Fanfic: Êxtase Adp. *AyA*Ponny*

— Precisa de mim?

— Não necessariamente em termos sexuais. — Seu sorriso fácil voltara ao rosto, e a expressão triste desapareceu dos olhos. — Apesar de que eu não me oporia a continuar o que aconteceu hoje quando estávamos jogando Twister. Você beija muito bem.

— Você também não é nada mau.

— Se você apenas relaxasse um pouquinho, podia ter um beijo da mais alta categoria.

Anahí temperou a garganta com impaciência.

— Dá para você parar com esse negócio de me fazer relaxar? Talvez eu não esteja interessada em ter um beijo da mais alta categoria.

— Princesa, dá para ver nos seus olhos que você tem sede de ser a primeira em tudo na vida.

— Para começo de conversa, não me chame de princesa e fique sabendo, eu gosto de viver sob tensão e com pressa. Combina comigo, entendeu? - Ele levantou as mãos com as palmas abertas, em sinal de capitulação.

— Ok.

— Então em que sentido você "precisa" de mim?

— Francamente, não sei se consigo mais criar um jogo sozinho. Para cumprir um prazo, preciso de alguém me botando para trabalhar.

— Está me pedindo para ser sua capataz?

Ele fechou os olhos e engoliu em seco, de modo que seu pomo-de-adão se elevou.

— Isso.

— Que é isso? Que cara é essa que você está fazendo?

— É que acabei de visualizar você com um chicote na mão. Com botas pretas de cano alto e cinta liga vermelha.

— Sabia que isto é assédio sexual?

— Só se você não gostar. Você não gosta?

— Não — ela mentiu. Ele deu de ombros.

— Desculpe. Não posso controlar as imagens que surgem em minha mente.

— Você pode ajudar me falando sobre isso.

— Ei, é você quem está pedindo.

Anahí passou as mãos pelos cabelos e suspirou profundamente. Lutava para controlar as próprias fantasias em sua mente, para não mandar tudo ao inferno e simplesmente beijá-lo de novo.

— Se vamos trabalhar juntos, precisamos encarar esta atração de frente — disse ela.

— Concordo plenamente.

— É evidente que existe uma química entre nós, não vou negar.

— Nem eu.

— Mas ambos sabemos que uma relação física entre nós dois seria contraproducente, certo?

— Não estou seguindo esta linha de raciocínio.

— Temos trabalho a fazer.

— Trabalho de criar um jogo erótico. O que pode ser mais natural do que deixar a coisa avançar um pouquinho?

— Mas é trabalho de um jeito ou de outro.

— Estaremos explorando fantasias sexuais juntos. Está me dizendo que quer manter nossas libidos no cabresto?

— Que bom que você entendeu.

— Bem, se você é capaz de se controlar, eu também sou.

— Fico contente em ouvir isto.

— E se por acaso nós sairmos da linha será porque você começou.

— Eu não vou começar nada.

— Veremos.

— Não vou - ela insistiu, mas apesar de negar, a atração fazia seus dedos cocarem de vontade de abrir a camisa dele e tocar aquele peito másculo.

A intensidade do desejo entre os dois a chocou e fez Anahí querer pegar a estrada e voltar para Manhattan sem fazer nenhuma parada no caminho. Odiava aquela sensação de descontrole iminente. Jamais sentira nada parecido antes.

— Ok — disse ele. — Acredito que você não vá começar nada.

Ela limpou a garganta e pegou o contrato em sua bolsa. Ela era uma profissional, ora bolas. E conseguiria resistir aquele homem. Por mais charmoso que fosse. Por mais que seu corpo estivesse doendo de vontade de ir para a cama com ele.

— Agora que resolvemos todas as formalidades, preciso que você assine o contrato.

— Seu desejo, princesa — disse ele, enfatizando a palavra "princesa" —, é uma ordem.