Fanfic: Reencontro LevyRroni | Tema: Levyrroni

William abre a porta do carro e coloca Gabriel na cadeirinha, e espera Maite entrar.

 Ele dá partida no carro. Eles seguem ao Hotel para o noivado de Dulce.

MPerroni —Isso foi um trovão? Maite olhou pela janela para o céu nublado, desconfiada. O ar-condicionado do carro aliviava a umidade de fora.

WLevy —Parece. Não se preocupe, o carro é o lugar mais seguro para se estar numa tempestade. Estamos aterrados.

MPerroni —Não está sendo otimista?  desdenhou ela. — Eu não planejava ser atingida por um raio.

WLevy —Isso não é algo que se planeja — rebateu ele.

MPerroni  — Não temos condições extremas no clima...

WLevy —O que você dizia? provocou ele, quando pedras de granizo começaram a bater contra o para-brisa.

MPerroni —Nossa, que pedras grandes! exclamou Maite, bem alto para se sobressair ao barulho do granizo. — Nunca vi nada igual. Não vai quebrar o vidro, vai?

WLevy —É pouco provável.

Maite sabia que a melhor forma de ensinar uma criança a superar seus medos era através do exemplo. Portanto, não era hora de confessar que jamais gostara de trovões. Aliás, nunca era hora de mostrar qualquer fraqueza para Gabriel! E os relâmpagos! Tentou não se encolher quando um raio iluminou o interior do carro.

MPerroni —Eu conheço um atalho — anunciou. — Ou talvez seja melhor pararmos e esperar passar...

WLevy —Diga o caminho, Maite.

Maite ficou satisfeita com a escolha dele, não queria ficar ali em campo aberto por mais tempo que o necessário. Apesar da péssima visibilidade, William não teve di­ficuldade em seguir as instruções. O avanço pelas vias locais foi lento, pois ele teve até de sair do carro para remover galhos do caminho. —O que é isso? Indagou ele, brecando o carro.

MPerroni —Um fundo de vale.

Havia um pequeno caudal que parecia mais turbulento do que o normal... Mas William preocupava-se por nada. Mais alguns minutos e estariam no hotel e fora daquela tempestade.

WLevy —Estou vendo — ironizou ele. Repetia-se a situação em que ele e Maite se conheceram, unidos por uma tempestade numa noite amarga. De novo! Isso significaria alguma coisa?

MPerroni —Se sabia que era um fundo de vale, por que pergun­tou?  disparou ela. — Acho que não é o momento de se descontrolar.

WLevy —Descontrolar? — repetiu ele, transtornado e deu outra risada.

MPerroni —Qual é a piada? Também quero rir. Qualquer um que achasse aquela situação engraçada estava fora de si.

WLevy —Vou tentar não enlouquecer de vez.  prometeu ele, so­lene. — Diga-me, não lhe ocorreu que não é uma boa idéia atravessar um fundo de vale no meio de uma tempestade?

MPerroni —Não é um rio — desdenhou ela. — E um veio d`água.

WLevy —Sugiro, querida, que veja melhor. Maite olhou e engoliu em seco.

MPerroni —Bem, está mais veloz que o normal... Aonde você vai? gritou, quando ele abriu um pouco a porta. William saiu.

WLevy —Vou ver se está muito fundo.

MPerroni —Você vai se molhar!

WLevy —E arruinar meus cabelos também, provavelmente... — ironizou ele.

MPerroni —Eu lhe garanto que esse fundo de vale sempre é transponível. disse ela, teimosa.

WLevy —Não que duvide de seu conhecimento do local, mas prefiro confirmar por mim mesmo. É típico!, pensou ela, amuada, quando ele desceu e fechou a porta.