Fanfic: A Better Path | Tema: vondy, hot, rbd

Capitulo aprovado na inspeção Annie Régis

Levei Dulce para minha “casa”, a pensão onde eu morava, o lugar era da minha madrinha, ela me deixou ficar lá para eu completar os estudos na capital, pois o ensino da minha cidade é horrível

Entrei na suíte que eu fazia de casa, lá tinha tudo, um fogãozinho, frigobar, TV, cama, resumindo era como uma mini casa

Coloquei Dulce deitada no sofazinho de couro

– acorda, vai, acorde logo – a balancei de leve

Lentamente vi suas perolas verdes se abrindo

– papai Noel? – perguntou – eu não queria uma Barbie seu filho da puta, queria cachorro. – resmungou meio sonâmbula.

– fica para o ano que vem, agora acorda! – a balancei pelos ombros

Ela acordou dessa vez

– enlouqueceu me solta. – rosnou

– se acalme Dul.

– você tem um sotaque engraçado – bipolarizou

– é sueco e canadense, papai e mamãe, é uma historia bonita.

– você fala como se tivesse catarro, sotaque nojento – reclamou, eu sorri de canto.

Levantei e fui até o fogão, pus uma chaleira no fogo e um pouco d’água

{...}

– sabe Dulce, você é insuportável. – falei enquanto servia café numa xícara

– é, devo ser muito mesmo. – deu de ombros, fique observando seus grandes olhos verdes e seu cabelo único, observei quando se queimou com café e me chamou de filho da puta, pa|u no c|u e disse que nem o cac|ete merecia sua vida e que ainda se queima com um café doce de mais, observei ela reclamar

– ta fazendo o que? – rosnou

– admirando você.

– então para – fez bico – dá medo

– te dou medo?

– um pouco, você não é franzino e magrelo como o Steven

– quem é Steven?

– um maluco que gostava de me encarar que nem você.

– Me fala da sua vida – falei sentando no sofá e pondo seus pés em meu colo

– resumindo: miserável e piadista.

– piadista?

– sim, ela acha cômico me ver feliz e me arrancar tudo de bom, acha maravilhoso quando tento me matar por não agüentar mais. É um humor peculiar, mas é o da minha vida. – disse amargurada, suspirou – mas, e a tua?

– resumindo: agitada e surpreendente

– surpreendente? – olhou para o teto

– não acho que sua presença tenha sido planejada

– mas tem que confessar que é uma ótima surpresa – brincou

– sim, é sim. – confirmei com sono – estuda onde?

– no Elite, um colégio horrível

– serio? Estudo lá também, como nunca te vi? – uma pena nunca ter a visto

– não sou uma pessoa que as pessoas queiram conhecer, devia agradecer.

– você é legal, - constatei – deve ter vários amigos por lá.

Ela gargalhou sonoramente por uns 3min

Recuperando o fôlego mais ainda rindo

– ninguém lá tem amigos, são todos uns falsos esnobes, curtem me chamar de faveladinha – fez cara de nojo – mas é melhor do que ser riquinhos miseráveis como eles, grandes hipócritas! Sou mesmo da favela, meu sangue é de lá. – falou banhada de nostalgia

– então por que veio parar aqui?

Me contou o motivo de estar naquele beco escuro que eu a encontrei, ela havia brigado com uma garota na festa que estava, a garota havia chamado seu pai de favelado e seu irmão de delinqüente, enquanto contava Dulce me parecia raivosa.

Ela me contou toda sua historia, sorrindo quando falava do pai, dos manos e minas, como ela chamava seus amigos e com um sorriso ridiculamente grande quando falava do irmão, seu ídolo, seu espelho, mas falava com grande amargura do divorcio, das mortes, da mudança e das despedidas.

– então, você perdeu todo o contato com eles? – ela assentiu de leva com a cabeça – não tem amigos?

– não, me contento com o tumulo do meu hamster, minha mãe, minha gilete, minha maconha e meus livros. –deu de ombros

– você tem problemas

–exato! Você nem me conhece, alem de drogada e suicida posso ser uma pervertida sem noção, uma psicopata, raquítica ou até mesmo ninfomaníaca!

–não me importo se for ninfomaníaca, posso até te ajudar - sorri descaradamente.

–hahaha, comeu um humorista? – rosnou

{...}

– está amanhecendo – observou pela janela deitada na cama ao meu lado

– pois é, devem estar preocupados contigo – ela me olhou e negou com a cabeça

– não muito, - suspirou – não o bastante para quererem realmente que eu volte.

– eu quero que você volte. – confessei, sua presença era ótima, eu perdi o sono, pois nem ele seria capaz de interromper nossa conversa que durou toda a noite

– para onde? – duvidosa

– pra cá, assim que for para casa, eu vou querer que você volte.

Ela me pareceu confusa, como se eu tivesse dito a maior loucura do mundo

– está certo disso?

– estou

Ela fez uma careta e deu de ombros

O silêncio cobriu a suíte

– preciso ir. – quebrou o silencio

Annie, miguxa, Você quem manda chefia!

Debora, te dou a permissão de estar sempre aqui comigo e a annie!