Fanfic: Paixão Intensa-Adaptada | Tema: Alfonso e Anahí-Aya-Ponny

– Então o que fará até que Gabriel volte? – interrogou Dulce enquanto Anahí ouvia a cafeteira chiando ao fundo.
– O filho dele será meu acompanhante – respondeu sentindo um leve mal-estar.
– Acompanhante? – repetiu Dulce do outro lado da linha.
– Sim, vai me levar para conhecer os pontos turísticos e me manter entretida. Fez-se um breve silêncio e depois Dulce inquiriu:
– Ele é lindo como mostram as fotografias na internet? Infelizmente. Anahaí respondeu com honestidade:
– Em uma escala de 1 a 10 ele é 15.
– Então se as coisas com Gabriel não derem certo... – provocou Dulce.
– Mencionei que ele também é um completo imbecil? E não gosta muito de mim. Até compreendo seus motivos. – Anahí agarrou um fiapo de carpete antes que Mia colocasse na boca.
– Gabriel deseja que sejamos amigos. E eu daria tudo para Alfonso não me odiar tanto. – Anahí, você é uma das pessoas mais meigas, bondosas e generosas que conheço. Como ele pode odiar você? O problema era que ela às vezes era meiga, generosa e bondosa demais, deixando que as pessoas a pisassem. E Alfonso lhe parecia o tipo de homem que faria exatamente isso. Ou, quem sabe, já estava ficado paranoica.
– Ele é muito... intenso – confessou à Dulce. – Quando entra em uma sala... chegou. Dá um pouco de medo.
– Bem, o sujeito é um príncipe – consolou Dulce. – E Gabriel é um rei, mas me sinto sempre muito bem ao seu lado.
– Não me leve a mal, mas sendo Gabriel um homem mais velho se torna uma espécie de... figura paterna.
– Dulce, meu pai já foi o suficiente como figura paterna.
– Sim, e você já me contou milhões de vezes que as críticas dele a deixaram se sentindo um fracasso. Anahí não podia negar isso, todavia as atenções de Gabriel a faziam se sentir especial, e não estava procurando um substituto para seu pai. Na verdade, queria o oposto. No passado fora sempre atraída por homens que desejavam controlá-la e dominá-la. E o pior era que quase sempre ela permitira isso. Dessa vez desejava um parceiro. Alguém igual. Talvez o que mais a incomodava em Alfono... além do fato de ele desprezá- la... era que se parecia um pouco com os homens com quem já se relacionara.
– Não confio em Alfonso – disse à amiga. – Ele deixou claro no instante em que desci do avião que não me aprovava e algumas horas depois se ofereceu para ser meu cicerone em Varieo. Disse que fará isso por causa do pai, mas não engoli. Não teria sido amável comigo assim que cheguei se desejava mesmo agradar Gabriel?
– Acha que tentará interferir entre você e Gabriel? – interpelou Dulce.
– A essa altura dos acontecimentos não sei o que pensar. – Anahí só sabia que algo em Alfonso a deixava nervosa e detestava essa sensação, no entanto as circunstâncias a prendiam a ele até a volta de Gabriel.
– Tenho boas notícias – avisou Dulce. – Christopher me convidou para ir a Arkansas por alguns dias por causa da festa de 40 anos de casamento de seus pais. Quer que conheça sua família.
– E você vai, certo?
– Adoraria. Faz ideia de há quanto tempo não conheço a família de um namorado? Mas os pais de Chis moram em uma região remota sem grande cobertura para celulares e será difícil entrar em contato com você. Preocupo-me que precise falar comigo e...
– Dul, ficarei bem – interrompeu Anahí. – Na pior das hipóteses posso chamar meu pai. – Apesar de que as coisas deveriam ficar muito ruins para que fizesse isso, refletiu consigo mesma.
– Tem certeza? – Dulce quis saber preocupada. – Vive me dizendo que está tudo bem, mas ainda não me convenceu.
– Bem, não se preocupe mais – garantiu Anahí. – Posso controlar o príncipe Alfonso. No fundo de seu coração esperava que isso fosse verdade.