Fanfic: Gotta Be You | Tema: One Direction

POVS – Maggie.
 
E não é que tão esperado dia chegou? Minha melhor amiga e eu conseguimos convencer nossos pais para que estudássemos em Alpha School nos três anos do ensino médio. Você não sabe o que é Alpha School? Pois bem, vou lhe explicar.  
Alpha School é considerada a melhor escola de toda Inglaterra, estando entre as as cinco melhores do mundo. Para os adolescentes é praticamente um paraíso, por causa das festas, raves, e todo tipo de "reunião" que adolescentes com os hormônios a flor da pele podem criar... Enfim, lá é a escola do sonho de qualquer adolescente que esteja indo para o ensino médio. Nos considere sortudas, pois Liz e eu vamos para lá.
— Vamos logo Liz, não quero me atrasar no primeiro dia — eu batia na porta várias vezes, chamando por Liz que parecia ter morrido dentro daquele banheiro.
— Já estou indo — ela respondeu abrindo a porta do banheiro. — Nunca te vi tão animada para ir a uma escola. Você odeia estudar, esqueceu ou fizeram uma limpeza cerebral em você? — Ela zombou dando uma gargalhada.
— Não aconteceu nada disso. Acho que você esqueceu que o senhor deus grego Ethan Meckerf vai estudar lá e eu não quero perder ele de vista — eu expliquei olhando pela janela de meu quarto.
— Ele já saiu? — Liz perguntou olhando pela janela junto comigo.
Ethan Meckerf era meu vizinho, além de ser o garoto mais lindo e mais desejado de todo mundo. Ele era alto, corpo atlético, olhos castanhos e a pele bem clara. Tinha os cabelos lisos de cor castanha e os fios estavam sempre bagunçados. Seu sorriso fazia qualquer pessoa se derreter por ele, até mesmo uma velha cega.
Para a minha grande sorte, ele iria estudar na Alpha School também. E eu continuava na esperança de ter uma chance com ele – tenho essa esperança faz dois anos.
— Ainda não, pelo ao menos não vi. Ele deve ter saído quando eu berrava para que você saísse desse banheiro — resmunguei pegando minha bolsa.
— Você parece uma velha reclamando Maggie — Liz disse descendo as escadas junto comigo.
— Ethan é o amor da minha vida, preciso conquistá-lo — parei e olhei para Liz. — Você sendo a minha melhor amiga deveria me apoiar.
— Como sua melhor amiga eu deveria te mostrar a verdade, e você sabe muito bem a minha opinião sobre essa paixão pelo Ethan deus grego.
— E qual é? — Arqueei uma sobrancelha.
— Vocês foram feitos um para o outro — ela sorriu falsamente. Eu sabia muito bem que Liz não apoiava nem de longe meu amor por Ethan, talvez porque ele seja um deus grego pegador de todas as garotas fúteis. — Ou não — ela murmurou enquanto saímos da minha casa.
Saímos da minha casa e fomos até a garagem onde meu pai nos esperava. Entramos no carro e nos aconchegamos, pois a viagem iria ser bem longa até a Alpha School.
 
Quando chegamos lá estava começando a anoitecer. O portão para o “paraíso” era enorme e a escola era protegida por um muro alto e várias torres com seguranças. A minha primeira impressão era de que Alpha School parecia mais uma prisão do que uma escola. Meu pai foi até a secretaria nos deixando no estacionamento enquanto pegavámos nossas coisas.
— Esse lugar me dá arrepios — disse Liz olhando amedrontada toda a estrutura do colégio.
— Infelizmente, tenho que dizer que você é uma fraca — eu disse rindo. — É só uma escola Liz. Não é o castelo do terror não.
— Ah vai ver se eu estou na esquina — a loira resmungou entrando no colégio.
— Não está, porque o lixeiro já passou por lá — eu berrei fazendo com que ela me ouvisse.
Educadamente Liz mostrou o dedo para mim, ouvi uma risadinha e depois alguns xingamentos. Voltei para o carro e peguei minhas bolsas. Ouvi algumas risadas abafadas vindo da parte escura do estacionamento. Um arrepio de medo percorreu minha espinha. Fiquei observando o local por alguns minutos até que percebi que aquilo era loucura. Era impossível ter algo de errado em Alpha School com todos aqueles seguranças. Dei de ombros e fechei a porta do carro. Quando olhei pra frente dei de cara com um garoto que me olhava atentamente. Automaticamente dei um passo para trás.
— Puta que pariu — falei colocando a mão no coração. — Quer me matar de susto?
— Desculpa — ele disse segurando a risada. — Só vim ver se estava tudo bem contigo já que estava olhando sem parar para a escuridão — ele disse apontando para o canto escuro do estacionamento, da onde tinham vindo as risadas.
— Você deve ter se confundido — eu falei andando em direção a secretaria. — Eu estou bem.
— Tem certeza? — Ele perguntou com um tom de provocação e ao mesmo tempo dúvida na voz.
— Absoluta — afirmei virando para trás e olhando fixamente seus olhos. — E a propósito, vai cuidar da sua vida — dei um sorrisinho falso e continuei andando em passos largos.
Enquanto me afastava do garoto estranho ouvi mais risadinhas, dessa vez mais alto. Não virei para trás porque não queria me passar de louca na frente daquele babaca e muito menos dar razão a ele.

