Fanfic: La Vida Despues de Ti | Tema: La fea mas bella

-Por favor, deixe eu te levar embora?- Ele se aproxima do rosto dela.

-Obrigada Miguel! Mas prefiro ficar sozinha.- Ela abaixa a cabeça.

-Promete que irá ficar bem? Eu não sei o motivo de tanta dor e tristeza, mas não merece suas lágrimas minha princesa!- Ele levanta a cabeça dela, para olhar firme nos olhos.

-Já passa... Estou acostumada com isso!- Ela sorri enquanto limpa as lágrimas.

-Vou te ligar mais tarde, e por favor me atenda!- Ele sorri e aproxima seu lábio da bochecha dela, deposita um beijo demorado.

-Até mais! E muito obrigada.

Angelica dá as costas para Miguel, sem ao menos olhar para trás. Ele encosta na parede, repousando seu pé sobre e mesma, e coloca as mãos nos bolsos da calça, enquanto observa Angelica andar.

A ambulância chega no salão de festas da televisa, para atender Heidi que permanecia desacordado no chão. Jaime com o corpo totalmente parado, olhando para a Heidi, vira para o lado e toma o copo de wisky que estava na mão de Augustín e bebe tudo em um único gole. Angelica Maria espantada se aproxima dele.

-O que você fez Jaime?- Ela leva as mãos na cabeça.

-Eu perdi a cabeça! Essa mulher é um demônio!- Ele aponta para o corpo no chão.

-Vamos sair daqui, antes que a imprensa caia matando em cima de você.

-Eu quero que se foda todos, ninguém sabe o inferno que essa desgraça causa na minha vida!

-Vamos Jaime! Agora!- Angelica Maria é firme com ele, e o puxa pelo braço.

Os fotógrafos vão se aproximando de Jaime, querendo informações sobre o ocorrido, mas ele se nega a comentar.

-Jaime! Depois te ligo para lhe dá informações!- Augustín grita ao falar com ele.

-Se for sobre essa ai, apenas me avise onde será o enterro.- Ele diz com raiva em seus olhos.

Ele para em frente ao corpo de Heidi caido no chão, e a vontade de pisar sobre a cabeça dela tomam conta de sua mente. Ela só trouxe desgraça para vida dele. Angelica Maria o puxa com força para entrarem no carro que já estava parado esperando por eles.

No caminho ambos resolvem ficar em silêncio, Angelica Maria ouve o celular tocar.

-Jaime atende para mim, por favor!

-É a Angie, mas por que ela não ligou no meu celular?

-Não sei, vai atende logo!- Ela está nervosa, e não consegue ser paciente.

-Oi meu amor, por que não ligou no meu celular?

-Amor... Jaime?...Você pensa que eu sou idiota?- Angelica chora e demostra a raiva que sente.

-Calma Angie... o que eu te fiz?- Ele não entende a reação dela.

-Entra nas redes sociais seu palhaço, bem isso que você é! Por que fez isso comigo seu canalha?- Ela grita no telefone.

-É sobre o beijo? Não é assim....- Ela o corta.

-Não quero ouvir você seu covarde, passa para minha mãe! Agora.- Sua voz sai falhada pela misturas de sentimentos.

-Oi minha filha, o que está acontecendo meu amor?- Ela se preocupa com a filha.

-Mamãe-Ela chora Doí muito! Por que mamãe, por....- Não consegue terminar.

-Angie, filha? Meu amor fala comigo!

Angelica cai sentada no chão, o celular permanece ligado em suas mãos. Seu choro era constante, sentia-se desamparada. Miguel ao longe vê ela caida no chão, ele não pensa em outra coisa a não ser correr até ela. Alguns minutos depois ele chega e se aproxima. Ele olha para o estado dela, e sente compaixão. Miguel abaixa vagarosamente seu corpo até ficar de joelhos na calçada. Ele passa seus braços em torno do corpo de Angelica e a aperta com força.

