Fanfic: Reencontro LevyRroni | Tema: Levyrroni

WLevy —Ganhei atirando nos patinhos. Não fique assim, eram patos de lata, Maite. E aceito uma cerveja — completou, olhando sedento para o copo espumante. Maite bufou. De forma alguma consideraria aquela presença uma coincidência. Não quando se tratava de William. Ele pro­vavelmente as observava havia um bom tempo. Ser vista com ele em público era exatamente o que ela queria evitar e ele sabia disso! Podiam ser amantes, porque ela era fraca e não tinha fibra... Não no que se referia a ele... Mas a ênfase era manter o segredo e ele sabia disso!

MPerroni —Então, vá pegar uma — rebateu, desgostosa. — Aliás, não sei o que está fazendo aqui.

WLevy —Estou me integrando à comunidade.

MPerroni —Sei!

Com a camisa de grife e os óculos de sol caríssimos no bolso, ele não parecia um nativo da região. Mesmo nas ruas do Me­diterrâneo, onde os ricos, famosos e belos se encontravam, ele chamaria a atenção. E ali, na festa anual do vilarejo, ponto alto do calendário de eventos, todo mundo o observava e por tabela, a ela também... E ele se sentia orgulhoso gostava de ser o centro das atenções.        

WLevy —Além disso, estou aqui como representante das empresas Levy. Nós vamos dar o dobro do que for arrecadado hoje para erguer a torre da igreja.

MPerroni —Comprando amigos e visitando os pobres, William?

WLevy —Chamamos de relações públicas, Maite, e não posso levar o crédito, pois isso é do departamento de Ucher. — Ele sorriu. — Na verdade, estou me divertindo.

MPerroni —Sorte sua! — disse ela, demonstrando toda a insatisfação. Olívia riu e Maite tomou seu lugar, lembrando-se da audiência curiosa. E se ele já tivesse dito a Olívia? Se ele a deixara preocupada... — Esta é...

SrªSiller —Nós já nos apresentamos, querida — cortou a anciã. — Ele é muito mais bonito do que dizem, não é?

MPerroni —Ele acha que sim, com certeza.

SrªSiller —Maite, vai constranger o Sr. William Levy! — repreendeu a velhinha, admirando William da cabeça aos pés.

WLevy —Eu aviso quando chegar ao limite — assegurou William, galante.

Olívia deu uma piscadela.

SrªSiller —Aposto que avisa. Ora, ela gostou dele, pensou Maite, observando-os. Era só o que me faltava! — Maite sempre o chama de Sr. William Levy? — indagou Olívia.

Maite reprimiu um gemido. William aproveitou para provocar:

WLevy —Não na... Maite sentiu o suor nas costas. Se ele dissesse cama, ela morreria! — Na relação cotidiana.  completou ele, finório. — Você está vermelha, Maite. Muito sol? indagou, debochando. — Devia usar um chapéu...

Ele notou os reflexos mais claros nos cabelos castanhos. Estava linda no vestido de verão, in­suflando-lhe o desejo. Maite captou o olhar de lobo e irritou-se. William sorria, como se soubesse que bastava isso para ela se derreter. Presa naquele olhar e nas possibilidades que sugeria, ela não reparou de imediato na movimentação a pouca distância.

SrªSiller —É Ximena Navarrete — explicou Olívia a William.

A exemplo de outros, ele se voltou para ver a mulher embriagada que avançava perigosamente por entre as mesas muito próximas. Maite franziu o cenho ao ouvir a risada estridente da mulher. Discreta, desviou o olhar rapidamente.—  O marido a abandonou há alguns meses e ela vive bebendo— informou Olívia, olhando a mulher que se aproximava.

WLevy —Que triste — observou William, atentando a Maite, que estava muito pálida.

SrªSiller —Estou surpresa por ele não ter feito isso antes — conti­nuava a anciã. — Não acha, Maite?

MPerroni —Não sei. — Ciente do escrutínio de William, ela se inclinou para pegar um brinquedo que caíra do carrinho. O som do rebuliço se intensificava, cada vez mais próximo.

SrªSiller —Maite... Maite? — Olívia franziu o cenho, desolada. — O que está fazendo debaixo da mesa? Ou eu não devia perguntar? Maite ouviu a risada de William ao se reerguer, corada devido ao esforço.

WLevy —Você recuperou a cor — observou William, satisfeito. Como não queria olhar para ele, Maite acabou cara a cara com Ximena Navarrete.