Enquanto meu pai pegava a chave de nosso novo lar eu e Liz ficamos esperando sentadas do lado de fora da secretaria.  
— Ah, oi meninas, vocês estão aí — era meu pai. — Bom, aqui estão os papéis com todos os seus documentos necessários para ficarem aqui. Vão para seu apartamento e descasem. Alguns funcionários já foram colocar as coisas de vocês lá. Amo você filha, tome cuidado, qualquer coisa me ligue — ele me deu um abraço forte e um beijo na testa. — Se cuide você também Liz.
— Obrigada papai, amo você também — eu disse sorrindo. Eu iria sentir a falta dele e de minha mãe também.
— Tchau tio, até outro dia, nós vamos ficar bem — Liz me abraçou pela cintura.  
Meu pai foi para o estacionamento e Liz e eu fomos para o nosso dormitório, que era o número 0103.  
Passando pelos corredores, encontrávamos alguns estudantes, mas a maioria estava dentro de seus dormitórios aonde era mais quente e confortável. Ao chegarmos ao nosso dormitório, Liz pegou a chave e foi abrir a porta, enquanto isso continuávamos cantando Break Free da Ariana Grande, até que a porta ao lado se abriu.  
— Façam silêncio, tem gente querendo dormir, sabia? — Era impossível eu não reconhecer aquela voz.  
Era Ethan quem estava dando um puxão de orelha em nós por conta do barulho. Minhas pernas ficaram molhes e eu senti minha boca ficar seca. E essa era mais uma de minhas paralisações causadas pela beleza do deus grego Ethan.
— Foi mal Ethan, estávamos apenas comemorando — Liz disse conseguindo abrir a porta do apartamento.
Ele nos lançou um olhar desconfiado.
— Vocês estão estranhas — ele disse cruzando os braços. — Por algum acaso passaram em uma festa rave antes de virem para cá?
— O quê?! — Perguntamos juntas.
Ethan riu alto. Ele com certeza estava tirando uma palhinha da nossa cara, só porque somos as novatas do colégio e ele o gostoso deus grego popular.
— Vocês continuam as mesmas — Ethan deu aquela jogadinha de lado com o cabelo, me fazendo delirar.  
— Esse garoto não está bem, só pode ter comido uns cogumelos alucinógenos — sussurrou Liz para mim.
— Também acho — fiz uma careta olhando para o estado do garoto.
— Enfim, boa noite calouras — ele deu um piscadela para mim e entrou em seu apartamento.
Eu fiquei boquiaberta, tentando dizer alguma coisa. Mas o que eu diria? Só um “boa noite” ou “boa noite e até amanhã”, ou melhor, “boa noite, tenha bons sonhos e até amanhã”? Acho que a última opção ficou muito íntima e nós não somos íntimos então... Meus pensamentos foram interrompidos por Liz que me puxava pelo braço para dentro do nosso novo apartamento.
— O que você está fazendo? Ficou louca é? — Perguntei me soltando dela.
— Você ia ficar plantada no meio do corredor pra sempre, só pensando naquele babaca! — Liz disse trancando a porta.
— Eu não ia fazer isso, eu só estava... — fiz uma pausa. — Ah, deixa pra lá.
— É deixa pra lá mesmo e vamos conhecer o nosso lindo apartamento — ela jogou as chaves em cima de uma mesinha que havia perto da porta.
O apartamento não era tão grande como tinham prometido, mas era do tamanho certo para duas garotas. A porta de entrada ficava em uma sala aonde do lado direito haviam dois sofás – um médio e um grande –, uma televisão e uma porta janela onde ficava a varanda. Do lado esquerdo havia uma mesa, uma porta e um corredor. A porta ia para a cozinha e da cozinha dava para ir em uma pequena área de serviço. O corredor era pequeno e largo contendo quatro portas. A primeira porta a esquerda era o banheiro e o resto das portas eram quartos.
— Pelo ao menos teremos um quarto para fazer de closet — disse Liz sorrindo.
Colocamos nossas malas no quarto onde seria o nosso closet – para nós, aquele era o menor quarto. Liz preferiu ficar com o quarto que ficava no final do corredor e eu fiquei com quarto que sobrou, que era o quarto que ficava de frente para o banheiro.

