Fanfic: Reencontro LevyRroni | Tema: Levyrroni

Porque o abandonara como uma fugitiva. Porque não sou­bera lidar com as consequências daquela noite e enfrentar a confusão dos próprios sentimentos. Agora, não estava tão certa. Que desculpa tinha dessa vez? Sentia-se confusa e atormentada desde o rea­parecimento de William.

MPerroni —Não fui muito educada.

WLevy —Educada? Está se desculpando por maus modos? — ques­tionou ele, incrédulo.

MPerroni —Pensei em escrever um bilhete, mas não tinha certeza sobre a... Etiqueta. — Ela deu uma risada nervosa. — Concluí que você ficaria aliviado se eu simplesmente sumisse... Os homens não queriam que suas conquistas fáceis fossem inconvenientes. Além disso, ele estava tão adormecido que não sabia se poderia acor­dá-lo nem que quisesse.

WLevy —Despertei desejando-a. — Os olhos obscurece­ram-se e Maite sentiu uma onda de prazer que a enfraqueceu. — Alívio foi a última coisa que senti. Havia ironia na de­claração. — Eu nunca tinha sido abandonado por uma mulher antes. Havia ódio, bem como desejo no olhar dele.

Maite levou a mão ao pescoço, encontrando a pulsação na artéria carótida.

MPerroni —E você é sempre o cavalheiro. Estou cansada, William... Ele ignorou a artimanha.

WLevy —Também estou pronto para a cama.

Maite o encarou. A declaração era duvidosa, mas não havia equívoco no olhar. Sentiu a boca seca e a garganta queimando.

MPerroni —Não é um pouco óbvio demais até para você?  zombou, detestando a própria voz trêmula. — Pensei que quisesse dis­cutir sobre Gabriel, mas, quando tem uma chance, só quer me levar para a cama.

WLevy —Acho que vamos nos concentrar melhor quando esse as­sunto não estiver nos atrapalhando...

MPerroni —Esse é o seu ideal de sedução?

Maite estava zangada, mas parte da raiva se dirigia a si mesma, porque a declaração vulgar dele se justificava. Também sentia o desejo... Queria tocá-lo, sentir seu cheiro másculo... E não conseguia se concentrar com aquela fome angustiando.

Maite não sabia o que havia naquele homem para estar tão sensual­mente desperta. Sentia a luxúria por todo o corpo.

WLevy —Gabriel precisa de um pai e você precisa de um homem — resumiu William.

MPerroni —Gabriel e eu estávamos bem antes de você aparecer.

WLevy —Não é fraqueza admitir que precisa de algo.

MPerroni —Quer dizer, de você! — Ela riu.

WLevy —Na verdade, estava falando de mim. Aquela noite foi boa demais. Não desejei outra mulher desde então.

Maite esperara uma ironia, mas a expressão dele não indicava humor.

MPerroni —Está me dizendo... Que você não... — Meneou a cabeça, incrédula.

WLevy —Por que tão surpresa? — questionou ele. — Quantos amantes teve nos últimos três anos?

MPerroni —É diferente. — Ela dispensava a comparação. Sabia, por experiência, como William era sexualmente. Era impos­sível imaginá-lo abstendo-se voluntariamente de sexo. Com cer­teza, não lhe faltava companhia feminina. — Está dizendo que ficou impotente?                  

WLevy —Não — disse ele, sem se ofender. — Apenas exigente. É difícil acreditar como nos comunicamos bem na cama quando você se recusa a entender o conceito verbalmente. Se passás­semos bastante tempo na cama e colocássemos nossos argu­mentos na horizontal, nosso casamento teria uma boa chance de dar certo.

Ela não permitiria aquilo! Ele falava como se fosse uma conclusão óbvia.

MPerroni —Não pensei que estivesse falando sério sobre essa idéia maluca... Hesito em chamá-la de proposta...

WLevy —Você não me pareceu uma mulher altamente preocupada com formalidades. Tive alguns relacionamentos antes, mas só os nomes mudavam. — Tratava-se de uma declaração sórdida, e William lamentou que ela o forçasse a isso.