Fanfic: Reencontro LevyRroni | Tema: Levyrroni

O telefone tocou.

XXXX — Sra. Perroni?

Houve uma pausa, pois era sua vez de se identificar. A pessoa do outro lado da linha o indagou novamente, desta vez, em tom impaciente. Maite recuperou-se do susto. A semelhança era impressio­nante, mas as vozes saíam distorcidas ao telefone.

MPerroni — Maite Perroni — confirmou, a voz calma, as mãos suadas e você é quem?

WLevy — Willian Levy... Irmão de Ucher...

MPerroni — Sei quem é, Sr. William Levy. — Ela só não imaginava por que ele a procurava.

WLevy — Precisamos conversar.

MPerroni — Sobre?...

Houve uma pausa, como se ele ficasse surpreso com a pergunta rude.

WLevy — Acha que sua irmã deve se casar com meu irmão? — Questionara como se discutisse preço de ações.

Maite retraiu-se. Não era assunto dela, nem dele, e era isso o que devia lhe dizer, aquilo era assunto deles e dos pais.

MPerroni — Não — declarou, segura.

WLevy — Interessante... — Quer se encontrar comigo para almoçar? — convidou William, meio rude.

MPerroni — Eu não posso... Meu filho...

Ela sabia que parecia vaga e vulnerável, o tipo de pessoa que acabava concordando com as expectativas dos outros, e não gos­tava disso. Ainda sentia um aperto no estômago, porque a voz de William Levy  lhe despertava lembranças enterradas.

WLevy — Tudo bem, eu vou até a sua casa.

MPerroni — Você não sabe onde eu moro — lembrou Maite, com a impressão de que tentavam manipulá-la.

WLevy —  Oh, sei, sim, Sra. Perroni...

O tom sugeria que ele sabia muito mais. Ao desligar, ela se sentia atordoada. Tudo o que sabia sobre William Levy, além das ações Perroni que ele tinha comprado e da história de sucesso que todos conheciam, e o que Dulce conseguira arrancar do namorado Ucher que parecia temer o irmão. Ofereceria chá? Pensou Maite, William Levy provavelmente torcia o nariz para chá em saquinhos.

MPerroni — E duvido que ele chupe o dedo, Gabriel — comentou com o filho, limpando seu rosto e dedinhos grudentos que ele chupava após a mamada. — Hora da soneca, mocinho.

Atenta aos balbucios de Gabriel transmitidos pela babá eletrônica, recolheu os brinquedos largados no chão da cozinha e acondicionou numa caixa própria. Tratava-se de uma atividade que realizava várias vezes ao dia, meio automaticamente, pen­sando em outros problemas. O que William Levy queria? Apesar de achar que Ucher era a última pessoa com quem Dulce devia se casar, sentia-se indignada por alguém da família dele compartilhar sua opinião! Estaria protegendo a fortuna dos Levy de moças ga­nanciosas? Olhou-se no espelho. Estava levemente corada, devido ao exercício físico e à ir­ritação. Contemplava a si mesma sem interesse nenhum. Em poucas ocasiões, após a morte de Eugenio e o nascimento de Gabriel, olhara-se como mulher... No momento, era apenas a mãe de Gabriel. Ela era muito bonita e sabia que seu corpo feminino chamava muito a atenção dos homens e não gostava de causar esta admiração aos homens. Decidiu permanecer de camiseta desbotada e calça jeans, pois a visita não esperava que ela se arrumasse para impres­sioná-lo. Ao excluir o sexo de sua vida, diminuíra todos os seus problemas. Se Gabriel não estivesse dormindo, deixaria a campainha tocar só para enfatizar o que não gostava de receber visitas de última hora.   Restava-lhe adotar uma expressão distante antes de abrir a porta. O mundo estava maluco... Ou talvez, ela estivesse! Apertando os olhos, meneou a cabeça negativamente e foi em direção a porta.

Ela abre a porta e sem perceber tinha ficado um brinquedo de Gabriel no chão da sala,  ela da um escorregão e com as pernas bambas, acabou caindo sentada no chão... Olhando para cima, confusa. Não havia ninguém à porta, talvez fosse uma alucinação.