Fanfic: Reencontro LevyRroni | Tema: Levyrroni

Maite via-se obrigada a admitir que William tinha mais quali­dades do que demonstrara a princípio. Pondo de lado os com­promissos, dedicava um bom tempo a brincar e animar Biel, revelando um inesperado senso de humor. Também se sur­preendia com a relação entre os dois irmãos. Havia afeição entre eles e, da parte de Ucher, havia também respeito pelo irmão mais velho.

Ucher —Numa crise, não há ninguém como William — confidenciou ele. Um dia. — Quando o negócio de papai estava mal, ele deixou a universidade sem pensar duas vezes. William é um in­telectual e sei que foi difícil para ele largar a vida acadêmica. É por isso que não quero que Dulce perca a chance — afirmou, preocupado. — Eu... Eu não sou o tipo cerebral.

MPerroni —Nem eu. — Trocaram um sorriso camarada. Estava quase gostando do rapaz! — O que aconteceu... Com o negócio de seu pai?

Ucher —Oh, William ajudou papai a arrumar a casa. Foram alguns anos muito difíceis, mas nunca olharam para trás. Papai se aposentou e William é o chefão das industrias Levy.

MPerroni —Você se importa? — Maite não continha a curiosidade. Estavam numa situação capaz de gerar muito ciúme e res­sentimento. Era significativo não ver sinal de antagonismo entre eles.

Ucher —Oh, não! — exclamou Ucher, rindo. — Sou preguiçoso demais para competir com William. E esse é o consenso geral, de qualquer forma.

MPerroni —William... William diz isso?

Ucher —Não, mais papai e mamãe dizem. William coloca muita fé em mim... Principalmente, considerando...  Ele se deteve e a encarou antes de continuar. — Eu andei com um pessoal marginal... Bebida... Drogas... Mas não estou mais envolvido com isso hoje em dia. assegurou-lhe. — William me apoiou quando eu mais precisei — acrescentou. — Papai e mamãe teriam morrido se soubessem que eu me envolvi com Drogas.

Maite estava chocada, mas considerava melhor o jovem após a confissão.

MPerroni —Dulce sabe?

O rapaz assentiu confirmando.

MPerroni —William é um bom camarada, ele é a melhor pessoa que eu conheço.

Maite não quis contradizê-lo. Desconfiava que ele podia estar certo. Por algum motivo, essa perspectiva a deixou inquieta e quase zangada.

Maite arrumava os pertences de Gabriel quando sentiu a pre­sença de William. Tinha sexto sentido quando se tratava da­quele homem.

WLevy —Ele teve alta — informou William.

MPerroni —Já sei...

Maite endireitou-se e voltou-se, encarando-o. Seus cabelos cobriam-lhe as laterais do rosto e teve que colocar umas mechas atrás da orelha.

WLevy —Deixou-os crescer para mim, concluiu William, controlando o desejo de passar a mão nos fios sedosos. Ausentando-se por poucas horas, ele trocara de roupa e se barbeara. Olhando para ele, ninguém diria que não dormira as oito horas reco­mendáveis na noite anterior. Estava impecável como sempre, de calça jeans e camiseta preta que lhe salientava o dorso musculoso.