Fanfic: A Better Path | Tema: vondy, hot, rbd

A Better Path

Lagrimas desciam pelo meu rosto assim como as gotas da chuva, sentia o gosto estranho das lagrimas juntas a chuva numa mistura triste.

Apenas uma palavra cabia em minha cabeça: NÃO.

Não vou fazer novamente.

Não quero mais isso.

Não agüento mais.

Não posso desistir.

Não devia ter prometido.

Não mereço. Ela não merece.

Era por ela que eu vivia a única pessoa a quem eu amava a única pessoa que eu não queria matar. Mãe, às vezes até mesmo ela me trazia tormento, ter como mãe a única pessoa a quem você não odeia.

Continuei meu caminho do nada para o nada, chorando por viver, chorando por não poder acabar com tudo aquilo, havia prometido para mim mesma nunca mais me cortar, acabar com tudo não era mais uma opção, eu mesma havia decidido que tudo muda nada é eterno, se o que é bom acaba porque o ruim também não?

O chão escorregadio pela lama me fez cair varias vezes, minha roupa com certeza estava estragada, além de coberta de lama.

Olhei meu pulso, todas as cicatrizes, todas as falhas de suicídio.

As gotas caiam nos pequenos traços que cortei com tanto gosto e desespero.

Sentei na calçada encostada a parede, o telhado avantajado da casa me protegia um pouco da chuva, enrolei um cigarro...

Christopher narrando:

Estava pegando uma grande hora extra no restaurante, precisava muito do dinheiro.

Scarlet me apontou uma mesa com o lápis ainda olhando o computador, entendi o recado e fui pegar os pratos dos jovens que acabaram de sair do restaurante

Enquanto eu esfregava a mesa com a flanela, tentando me livrar de uma insignificante manchinha, foi ouvido um estrondo da porta se abrindo, o barulho da chuva agora muito forte eram mais audíveis.

Eu assim como todos no restaurante, olhei para a porta, vi uma garota, mais ou menos da minha idade, coberta por lama e com aparência sofrida e cansada.

A garota encharcada e suja caiu ao chão.

Corri para segurá-la.

Dulce narrando:

Depois de muitos cigarros eu já não era mais dona de mim, maconha era a única coisa que me alivia, depois dos cortes, é claro, mas eles estão fora de questão, sai andando pela chuva, ainda chorando, até encontrar um restaurante aberto, curioso, já é meia noite.

Entrei, e quando o fiz, escorreguei na minha própria lama, caindo.

Alguém veio me acudir.

– cacete. – xinguei entre dentes.

– você esta bem? – perguntou alguém.

– pareço bem pra você?- ironizei, zangada

– calma, deixa eu ajudar você. – falou tentando me levantar pelo braço.

– eu levanto sozinha – rugi, puxando meu braço e tentando levantar, escorregando novamente e batendo o queixo no chão.

– claro que sim, agora, anda logo, vem – e me puxou novamente.

Com a ajuda do garoto, me pus em pé, ainda apoiada no meu ajudante, em minha opinião desnecessário.

– eu teria conseguido...

– sozinha – me interrompeu – eu acho que não. Vem senta aqui.

Me colocou em um banco.

– quero uma cerveja – reclamei.

Ele bufou

– pra ficar pior ainda? Nem sonhando, você é muito rabugenta.

– vou anotar na minha lista de coisas ruins que as pessoas acham de mim, opa – me fiz surpresa – a lista ta cheia, volte amanhã.

Meu ajudante rolou os olhos

– me deixa lavar seu rosto, ta sujo de lama. – ofereceu

– eu sei me virar, me da logo uma cerveja que eu vou atrás de um taxi.

Ele sorriu e negou com a cabeça.

– realmente rabugenta, vamos fazer o seguinte: te levo ao banheiro, você tira toda a lama que puder, depois te dou uma carona, por que por aqui a essa hora não tem taxi.

Não me deixou responder, me puxou até uma porta e me empurrou para dentro do banheiro.

Tirei toda a lama do meu rosto e cabelos na pia; lavei meus braços e tirei umas onze mãos de lama da minha roupa.

Sentei na privada com tampo abaixado, e suspirei, logo arrumei outro cigarrinho e fumei

De repente a porta se abre, o carinha aparece.

– o que é isso?

Tentei apagar o cigarro ou esconde-lo rapidamente, missão fail

– então é por isso que você veio parar aqui? – tomou o cigarro das minhas mãos

– devolve – rugi tentando pegar de volta o cigarrinho, ele agarrou meu pulso e olhou minhas cicatrizes.

– você tem problemas – deduziu depois de um tempo.

– ninguém pediu sua opinião. – reclamei, recuperando minha maconha e a levando a boca.

– para com isso – insistiu pegando meu bagulho e jogando no chão

– qual é a tua? – aumentei o tom de voz levantando e notando que eu era uma anã comparada ao cara.

– desculpa por te ajudar a não ferrar com teu pulmão – ironizou

– esse é o problema, malditos enxeridos, eu nunca pedi a ajuda de nenhum desses miseráveis! – berrei

– abaixa a bola! Ninguém fez por mal!

– ata – resmunguei, pensando comigo, então não fizeram por mal tudo o que eu sofro enquanto riem pelas minhas costas.

– vem, vou te levar pra casa – informou

– já disse, eu me viro, pego um taxi, buzu, metrô, moto tax, riquixá ou até jatinho, mas eu não vou sair daqui com um desconhecido. – redargüi

Ele bufou e sem a mínima delicadeza, sem nenhuma mesma me puxou pra fora do banheiro.

– Scarlet, fecha tudo que eu vou entregar essa daqui. – informou para uma das garçonetes que assentiu com a cabeça

– me larga! – rosnei enquanto era puxada com força até a saída da lanchonete.

Mariane Regis: sim, o Christian ainda to pensando, não sei se quero ele por essa fic, ele ta encrenqueiro de mais pro meu gosto.