Fanfic: Êxtase Adp. *AyA*Ponny*

Era apavorante pensar em voltar à pressão daquele mundo, que minava qualquer mínima possibilidade de diversão. Podia estar sem rumo na vida, mas era bem melhor assim do que ter a própria vida roubada e a alma arrancada de si.

Mesmo assim, uma parte dele dizia, deve ser divertido fazer o design de um video game erótico.

Ele sorriu ao pensar em fazer aquele video game com Anahí e ficou arrepiado, o que ele tentou atribuir à brisa fria, mas sabia que estava se enganando. Era Anahí que o deixava arrepiado, não o vento frio.

Esqueça esta mulher. Ela é cem por cento problema.

Ignorando a ordem, sua psique lhe respondeu com uma imagem dela. Olhos azuis inteligentes, queixo empinado e postura empertigada. Ficou excitado de novo.

— Vá com calma, meu chapa, ela é uma devoradora de homens.

Anna levantou a cabeça, choramingou e olhou para Alfonso.

— Não, você não. Volte para sua soneca.

A cadela mexeu o rabo, mas sem abaná-lo. Ele se agachou e afagou sua cabeça dourada que, por mais assustador que fosse, tinha quase a mesma cor dos cabelos de Anahí. Por que as mulheres não podiam ser tão leais e descomplicadas quanto o melhor amigo do homem?

Sim, considerando o nível de sua obsessão com ela, ter saído da cidade fora mesmo a melhor coisa que ele fizera,

Ele ouviu o som de pneus freando na entrada para veículos na parte da frente da casa e deu uma olhada no relógio. Dez e meia. Um pouco cedo para os hóspedes chegarem, mas o quarto Scarlet 0`Hara estava vazio.

O som da porta do carro se abrindo pontuou o silêncio, seguido por uma agressiva batida de hip-hop. A maioria dos hóspedes de Greenbrier eram casais mais velhos procurando descansar do agito de Nova Orleans ou interessados em história. Nem de longe o tipo que ficava escutando Snoop Doggy Dog.

Cada um na sua, Alfonso deu de ombros. Foi ajudar com as malas.

Anna se levantou quase simultaneamente, balançando o rabo e já pronta para agir. Ele se abaixou e pegou um disco de plástico e o jogou longe no gramado para que ela fosse pegar, e então dirigiu-se à frente da casa.

Snoop Doggy foi cortado no meio de uma frase e então veio o som da porta batendo.

Alfonso caminhou tranqüilamente com Anna ao seu lado e que carregava o disco de plástico todo babado na boca. Ele viu um Thunderbird conversível vermelho estacionado ao lado das antigas magnólias.

Rodas impressionantes, pensou, e ficou imaginando quem estaria dirigindo o carro, mas a mala estava aberta, impedindo a visão do ocupante.

Devia ser uma das amigas de Jenny.

Ao se aproximar ele percebeu o traseiro bem torneado, Alfonso fez sombra sobre os olhos com a mão e percebeu que ela usava uma minissaia preta bem apertada e sapatos com dez centímetro de salto. Maneira peculiar de se vestir para viajar.

Agora estava realmente curioso.

Ela tirou sua bagagem da mala do carro, pôs no chão e então olhou em direção à varanda. Virou a cabeça e então ele pôde ver melhor seu belo perfil.

Algo nela lhe parecia familiar.

Um senso de cautela lhe fez congelar por dentro. Ela não o vira ainda. Pegou sua bagagem e começou a caminhar em direção à pousada.

Não era! Não podia ser.

Mas era.

Seu coração foi parar no estômago.

Anahí Puente estava lá, marchando com seus saltos em direção à pousada, poderosa e cheia de si.

— Que diabo você está fazendo aqui?

— Minha nossa, onde está a famosa hospitalidade sulista? — Anahí perguntou usando um tom calmo, apesar de estar chacoalhando por dentro e com os joelhos trêmulos.