-Angie meu amor! O que aconteceu? Fala comigo meu anjo!- Jaime grita e se desespera ao ouvir o choro auto de Angelica.

-O que você tem minha princesa? O que fizeram contigo?- Ele a abraça com força.

-Miguel, me tire daqui por favor!- Ela o olha suplicando ajuda.

-Ela está com ele, eu estou ouvindo tudo!- Jaime bate com força no painel do carro de Angelica Maria.

-Ele quem Jaime, acalme-se você precisa de tratamento, urgente!- Ela se assusta com a atitude dele.

-Vamos rápido, vou para o Brasil hoje mesmo!- Ele contrai sua mandibula, enquanto se contorce de raiva no banco do carro.

-Deixe Angelica em paz! Você já fez cagada de mais.

Miguel pega nas mãos de Angelica e a ajuda a levantar com cuidado, ele passa seu braço por tras do corpo dela, colocando sua mão em sua cintura, começam a andar.

-O que você acha de andarmos um pouco na praia? Bom para descarregar energias negativas, vamos?- Ele é carinhoso com ela.

-Eu não quero que me vejam assim, nesse estado!- Ela permanece inconsolável.

-O que tem demais? Você é um ser humano como qualquer um que aqui está!

-Você não me conhece né?- Ela olha de canto para ele.

-Sim... você é a Angelica! Tem algo que não sei?- Ele fica pensativo.

-Sim, eu sou atriz! Atriz mexicana... e a nova que eu fiz, está passando aqui no Brasil!

Miguel para seu corpo em frente ao dela, e a olha com doçura, ele sabia que Angelica não era uma simples mulher.

-Por que você está me olhando assim? Está assustado?

-Não! Mas você é muito maravilhosa sabia? Não me canso de te olhar!

-Acho melhor eu ir... Vai ser melhor!- Ela sente-se perdida.

-Não, não e não! Você não pode sair sozinha, ainda mais nesse estado! Ali tem uma baraca, vamos até lá, vou ver se acho algo para você se disfarçar!- Ele aponta para a barraca, e solta uma gargalhada alta ao olhar a cara de espanto de Angelica.

Ainda com as mão na cintura dela, eles caminham até a barraca que estava logo em frente. Miguel escolhe um chapéu branco com um laço azul para ela, e o compra.

-Aqui minha princesa! Acho que deve resolver um pouco!- Ele coloca o chapéu na cabeça dela.

-Obrigada! Mas não precisava!- A angústia tomava conta de seu coração.

-Vamos, tire seus sapatos, quero que você ande descalça na areia!

Angelica tira os sapatos, e faz o que Miguel a pediu. Ela começa a esquecer-se um pouco de sua angústia, e começa a reparar na gentileza de Miguel. Ele tentando fazer com que ela sorria, começa a cantarolá a primeira sinfonia de Mozart.

-Eu gosto muito dessa música! Parabéns sua voz grave é maravilhosa!- Ela diz enquanto chuta um pouco da areia que cobre seus pés.

-Então cante comigo!- ele faz um pouco de cócegas na barriga dela.

-Para! Não estou no clima.- Ela permanece séria.

-Vamos beber uam água de coco?

- Sim, mas logo irei embora!

Eles caminham pela areia da praia, enquanto Miguel continua cantando. Angelica para e começar a olhar intensamente para o mar. Miguel se afasta um pouco em sinal de respeito, a deixando pensar. Ela se abaixa e senta-se sobre a areia. Fica alguns minutos olhando para as ondas que vai e vem, a foto de Jaime com Heidi não sai de sua mente, ela não se controla e começa um choro desesperador e alto. Miguel ao perceber a trizteza dela, se aproxima e abaixando por detrás do corpo dela, ele segura com força em sua cintura e leva sua boca no ouvido dela.

