranho até pensar na situação. O menino podia ter morrido e ele nem saberia! — Meu pai vai voltar logo, e acho que ele não vai conseguir manter minha mãe longe. Você pode ir.

WLevy —Quando você soube que não era filho de Eugenio? — dis­parou ele, e apoiou a testa nas duas mãos. Ele... O bebê. O filho dela. — Eu nem sei o nome dele! Meu próprio filho.

Que choque! Ela devia ter adivinhado! Pálida de repente, ouviu um zunido forte, que foi cedendo aos poucos. Quando a visão voltou ao normal, viu que William permanecia em pé, duro como uma estátua, aguar­dando a resposta.