Fanfic: Paixão Intensa-Adaptada | Tema: Alfonso e Anahí-Aya-Ponny

Então era mais um motivo para se separarem.
– Quer que a acompanhe até sua suíte?
– Acho que sim. Ainda me perco neste palácio.
– Amanhã pedirei que Cleo faça um mapa para você. Dois dias antes Alfonso pouco se importaria, mas agora desejava que Anahí se sentisse confortável sempre no palácio. Era o mínimo que podia fazer.
Levantou-se e sentiu o ar frio da noite na pele, estendendo a mão para ajudá-la. Anahí tinha uma mão pequena e frágil, e foi bom segurá-la, porque ela perdeu o equilíbrio e quase caiu na piscina.
– Tudo bem? – questionou ele, afastando-a da borda.
– Sim. – Anahí balançou a cabeça, agarrando a mão dele com força. – Não deveria ter tomado o último drinque. Foi demais.
– Quer se sentar na cadeira?
Ela pareceu pensar por um segundo e depois respondeu:
– Acho melhor me deitar logo. Alfonso pensou em sugerir que deitassem juntos, entretanto, nunca diria isso em voz alta. E, o mais importante, jamais faria tal coisa. É O cúmulo do constrangimento! Sentindo-se uma idiota, Anahí se agarrou ao braço de Alfonso que a conduzia pelo pátio.
– E agora também vai pensar que sou alcoólatra – resmungou contrafeita. Alfonso riu, fazendo surgir covinhas no rosto e deixando Anahí acalorada. Ele precisava ser assim tão... charmoso?
– Talvez pensasse se tivesse tomado dez drinques – respondeu ele, parando para Anahí pegar seu celular e ambos calçarem as sandálias. – Mas só tomou três, nem terminou o último. Creio que a tontura tem mais a ver com a diferença de fuso horário.
– E diferença de fuso horário pode dar tontura?
– Claro, assim como o cansaço. Acredita que pode subir as escadas? Senão terei de carregá-la. E isso seria a humilhação final, refletiu ela. Não. Preferia se agarrar ao braço de Alfonso. Ficava pensando como seria abraçá-lo de verdade.
É claro que jamais faria isso e não estaria se sentindo assim se não fosse pelo álcool em seu cérebro. Bem, talvez se sentisse, mas jamais em tempo algum iria abraçá-lo ou acariciá-lo. Mesmo que estivesse feliz porque Alfonso a elogiara por sua inteligência, coragem e sucesso. E deixara de lado a questão da beleza. Em geral sua beleza era o que a maioria das pessoas notava logo de início. O próprio Gabriel já mencionara centenas de vezes que ela era linda. Todavia Alfonso parecia ignorar esse detalhe.
– Acho que dou um jeito – murmurou ela. Mas ao chegarem às portas-janelas se deteve.
– Será que poderíamos ir pelo jardim? – pediu Anahí.
– Por quê? Ela mordeu o lábio.
– Estou envergonhada e receio que alguém me veja. Toda a criadagem já me julga uma pessoa horrível. Agora vão dizer que sou bêbeda e irresponsável.
– O que importa?
– Por favor – insistiu, empurrando Alfonso na direção do atalho para o jardim.
– Sinto-me tão estúpida.
– Não precisa. Contudo se faz questão entraremos pela porta lateral.