Enquanto Liz arrumava suas coisas no closet, eu fui para cozinha procurando algo para comer. Para a minha grande sorte os armários estavam vazios e na geladeira tinha apenas garrafas d’água com o nome da escola nelas.
— Liz, comprou alguma coisa para comermos? — Eu berrei.
A minha querida e amada amiga me ignorou. Como eu adoro quando ela faz isso. Peguei uma das garrafas d’água e fui para o quarto dela, procurando-a. Encontrei ela, sorrindo para o celular.
— ELIZABETH! — Berrei, tirando a concentração de Liz.
— O que foi? — Ela perguntou mal humorada.
— Estou te chamando faz séculos e você nem pra me responder, né mocréia — resmunguei me sentando ao seu lado na cama. — Com quem está conversando? — Fiquei olhando para seu celular.
— Desculpa, é que eu estou tentando me atualizar sobre a Miley no twitter e... — ela olhou para o monitor do celular e sorriu. — Ela é perfeita cara.
Já disse que a Liz é uma grande fã de Miley Cyrus? Não? Então, ela é uma grande fã da Miley, provavelmente a fã número um. Liz é viciada nessa garota.
— Eu sei disso. Mas temos um grande problema — tomei um gole d’água.
— Qual problema? — Liz tirou os olhos do celular e ficou me olhando.
— Não temos comida, somente garrafas de água — disse mostrando a garrafa que eu segurava nas mãos.
— SEM COMIDA? COMO ASSIM? — Liz jogou o celular na cama e se levantou correndo para a cozinha.
A segui indo também para a cozinha. Liz abriu a geladeira e olhou boquiaberta.  
— COMO EU VOU SOBREVIVER SEM COMIDA? MEU DEUS, ISSO É O APOCALIPSE — ela berrou se apoiando na porta da geladeira e fazendo um drama de primeira classe. — Não vivo sem comida. Comida é a minha segunda vida. Oh céus, irei morrer sem comida até amanhã — ela choramingou.  
— Corrigindo: nós iremos morrer sem comida até amanhã — eu disse jogando a garrafa de água em cima da mesa.
— Espera aí... — Liz fechou a geladeira e me olhou pensativa. — Acho que tenho comida reserva na minha mochila.
— COMO VOCÊ NÃO ME DISSE ISSO ANTES? — Eu berrei querendo voar no pescoço dela. — NÓS PODIAMOS TER MORRIDO, SABIA?
— Eu sei — ela disse assustada.  
Juntas, corremos para seu quarto e assaltamos sua bolsa. Comemos algumas barras de cereais e um pouco de chocolate.
— Será que está passando alguma coisa de bom na TV? — Liz perguntou com a boca cheia de chocolate. Sua voz saiu engraçada e eu tive que rir, fazendo voar chocolate na cara dela.
— Desculpe, foi sem querer — eu disse segurando o riso.
— Sei — ela falou com um olhar vingativo.  
Ok, eu vou me ferrar na mão da Liz. Minutos depois de ficar sobre o olhar vingativo dela, fui atacada por essa louca. Foi o maior ataque de cócegas que eu já sofri na minha vida. Comecei a rir sem parar.
— Liz para eu estou... — fiz uma pausa porque estava sem ar. Depois continuei rindo. — Eu estou sem ar e... — outra pausa por conta da falta de ar.
Depois de mais ou menos dez minutos implorando para ela parar, Liz terminou o ataque de cócegas e se jogou na cama, ao meu lado.
— Você é retardada — eu disse quase sem fôlego.
— Também te amo — ela riu me dando um tapa leve de brincadeira em meu rosto.
Ligamos a TV e ficamos assistindo algumas séries legais e depois fomos dormir juntinhas na cama de casal do quarto grande da Liz.