Fanfic: Êxtase Adp. *AyA*Ponny*

Suspirando, ela abriu os olhos e pegou outro clipe, o qual atou ao outro que tinha entre os dedos.

Sua conexão foi instantânea. Uma sensação que lhe sacudiu por dentro e que não era algo que se sentia todo dia.

Ela atou um terceiro clipe aos outros dois. Depois outro, e mais outro.

Para não falar que ele era uma tentação de tão bonito com aquele corpo musculoso que sugeria horas na academia. Ela passou a língua pelos lábios só de pensar naqueles bíceps. Admirava homens que se exercitavam e cuidavam da saúde. Mas o que mais o sujeito tinha de fazer para ter aquela forma?

Não era só seu corpo que a atraía. A expressão profunda em seus olhos a cativou também. A aura de solidão que o envolvia lhe dava vontade de acariciá-lo.

Sim, não havia como negar que houve um "clima" entre eles.

Mas então ela estragou tudo ao avançar cedo demais e falar rápido demais. Agora o estrago já havia sido feito, e consertar o erro seria bem mais difícil do que causar uma impressão positiva inicial, como devia ter sido. Por que ela não prestou mais atenção às nuances e sutilezas entre eles dois?

Por quê? Porque ele a perturbava.

Profundamente.

E ela odiava ser perturbada.

Algo no jeito dele ao observá-la, como se soubesse exatamente como ela era sem roupa, causou-lhe um pânico inexplicável.

Ainda agora, ao relembrar aqueles olhos cinza-prata lhe percorrendo o corpo de cima a baixo, Anahí estremeceu involuntariamente.

Por que ela estava pensando assim? Steve acabara de cair fora. A última coisa que ela queria era se envolver com um colega de trabalho em potencial, principalmente porque isto complicaria as coisas extremamente.

Talvez seu relacionamento fracassado com Steve fosse a razão. Steve não foi o primeiro amante a abandoná-la dizendo que ela era muito obcecada. Anahí odiava fracassar, fosse no que fosse, e era bem-sucedida em quase tudo na vida, mas quando se tratava de romance, aparentemente ela não tinha os requisitos para fazer uma relação durar mais do que uns poucos meses.

Mais uma razão para parar de fantasiar sobre Herrera.

Mas que sorriso ele tinha! Lento, sedutor e charmoso. Sai dessa, Anahí Portilla. Mantenha-se concentrada no jogo.

Seus estilos pessoais eram diametralmente opostos. Enquanto ela era proativa, ele era reativo. Ela era laboriosa, precisa e elétrica, enquanto ele era descansado, indolente e lânguido.

Ou ao menos era até ela o pressionar. Não havia dúvida de que coerção não ia funcionar com ele. E o que funcionaria, então?

Ela revisou mentalmente, mais uma vez, a conversa que tiveram, procurando momentos em que as coisas fluíram melhor.

Durante a primeira troca de sorrisos e apertos de mão, ela realmente sentiu receptividade nele. Mas quando começaram a conversar foi tudo por água abaixo.

A não ser pelo fato de que ele gostou de ficar provocando-a ao falar sobre sexo. Não que ela tivesse gostado de suas indiretas. Sentiu que ele estava zombando dela.

Mas talvez ela também fosse sensível demais. Depois do fora que levou de Steve e da verdadeira lição de moral de Francine sobre a importância de jogos sexuais, talvez a insinuação de Alfonso de que ela não sabia se divertir tivesse realmente tocado um ponto nevrálgico.

Haveria um jeito de ela transformar seu pendor pela diversão em algo de que pudesse se beneficiar?

Anahí baixou os olhos e percebeu que havia criado um colar de clipes de papel sem perceber. Foi quando percebeu.

Bateu na própria testa com a palma da mão.

Óbvio! É claro! Era disso que ela precisava.

De uma conexão, de uma ligação, de uma corrente.