Fanfic: Reencontro LevyRroni | Tema: Levyrroni

Maite acompanhou a retirada da mãe, preocupada. Ela não era mais tão jovem...

MPerroni —Não deveria ter contado sobre as bebedeiras do Eugenio... Sua expressão era de autocondenação. — Ela adorava Eugenio.

Dulce —Nós todos adorávamos, mas acredito que mamãe adore você muito mais.  respondeu Dulce. — É difícil descobrir, de repente, que não notamos que alguém que amamos era miseravelmente infeliz.

Maite não pensara nessa possibilidade e ficou surpresa.

MPerroni —Eu não era infeliz, propriamente...

Dulce —Claro que não. Você era passiva. Que mulher não seria com um marido que bebia até cair? Maite enrubesceu. Posto daquela forma, tornava-se uma már­tir por ter suportado a situação por tanto tempo... Era difícil explicar para alguém de fora que a situação não se deteriorara da noite para o dia, que fora um processo gradual.

MPerroni —Houve bons momentos também. observou ela.  Dulce meneou a cabeça, inconfor­mada.

Dulce —Eu costumava rir quando Eugenio chamava você de minha pequena moreninha. Ele era encantador...

MPerroni —Eu sei e ele tinha boas qualidades.

Dulce —Você merecia muito mais!  vociferou Dulce. Maite tocou-se com a revolta da irmã. — Ucher disse que eu não devia interferir, que não devia mencionar nada. Mas acho que você tem o direito de saber a verdade... Não, que nós saibamos o que está acontecendo, exatamente.

MPerroni —Não sei do que está falando.

Maite desconfiava de que não gostaria do que Dulce tinha para contar.

Dulce —Sabia que William voltou da vila na semana passada... Bem, não estava sozinho. Maite sentiu o coração disparar e mascarou a reação. Dulce considerou o silêncio, um incentivo para continuar. Felizmente, do contrário, Maite teria que perguntar! — Essa mulher... Ela se chama Elizabeth... Estava com ele... — Bonita, claro. Dulce assentiu, atenta à expressão da irmã. Maite não pa­recia arrasada. Talvez Ucher estivesse enganado e ela não es­tivesse apaixonada por William. Suspirou, aliviada. —Aparentemente, os Levy conhecem a família. O pai dela negociou bastante com o pai de Ucher, no começo. Ela está na casa da família nas montanhas. Não era preciso ser gênio para deduzir que a bela não ficara sozinha! Maite manteve a expressão neutra. — Ucher diz que Elizabeth e William sempre foram bons amigos, mas sem romance, até agora...  comentou Dulce. Ele não parecia interessado... Mas ela ficou atrás dele, servindo-o como se ele fosse incapaz de erguer uma xícara. — Apoie-se em mim, William... imitou ela, adotando um sotaque. — Você não devia fazer esforço, querido... Acho que ela queria poupá-lo para mais tarde!  observou, maliciosa, Dulce então arregalou os olhos, arrependida. — Isto é... Não sei se eles iam... Você sabe...

MPerroni —Dançar rock`n`roll?  questionou Maite, alheia. —William não era o tipo que se apoia em nada. Mas talvez com Elizabeth seja diferente...

Dulce —Exatamente! Eu sei que ele machucou o tornozelo, mas não significa que é incapaz! Claro que não!

MPerroni —Ele machucou o tornozelo? — Nessa circunstância, a lógica lhe dizia que devia se alegrar com a dor e o desconforto de William, porém, sentiu ansiedade.

Dulce —Sim, eu não lhe contei? Ele já está bem agora, até dirige. Bem, provavelmente, essa moça não é nada... Mas achei que você devia saber...

MPerroni —Não é da minha conta com quem William anda. Maite riu, descontraída demais, percebeu, ante a expressão descon­fiada de Dulce. — Nós não rompemos amigavelmente. As mulheres caíam em cima de William. Ele era um sedutor. Por que ele insistiria em alguém como ela?               

Dulce —Aprecio a sua preocupação em me contar. Sei que William é seu futuro cunhado, mas há assuntos mais importantes em que pensar agora. Por exemplo, o que vou fazer com Gabriel no sábado?