Fanfic: Paixão Intensa-Adaptada | Tema: Alfonso e Anahí-Aya-Ponny

Anahí tentou a mamadeira de novo e dessa vez o bebê se acalmou. Sugou alguns minutos e depois fechou os olhos.
– Ela não dormiu bem durante o voo – explicou como se isso importasse para o príncipe. – Além do mais, tudo aqui não nos é familiar. Creio que levará algum tempo até minha filha se adaptar em um novo lugar.
– O pai não faz objeções que se mude com a criança para um outro país? – perguntou ele sem poder se conter.
– O pai de Mia nos deixou quando soube que eu estava grávida. Desde então nada sei a seu respeito – respondeu Anahí prontamente.
– É divorciada? Anahí balançou a cabeça em negativa.
– Nunca nos casamos. Maravilha. Mais um ponto negativo para ela, refletiu Alfonso. Um divórcio já seria ruim, mas uma criança bastarda? O que, em nome dos céus, seu pai andara pensando? E será que acreditava de verdade que Alfonso aprovaria alguém como essa mulher e a receberia de braços abertos na família? O desprezo deve ter ficado evidente em seu rosto, porque a srta. Portilla o encarou e declarou:
– Não me envergonho de meu passado, Vossa Alteza. Embora as circunstâncias possam não ter sido as ideais, Mia é a melhor coisa que já me aconteceu. Não tenho arrependimentos. Ela não temia expor suas ideias, certo? Bem, isso não era necessariamente uma qualidade para uma futura rainha. Embora ele não pudesse negar que a própria mãe sempre revelara o que pensava em alto e bom tom, expressando suas opiniões. E fora um exemplo para as mulheres mais jovens. Mas havia uma grande diferença entre ser uma pessoa de princípios e uma irresponsável. E pensar que Anahí desejava substituir sua mãe no trono o deixava enojado. Só esperava que seu pai voltasse a raciocinar direito antes que fosse tarde demais e fizesse algo ridículo como casar com ela. E por mais que desejasse lavar as mãos e esquecer o assunto, prometera ao pai que seria um bom anfitrião. Para Alfonso a honra era tudo. Embora houvesse limites
– Seu passado – murmurou por fim – é assunto seu e de meu pai.
– Contudo, Vossa Alteza me julga. Talvez devesse me conhecer primeiro para depois me julgar. Ele a fitou com seriedade.
– Não vou perder meu tempo. Anahí nem piscou. Continuou a fitá- lo com determinação e ele sentiu... algo. Uma emoção que ia do ódio ao desejo. E foi o desejo que o fez se contrair como se tivesse levado uma bofetada. E a srta. Portilla então teve a audácia de sorrir. Isso o enfureceu e o fascinou ao mesmo tempo.
– Muito bem – disse ela pondo um fim à discussão. Estranhamente constrangido, Alfonso pegou o celular querendo dizer que a conversa entre os dois terminara. Pela primeira vez, desde a morte da esposa, seu pai parecia feliz, e Alfonso não desejava privá-lo disso, mas sabia que tal felicidade seria passageira. Com sorte, seu pai recuperaria o bom senso a tempo e enviaria Anahí de volta para o lugar de onde viera. Essa era a única esperança.