Fanfic: Reencontro LevyRroni | Tema: Levyrroni

William relutou mais um pouco e acabou indo embora, mais deixou bem claro que não abriria mão de se casar com ela!... Naquela noite os pais de Maite foram visitar Gabriel... Amanheceu e Mai lembrou-se que todos os anos  comparecia ao Quermece que a avó de Eugenio participava e ela não poderia decepcionar a anciã.

MPerroni —Primeiro prêmio! — exclamou Maite, admirando a roseta presa ao bolo fofo. — Estou impressionada.

Srª Siller —Mas não surpresa — respondeu a velhinha. — Eu ganho o primeiro prêmio há dez anos. Provavelmente, têm medo de que eu bata as botas se me desclassificarem — considerou, bem-humorada.

MPerroni —Ou você faz mesmo os melhores bolos da região. — Maite inclinou-se sobre o carrinho de bebê. — Você acha que vovó Siller faz os melhores bolos, não é, querido?

O pequeno Gabriel sorriu, a boca toda lambuzada de chocolate. A velhinha desdenhou.

Srª Siller —Não acho que meu bisneto tenha muito discernimento. E não acredito na quantidade de bobagens que ele já consumiu agora pela manhã! — criticou.

MPerroni —Bem, a culpa é sua, vovó — respondeu Maite, com um sorriso. — A senhora lhe ofereceu a maior parte das bobagens.

Srª Siller —Os avós podem mimar os netos, e isso vale em dobro para bisavós. Eu só aviso, Maite, não se aborreça comigo. Aquela sua mãe já me acusou de sabotar os dentinhos de Gabriel. Mulher tola.

MPerroni —Para onde vamos agora? — indagou Maite, mudando de assunto diplomaticamente. Encontros entre sua mãe e Dona Olívia geralmente pareciam guerra, mas elas saíam ilesas, decidiu, otimista. A mãe era jurada da competição de animais de es­timação, o que a deixaria fora de circulação por algum tempo.

Srª Siller —Bem, na verdade, gostaria de descansar um pouco.

MPerroni —Claro — respondeu Maite, prontamente. Por causa da vivacidade e da tagarelice, as pessoas se esqueciam de que Olívia já completara oitenta anos. Massageou os ombros frágeis da velhinha. — Meus pés estão doendo. Nós podíamos tomar um chá com biscoitos...

Srª Siller —Prefiro comer sola de sapato, querida. Não sabe que Ra­chel Mortimer fez os biscoitos este ano? Nem preciso dizer mais nada. Não, acho que prefiro a barraca de cerveja. Maite reprimiu o riso.

MPerroni —Como quiser, Olívia — concordou, dócil. Escolheram uma mesa vaga no canto. Maite respirou fundo, identificando o aroma da vegetação misturado ao da cerveja produzida ali mesmo. Sorridente, foi ao balcão, cumprimen­tando vários amigos e conhecidos no trajeto. Na volta, ocupada em equilibrar os copos de cerveja, não notou que mais alguém se aproximava de sua mesa.

Srª Siller —Odeio esses copos de plástico — resmungou Olívia. — Parece que Gabriel dormiu — acrescentou, assentindo à criança no carrinho.

Maite tentou disfarçar o pânico ao ver o ursinho gigante junto ao filho e o homem à mesa.