-Abe Angelica, talvéz o mar lhe traga alegria, talvéz algumas tristezas, talvéz leve suas preocupações... E deixe somente a paz! O importante é escutar seus sussurros e deixar que eles tirem o que te faz mal, e tragam a tona o que melhor lhe couber. Deixe ele te abraçar, sinta a suavidade com a maneira que ele toca em você! Mande as lembranças negativas para o fundo do oceano, e ouça o canto da sereia, o sussurro dos anjos..." As ondas são anjos que vivem no mar"- Ele termina de filosofar e a beija no rosto.

Angelica olha para Miguel que agora estava em sua frente, e tampa com a sua mão a claridade que impede de enchergá-lo. A luz inyensa do sol, deixava a cor azul do olhos de Miguel ainda mais radiante do que era. Miguel passa as pontas dos dedos sobre a pele de Angelica, secando as lágrimas que não cessavam.

-Obrigada! Paralhas linda!- Ela sorri de canto para ele.

-É mesmo! São de um poeta brasileiro. Agora vamos beber a água de coco, por que estou com sede!- Ele faz carinho no braço dela.

Miguel muito atencioso e encantando com a fragilidade de Angelica, ele pega nas mãos dela e a ajudada levantar-se. Angelica já não chorava mais, ele conseguiu acalmá-la, desviando o foco da sua dor. Sorriem muito com as brincadeiras de Miguel, até que chegam no lugar onde desejavam.

Eles param no quisoque que vendia água de coco, Miguel leva Angelica até um banco, e dirige-se até o homem que vendia coco. Ele voltando para a mesa, percebe que o semblante de Angelica já estava voltando ao normal, ela tirou o chapéu.

-Não sabia que o sol do Brasil era tão quente!- Ela se abana com o chapéu nas mãos.

-Muito quente! Mas me conte, quero saber como é essa vida de artista, quando começou?- Ele olha fixamente para ela, com atenção.

-Como você é engraçado né? Você também é artista!- Ela faz um careta para ele.

-Sim, mas eu não atuo... e muito menos fico parado em frente as câmeras.

-Sei... sei...- ela sorri.- Eu comecei quando tinha dois anos, meus pais são artistas! Quer dizer, minha mãe, por que meu pai já faleceu!- Ao lembrar-se do pai, ela abaixa a cabeça.

-Princesa não fique assim! O meu também já morreu, e faz tempo...somos orfãos de pais!- Ele sorri terno para ela.

-E você... desde quando é músico? como começou?- Ela pergunta interessada em conhecer a vida dele.

Miguel conta um pouco de sua vida para Angelica. Sua infância não foi nada facil, sua mãe tinha um relacionamento com um homem casado e acabou engravidando dele. O pai no inicio da infância foi muito ausente, mas nunca deixou de contribuir com o dinheiro para sua eduação.

Seu talento e paixão pela música, começou aos cinco anos, quando ele estava em uma rua, e um homem com instrumento violino nas mãos, o chamou para tocar. Sem saber como manuseava o instrumento, ele o colocou apoiando no ombro, e encostando o queixo no mesmo. Começou a tocar a quinta sinfonia Beethoven inteira. As pessoas que estavam proximas deles o aplaudiam com emoção, e encantadas com a canção. Ele foi crescendo e estudou em algumas escolas brasileiras, até que conseguiu uma bolsa para estudar na universidade Juilliard School em Nova York, a maior escola de música do mundo. E depois de formado viajou o mundo para apresentar seu talento.

-Estou impressionada! Parabéns... você deve ser realmente muito talentoso.

-Obrigado! Acredito que cada um de nós estamos aqui, para fazer algo! Eu vim para explorar a música.- Ele solta uma gargalhada.

-É linda sua história Miguel! Eu amo música... minha familia respira música.- Ela diz toda animada.

-Mudando de assunto rapidamente, faz tempo que quero lhe perguntar uma coisa! Mas não sei... acho que não deve ser o momento!

-Já que começou, agora fale!- Ela é fime com ele.

-Você é bem direta hein.... Aquele homem que eu conversei no telefone, o que ele realmente é seu?- Ele fixa o olhar no dela.

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